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LOBALIZAÇÃO, MOVIMENTOS SOCIAIS E A MUDANÇA DO MUNDO

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Por:   •  17/5/2014  •  Artigo  •  590 Palavras (3 Páginas)  •  211 Visualizações

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GLOBALIZAÇÃO, MOVIMENTOS SOCIAIS E MUDANÇA DO MUNDO

A captura acerca do papel dos movimentos sociais na arquitetura capitalista contemporânea envolve a compreensão, de um lado, sobre sua dinâmica atual, isto é, sua fase de decadência, sob o ponto de vista da materialidade, e seu reflexo na pletora fenomênica, e, de outro, a articulação entre os movimentos sociais e este duplo caráter das investidas dos movimentos sociais em nossa época, qual seja, em favor da manutenção abertamente declarada ou não sobre o mundo realmente existente ou na constituição da luta pela sua superação.

Notadamente o mundo contemporâneo vem atravessando uma metamorfose profunda, especialmente na estrutura sócio-econômica de produção da vida social no ritmo de transformação que as técnicas sofrem. A globalização, no seu presente grau, expressa o processo de expansão mundial próprio do capitalismo. Neste aspecto, sua base material se assenta na chamada terceira revolução tecnológica, isto é, um complexo de técnicas, ainda em evolução, como a informática (computação e microeletrônica), as telecomunicações, a biotecnologia, a engenharia genética, a invenção de novos materiais etc.

Ressalvamos, à luz das qualificadas reflexões de Milton Santos, que a globalização se inscreve em três facetas, o que nos alerta sobre a necessidade de separar, no processo da globalização, aquilo que exige a crítica impiedosa e o que se coloca como alicerce para a construção societária alternativa. A primeira faceta é a globalização tal como ela nos é apresentada, isto é, enquanto fábula. Neste caso, reina de modo preponderante um poderoso conjunto de ações ideológicas, em muito mediadas pelos grandes veículos de comunicação de massa, para a sustentação da ordem de dominação e exploração vigente através da maquilagem da realidade apresentada como um verdadeiro “mundo maravilhoso”. A segunda faceta é a globalização tal como ela é, nua e cruamente como perversidade. Produção em escala global de miséria e fome, desemprego, doenças endêmicas, devastação de ecossistemas, mortalidade infantil permanente, apesar dos avanços da ciência médica. Toda uma sorte de mazelas sociais que não podem deixar ser imputadas à maneira como as ações hegemônicas e sistêmicas estão sendo conduzidas no atual processo de globalização. A terceira faceta é a globalização tal como ela pode ser, isto é, enquanto possibilidade. Essa outra globalização, superando sua atual expressão de perversidade, canaliza a universalização das relações sociais mediatizadas pelo dinheiro e pelo avançado grau de desenvolvimento das forças produtivas como intermédio à realização de finalidades sociais e coletivas dos indivíduos, e não a serviço do aumento do lucro através da exploração.

Apostamos na dimensão da globalização enquanto possibilidade como algo condizente à aspiração de concretização de uma sociedade planetária unificada, de uma cultura mundial que supere as hostilidades entre nacionalidades, etnias e raças.

Concentrando-nos, então, no sentido que a globalização aponta ao qual, em face de uma real acentuação das contradições estruturais entre classes e separação e isolamento dos indivíduos numa concorrência cada vez mais feroz, processo este encaminhado pela universalização do capital que arrasta

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