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Mais vendido John Grisham

Resenha: Mais vendido John Grisham. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/3/2014  •  Resenha  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  402 Visualizações

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[Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que só leia esta crítica se já tiver assistido ao filme. Para fazer uma análise mais detalhada é necessário citar cenas importantes da trama].

Baseado no best-seller de John Grisham, este empolgante “A Firma” é um thriller eletrizante, que prende a atenção do espectador, nos envolvendo na complicada situação do protagonista interpretado por Tom Cruise, que vê a grande oportunidade de sua vida lentamente se transformar num verdadeiro pesadelo. Dirigido por Sydney Pollack, o longa aposta na alta carga de tensão e em seu talentoso elenco, conseguindo sucesso simplesmente pela forma em que a narrativa é conduzida, sem apelar para inúmeras seqüências de ação ou suspense.

Após formar-se com honras, o jovem advogado Mitch McDeere (Tom Cruise) aceita a proposta de uma pequena firma localizada em Memphis, que lhe oferece um alto salário e diversos benefícios em troca de seu talento. Mas na medida em que ele inicia os trabalhos, começa a desconfiar da empresa e de seus companheiros, como o misterioso Avery (Gene Hackman), que paralelamente tenta seduzir sua esposa Abby (Jeanne Tripplehorn).

Em certo momento de “A Firma”, o jovem Mitch acompanha um garoto de rua durante uma série de cambalhotas, externando sua extrema alegria naquele momento de sua vida, logo após ser contratado e mudar-se para Memphis. Esta cena terá reflexo direto em outro momento da narrativa, quando o mesmo Mitch vê o garoto iniciar sua série de cambalhotas e sequer esboça reação, passando direto pelo menino como se nem tivesse notado sua presença. A diferença entre os dois instantes é que no segundo a firma já tinha transformado sua vida. Entre estes dois momentos antagônicos, o jovem Mitch e sua esposa Abby vivem o chamado “sonho americano”, algo simbolizado no interessante raccord que transforma o desenho das crianças da turma em que Abby dava aulas em Boston na imagem do casal viajando rumo à nova vida. E o diretor Sydney Pollack faz questão de refletir este sentimento em seus belos planos, que exploram o lindo pôr-do-sol em Memphis, as grandes pontes que cruzam o rio e o reflexo do sol nas estradas e prédios da cidade, conferindo uma aura dourada aquele momento promissor. E até mesmo a trilha sonora evocativa de Dave Grusin reflete o sentimento do casal, que realiza o sonho do sucesso profissional e da vida estável na chegada a Memphis. Aliás, logo na primeira conversa com a Bendini, Lambert (Hal Holbrook), um dos poderosos da empresa, afirma que a família é importante pra eles, mostrando uma receptividade refletida no local da conversa, bastante aconchegante e convidativo, criando uma atmosfera familiar que revela o bom trabalho de direção de arte de John Willett, notável também na decoração imponente dos escritórios e salas de reuniões da firma. Mas durante uma festa que acontece momentos depois, Lambert diz para Mitch que na firma nós “guardamos os segredos entre nós” e indica sutilmente o que viria a acontecer – e que também é indicado pela fotografia de John Seale, sempre clara e convidativa fora da firma e obscura dentro do ambiente de trabalho de Mitch.

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