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LEVANTAMENTO DA MESO E MACROFAUNA DO SOLO NA MICROBACIA DO ARROIO LINO, AGUDO/RS

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Por:   •  19/11/2013  •  3.670 Palavras (15 Páginas)  •  440 Visualizações

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LEVANTAMENTO DA MESO E MACROFAUNA DO SOLO NA MICROBACIA DO ARROIO LINO, AGUDO/RS

SURVEY OF SOIL MESO AND MACROFAUNA IN ARROIO LINO WATERSHED, AGUDO/RS.

GIRACCA, Ecila M. N.1; ANTONIOLLI, Zaida I.2; ELTZ, Flavio L. F.3; BENEDETTI, Eliziane4; LASTA, Eloiza4; VENTURINI, Saulo F.4; VENTURINI, Evandro F.4; BENEDETTI, Tatiana4

1 Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Santa Maria/RS. Professor Titular Departamento de Solos, UFSM. E-mail: ecila@ccr.ufsm.br 2 Bióloga (PhD), Prof. do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria/RS, Faixa de Camobi, Km 9, Campus Universitário, CCR, Departamento de Solos, CEP 97 105-900, Santa Maria/RS. E-mail: zaida@ccr.ufsm.br 3 Engenheiro Agrônomo (PhD) Prof. do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa Maria/RS 4 Acadêmicos do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Santa Maria/RS

(Recebido para publicação em 21/01/2003)

RESUMO

O levantamento da meso e macrofauna do solo foi estudada em 14 propriedades rurais, no município de Agudo-RS. O objetivo deste trabalho foi comparar a população da meso e macrofauna do solo em áreas com diferentes usos de solo com características comuns e representativas da região. Para a coleta dos organismos foram instaladas armadilhas de solo, que permaneceram no campo durante quatro dias. Os grupos taxonômicos foram identificados ao nível de classe e ordem. Os resultados mostram que as propriedades AG1, AG2, AG12 e AG14 foram as que apresentaram maior número de organismos, sendo a propriedade AG5 a que apresentou maior variedade de espécies, sendo as ordens de maior ocorrência Coleoptera, Collembola e Hymenoptera.

Palavras-chave: fauna do solo, Collembola, Coleoptera, Hymenoptera.

INTRODUÇÃO

A microbacia hidrográfica do Arroio Lino, localizada em Nova Boemia, Agudo/RS apresenta relevo fortemente ondulado e solos rasos, ligeiramente ácidos, com soma de bases e capacidade de troca de cátions alta, sem alumínio trocável, e teores médios de matéria orgânica. Nas áreas que deixam de ser cultivadas a vegetação espontânea se estabelece rapidamente, recuperando os teores de matéria orgânica e mantendo os níveis de disponibilidade de nutrientes mais elevados do que na mata nativa, inclusive, com baixa necessidade de calcário (LAVELLE et al., 1994, COLEMAN & HENDRIX, 2000). Os organismos do solo podem ser classificados conforme seu tamanho onde a macrofauna, corresponde a organismos maiores de 4 mm, com as características de construir ninhos, cavidades, galerias e transportar materiais de solo, como por exemplo, os anelídeos, térmitas e formigas, incluindo os moluscos, crustáceos e aracnídeos (LAVELLE et al., 1994). Na mesofauna, estão os organismos entre 0,2 e 4 mm, que se movimentam em fissuras, poros e na interface do solo, como por exemplo os ácaros e colêmbolos, incluindo os proturos, dipluros, tisanuros, e pequenos insetos. A população desses organismos pode ser influenciada pelo sistema de cultivo, adubação e calagem. O uso de diferentes coberturas vegetais e de práticas culturais parece atuar diretamente sobre a população da fauna do solo. Este efeito é muitas vezes relacionado à permanência de resíduos orgânicos sobre a superfície do solo. Por exemplo, BARROS

et al. (2001) observaram em seu trabalho que a diversidade de macroinvertebrados diminuiu depois do desmatamento. As coberturas de solo, geralmente, formam uma camada espessa de folhas com vários estratos de matéria fresca e em decomposição, capaz de abrigar uma população diversificada da fauna epiedáfica. De modo geral, coberturas com leguminosas, favorecem um maior número de organismos epiedáficos, bem como um maior número de espécies, pois a disponibilidade de ambientes favoráveis é maior (CANTO, 2000). Outro aspecto a considerar é que a fauna edáfica contribui na decomposição de resíduos orgânicos e estruturação do solo. Portanto, a determinação da sua população e diversidade é de fundamental importância para avaliar as interações biológicas no sistema solo/planta. Poucos estudos da fauna do solo, tem comparado a composição da comunidade da mesofauna do solo em diferentes áreas, numa mesma microbacia levando em conta a quantidade e tipo de material vegetal na cobertura do solo (HEATWOLE, 1961; STANTON, 1979) e o método de coleta (PETERSON & LUXTON, 1982). Manejo do solo e época de avaliação também tem afetado a mesofauna do solo (SILVA et al., 2002; CRESTANI et al., 2002). Além disso, o estudo na íntegra de uma comunidade da fauna edáfica em um sistema de cultivo, é trabalhoso e difícil, assim têm-se avaliado alguns grupos taxonômicos importantes, que retratam parte dessa comunidade (DORAN & PARKIN, 1994; MANFROI et al., 2002; SILVA MOÇO et al., 2002). Os objetivos deste trabalho foram registrar a ocorrência dos principais grupos taxônomicos da fauna epiedáfica presentes em diferentes sistemas de cultivo, e agrupar os organismos do solo, nos sistemas de cultivo e na comunidade da fauna edáfica, na microbacia do Arroio Lino em Agudo/RS.

MATERIAL E MÉTODOS

A área usada para quantificação da macro e mesofauna do solo fica localizada na microbacia hidrográfica de Arroio Lino, Agudo, RS. Nesta microbacia há vários tipos de solo sendo predominante o Neossolo litólico (comunicação pessoal Prof. Dalmolin). Esta microbacia abrange 46 pequenas propriedades, sendo 14 previamente selecionadas. Na seleção considerou-se áreas de campo nativo, reflorestadas ou floresta nativa, e fumo, que é o sistema de cultivo mais comum da região. As glebas foram separadas em função da

GIRACCA et al. Levantamento da meso e macrofauna do solo na microbacia do arroio lino, Agudo/RS

258 R. bra. Agrociência, v. 9, n. 3, p. 257-261, jul-set, 2003

homogeneidade, manejo do solo e cultura, sendo que em cada propriedade foram utilizadas de 3 a 5 áreas com diferentes sistemas de uso do solo (Tabela 1). Como a cultura predominante na microbacia é o fumo, o solo é preparado de forma convencional com duas lavrações com tração animal, a primeira trinta dias antes do plantio e outra antecedendo a confecção dos camalhões. Durante o desenvolvimento da muda de fumo são efetuadas capinas mecânicas e/ou dessecação com agrotóxicos entre os camalhões, mantendo baixos índices de cobertura do solo. Todos

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