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Liderança Transformacional

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Por:   •  30/10/2013  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  385 Visualizações

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• Introdução

A preocupação das pesquisas sobre liderança transformacional é delinear um modelo específico de estilo que, mesmo sendo universal, presume-se ser particularmente adequado ao atual contexto de intensas mudanças e descontinuidades pelo qual as organizações contemporâneas estão sujeitas. Assim, a ênfase passa à delimitação dos fatores que permitem a transformação do padrão de comportamento do liderado, de maneira a permitir-lhe o autodesenvolvimento, mas também, o desenvolvimento coletivo em direção a um ambiente de trabalho emancipador. É por esse motivo que a liderança transformacional tem sido considerada como um modelo pertinente ao atual contexto organizacional, tendo em vista o fato das organizações viverem intensamente em contextos turbulentos, marcados por intensa complexidade ambiental, bem como por uma crise de comprometimento de seus trabalhadores e de credibilidade das organizações perante a sociedade.

• Desenvolvimento

A liderança transformacional reclama por alto nível de habilidade e sensibilidade interpessoal. A partir daí é construído o alicerce de uma interação que fortifica a credibilidade desse líder, na medida em que tenha o maior reconhecimento possível da realidade dos seus seguidores no tocante a crenças, valores e expectativas.

Nem todas as organizações conseguirão instaurar com sucesso um clima transformacional. Ambientes nitidamente controladores serão adversos a atitudes do tipo transformacional, por exemplo. É necessário sentir-se muito à vontade dentro da própria pele para estar aberto à transformação.

Essas novas orientações no estudo da liderança têm em comum o facto de analisarem as características apresentadas por líderes que conseguiram obter resultados excepcionais através das suas ações. Um dos primeiros conceitos avançados para essa discussão foi o carisma, tendo sido sugerido pelo sociólogo Weber (1964, 1968) como podendo ajudar a caracterizar as grandes personalidades mundiais que contribuíram para mudar o curso da história. O termo carisma teve a sua origem na antiga Grécia, sendo entendido como um "dom" atribuído a figuras mitológicas, servindo para justificar os acontecimentos que não tinham uma explicação lógica. Mais tarde, o termo foi adoptado pela religião católica, descrevendo determinados talentos humanos, como sejam, as profecias, a sabedoria e a arte de curar, que eram capacidades concedidas por Deus a algumas pessoas que passavam a possuir "o dom da graça".

Partindo dessa análise, Weber questionou a possibilidade de o carisma não fazer apenas parte do domínio religioso e poder também ajudar a compreender o sucesso e o impacto social das grandes individualidades. Para o autor, o carisma seria apanágio de alguém que, perante uma situação complicada, conseguiu reunir à sua volta um conjunto de indivíduos que acreditaram nas suas capacidades para apontar o melhor caminho a seguir, encarando-o como uma pessoa "visionária" e inspiradora de valores fundamentais.

Aquilo que caracteriza o aspecto carismático, também chamado de Influência Idealizada, é o fator a partir do qual os líderes são admirados, respeitados e dignos de confiança, sendo vistos de forma idealizada.

Quando esse líder mostra apenas qualidades carismáticas, ele falha em desenvolver os colaboradores quanto ao potencial que possuem, muitas vezes por se sentir, ele mesmo, ameaçado por eles, seguidores. Já os líderes socialmente orientados inibem suas tendências de uso do poder, conseguindo atingir altos padrões de eficácia ao desenvolver seus seguidores, dando a eles grande autonomia, desejo de realização e atração pelo desempenho que ultrapassa as expectativas padrão.

Existem também os lideres pseudotransformacionais, que segundo BASS (1997), parecem preocupados com o desempenho dos colaboradores, mas, na realidade, não os preparam para serem bem-sucedidos ao atingirem sua autonomia, controle ou influência pessoal.

Outro importante aspecto característico do líder transformacional é o de ser capaz de despertar a Motivação Inspiradora. Contudo, para que ela ocorra, não há necessidade de identificação dos seguidores com o líder.

Todavia, para Burns (1978), um dos papéis centrais do líder transformacional é atuar de forma que o grupo se sinta estimulado a adotar a perspectiva pós-convencional. É por isso que Bass identifica o líder transformacional a partir de características como "inspiração", "estimulação" e "consideração". Na verdade, antes de ser alguém que determina o que o grupo irá fazer, o líder transformacional é aquele que inspira o grupo a assumir uma atitude reflexiva, a reconhecer-se como grupo e a perseguir os seus próprios valores existenciais. É por isso que os casos de liderança que serviram de inspiração para Burns (1978) foram os grandes estadistas norte-americanos que se notabilizaram por uma grande causa baseada em princípios e valores existenciais. Como Abraham Lincoln, que se notabilizou como defensor do direito universal à liberdade e da abolição da escravidão. De acordo com Burns (1978), a mobilização que o líder transformacional obtém de seu grupo é antes fruto de um comprometimento desse com

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