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MODELAGEM MATEMÁTICA NA CLASSE: CONTRIBUIÇÃO-REALING

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Por:   •  23/11/2013  •  Tese  •  3.532 Palavras (15 Páginas)  •  338 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

A evolução tecnológica e o acentuado desenvolvimento social observado nas últimas MODELAGEM MATEMÁTICA EM SALA DE AULA: CONTRIBUIÇÕES PARA COMPETÊNCIA DE REFLETIR-NA-AÇÃO

Reginaldo Fidelis

reginaldo@uel.br

Prof. Dra. Lourdes Maria Werle de Almeida

lourdes@uel.br

Universidade Estadual de Londrina – UEL

RESUMO

É crescente o número de pesquisas desenvolvidas tratando das questões de ensino e aprendizagem da matemática nos diferentes níveis de ensino. As investigações têm se desenvolvido por meio de diferentes tendências. Neste trabalho abordamos a Modelagem Matemática como uma alternativa pedagógica para o ensino de matemática. Neste ambiente o aluno tem oportunidade de experimentar, modelar, testar sua capacidade de organização, analisar situações e tomar decisões. Levando em consideração está perspectiva para a modelagem matemática analisamos uma atividade de modelagem desenvolvida por um grupo de alunos de um curso de Administração de Empresas. Neste sentido, o trabalho ilustra uma tentativa educacional de desenvolver no aluno a competência de reletir-na-ação por meio de uma atividade de modelagem matemática em sala de aula

décadas, têm conduzido transformações profundas na educação. Nestas transformações insere-se também o ensino de matemática.

As justificações usadas nas análises de diferentes formas de ensinar Matemática estão longe de ser consensuais. Todavia, as tendências de renovação e inovação da educação matemática envolvem mudanças de paradigma, percebendo que a postura linear onde o professor expõe o conteúdo, faz exercício de fixação e avalia, já não responde às necessidades dos estudantes na sociedade atual. Relacionam-se também com a complexidade da sociedade pós-moderna e com os desafios que ela coloca aos cidadãos e futuros profissionais.

Bittencourt (2001)(apud Néri, 2004), ressalta que o contexto no qual vivemos e fazemos nossa educação na atualidade não pode mais ser pautado pelos antigos moldes de ensino extremamente estáticos e nada relacionais, que dificultam a interação professor-aluno e o processo e aprendizagem. Faz-se necessário o diálogo e a articulação da escola com o universo do trabalho para ampliar os espaços de reflexão, conduzindo a novas competências e habilidades.

A capacidade de pensar aparece assim como um dos objetivos da educação matemática e, atualmente, uma tendência acentuada neste sentido é o desenvolvimento da reflexão. Segundo Schön (2000), o curso de formação deve proporcionar ao futuro profissional o desenvolvimento pleno das competências necessárias para atuar em sua futura profissão e para que isso ocorra, é necessário, criar um ambiente de ensino que desenvolva no futuro profissional a competência de refletir-na-ação.

Embora esta idéia já esteja bastante difundida em relação ao comportamento do professor, neste trabalho estamos particularmente interessados em falar sobre o desenvolvimento desta atitude nos alunos. É neste encaminhamento que pensamos que para assegurar uma aprendizagem reflexiva de conteúdos, quem aprende necessita explicar, argumentar, perguntar, defender suas próprias idéias e decidir.

Neste contexto pensamos a modelagem matemática como estratégia de ensino e aprendizagem, como uma forma de fazer com que o estudante desenvolva a sua capacidade de reflexão.

Deste modo, descrevemos neste trabalho uma atividade de modelagem matemática desenvolvida por alunos de um curso de Administração de Empresas onde percebemos a modelagem como viabilizadora da reflexão–na-ação nos alunos envolvidos.

2 - SOBRE A REFLEXÃO-NA-AÇÃO

Segundo Alarcão (1996) (citado em Donzele, 2004), de forma geral, a reflexão implica uma prescutação ativa, voluntária, persistente e rigorosa daquilo em que se julga acreditar ou daquilo que habitualmente se pratica, evidencia os motivos que justificam as nossas ações ou convicções e ilumina as conseqüências a que elas conduzem. Deste modo, a reflexão estaria mais baseada na vontade de pensar da pessoa e não em impulsos momentâneos.

Schön (2002) cria a categoria “profissional reflexivo” e o conceito de reflexão–na-ação onde o sujeito estaria analisando a sua própria realidade enquanto é executada. Para o autor, “o que distingue a reflexão–na-ação de outras formas de reflexão é a sua imediata significação para a ação. Na reflexão–na-ação, o repensar de algumas partes do nosso conhecer na ação leva a experimentos imediatos e a mais pensamentos que afetam o que fizemos”(p. 34). Schön coloca também que a reflexão-na-ação tem uma função crítica onde “pensamos criticamente sobre o pensamento que nos levou a essa situação difícil ou essa oportunidade e podemos, neste processo, reestruturar as estratégias de ação, as compreensões dos fenômenos ou as formas de conceber os problemas” (p.33).

Para Pinto e Cunha (2004), a importância de refletir sobre o que se faz, enquanto está sendo feito, contribui, em grande parte, para uma prática mais comprometida e situada frente aos desafios do processo educacional, e, além disso, este pensar serve para dar forma ao que fazemos enquanto ainda o estamos fazendo.

Assim, pensar na reflexão–na-ação em um ambiente de ensino e aprendizagem supõe a formação de sujeitos capazes de refletir sobre a sua prática e sobre os contextos em que ela é vivenciada.

De acordo com Schön (2000) na base dessa visão da reflexão-na-ação dos futuros profissionais está uma visão construcionista da realidade com a qual ele lidará, uma visão que nos leva a vê-lo construindo situações de sua futura prática, desenvolvendo então, as competências necessárias para que ele exerça futura prática profissional

3 – SOBRE A MODELAGEM MATEMÁTICA

Segundo, D`Ambrósio (2002, p.31)“o ciclo de aquisição de conhecimento é deflagrado a partir da realidade, que é plena de fatos”. Uma das tendências que viabiliza a interação da matemática com a realidade é a modelagem matemática.

A modelagem matemática pode ser entendida como uma abordagem de um problema não matemático por meio da matemática onde as características pertinentes de um objeto são extraídas com a ajuda de hipóteses e aproximações simplificadoras e representações em termos matemáticos são determinadas. No entanto, a modelagem matemática

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