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Livro Didático De Matemática

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Por:   •  12/12/2014  •  3.476 Palavras (14 Páginas)  •  264 Visualizações

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O LIVRO DIDÁTICO DE MATEMÁTICA

Edmar dos Santos Pereira

edmar.tematica@hotmail.com

Este artigo apresenta, de forma sintética, que os autores de livros didáticos de 5º a 8º séries de matemática no Brasil estão preocupados em produzir coleções atrativas aos olhos e também em estabelecer relações com o cotidiano levando a criança a acreditar que matemática pode ser aprendida de forma divertida. A conceituação histórica mostra que a regulamentação da matemática como disciplina teve certa influência nas produções didáticas, já no quesito propósito do livro em relação ao aluno e também ao professor as ponderações feitas estão sob a luz de Gerard e Roegiers. E finalmente uma reflexão sobre as melhorias, na qualidade didática, aponta para a visão de que o trabalho que está sendo feito merece boas considerações.

Palavras-chave: Livro didático; Matemática; Ensino

ABSTRACT

The DIDACTIC BOOK OF MATHEMATICS

Edmar dos Santos Pereira

edmar.tematica@hotmail.com

This article presents, of synthetic form that the didactic book authors from 5º to 8º series of mathematics in Brazil are worried in also producing attractive collections to the eyes and in establishing relations with the daily one taking the child to believe that mathematical he can be learned of amused form. The historical conceptualization shows that the regulation of the mathematics as it disciplines had certain influence in the didactic productions, no longer question intention of the book in relation to the pupil and also to the professor the done balances is under the light of Gerard and Roegiers. And finally a reflection on the improvements, at the didactic quality, points with respect to the vision of that the work that is being made deserves good considerations.

Word key: Didactic book; Mathematics; Education

Há tempos temos nos preocupado com a qualidade dos conteúdos trazidos nos livros didáticos de matemática, especialmente de 5º a 8º séries. Por isso estamos analisando basicamente as melhorias que ocorreram quanto ao aspecto didático. Inicialmente, iremos traçar um perfil histórico do mesmo para compreender as significativas evoluções que ocorreram nos últimos anos na educação matemática por conta deste poderoso instrumento de trabalho do professor. É fato que apesar de ter se tornado um vantajoso negócio para autores, editores e outros, estes livros sofreram mudanças positivas, e essas tem contribuído para uma significativa desmistificação de que a matemática deva ser necessariamente técnica, metódica e triste como propunha livros mais antigos.

Veremos que os autores têm se preocupado cada vez mais em estabelecer relações com o cotidiano, dar uma roupagem alegre aos tópicos apresentados, trazer o lúdico através de jogos, brincadeiras, quebra-cucas, palavras cruzadas e outros.

Tudo isso tem contribuído com a idéia de apresentar a matemática, não como uma vilã, que serve apenas para reprovar alunos, mas como uma gostosa e divertida forma de aprender.

Por outro lado há uma considerável inquietação no sentido de que o rigor que a matemática exige em seus teoremas, fórmulas e caminhos, devam ser mantidos, respeitados e até enaltecidos, essas idéias só reforçam o fato de que o lúdico jamais deve sobrepor-se aos procedimentos técnicos da matemática e sim auxiliá-los.

1. Panorama Histórico da Disciplina Matemática no Brasil

Para que haja uma boa compreensão da importante realidade dos livros didáticos de matemática especificamente de 5º a 8º séries, necessário se faz que conheçamos mesmo que de modo sucinto como se deu o início desse trabalho no Brasil.

A disciplina matemática começou a fazer parte do currículo escolar brasileiro somente a partir de 1931 com a reforma Francisco Campos3. Obviamente já se ensinava conteúdos relacionados à matemática, mas de forma separada em tópicos de álgebra, geometria e aritmética.

No Rio de Janeiro, um educador de nome Euclides Roxo4, fez o que considerou uma revolução no ensino da matemática. Após uma reorganização interna no colégio, fundiu as três áreas do conhecimento, álgebra, geometria e aritmética em uma única disciplina, a matemática. Roxo, um profundo conhecedor, de larga experiência no ensino, inclusive com livros de sua autoria e de sucesso nacional como é o caso do livro “Lições de Aritmética”, teve sua oportunidade áurea, quando foi convidado para fazer parte de uma comissão responsável por elaborar um projeto de reforma do ensino no Brasil. Em suas propostas, Roxo apresentou as mesmas reformas e alterações que havia praticado no colégio Pedro II, enquanto diretor.

Assim o então ministro do recém criado ministério da educação e saúde pública, Francisco Campos, adotando as propostas de Roxo, implantou a fusão da geometria, aritmética e álgebra em todas as escolas do Brasil, inclusive em caráter obrigatório.

Em termos bem definidos o professor Roxo se tornara um dos maiores expoentes dessa área no Brasil, pelo menos até começarem as reações negativas em torno da nova proposta. Foram reações de colégios militares5, católicos6 e escolas técnicas, todos contestando principalmente a falta de um estudo prévio e uma preparação didática para essa nova forma de ensino implantada no Brasil. Vários críticos iniciaram uma perseguição, onde se utilizaram principalmente do argumento de que os assuntos, após a fusão das áreas haviam ficado confusos e que a implantação de temas seqüenciais de acordo com a complexidade não havia ficado bem definida.

Logo, Roxo que até então era o único autor no Brasil que havia editado livro didático baseado nas novas propostas de ensino, encontrou concorrentes fortíssimos, inclusive, dois dos críticos mais contundentes no aspecto da nova didática que deveria ser empregada ao novo sistema de ensino, Cecil Thiré e Júlio César de Mello e Souza (Malba Tahan),estes apresentaram uma coleção de livros onde a principal diferença era na forma e na ordem em que os conteúdos eram apresentados, demonstrando a clara intenção de manter separadas as três áreas do conhecimento, apesar de estarem em um mesmo livro didático.

Nas

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