Marxismo E O SSB

O tardio contato do Serviço Social brasileiro com a tradição marxista é devido à ditadura militar com o seu profundo conservadorismo atrasar o pensamento, pois dominava os meios profissionais, mas não evitou o marxismo no Brasil, mesmo com outros autores trazendo o seu pensamento sobre Marx. Essa interlocução tem seus primeiros diálogos nos anos 60, mas que tem maior proporção nos anos 80 no interior dos movimentos sociais, nas influencias do golpe militar (1964) e é nesse contexto que emerge o processo de Reconceituação do Serviço Social processo que questiona o significado da pratica do profissional, assumem suas inquietações e questionam a ordem vigente e introduz o marxismo com suas repercussões e derivações desse pensamento nos conteúdos da formação profissional que confronta o pensamento conservador, ou seja, o marxismo contribuiu e enriqueceu a base das construções teóricas ideo-políticas do Serviço Social (foi esse o caminho propicio para a ruptura com o conservadorismo) e nesse espaço se dá a maturação desta interlocução com a tradição marxista.

A hipótese central é que a introdução do projeto

ético-político no cotidiano institucional (historicamente de fonte ortodoxa, desde os anos

60 do século passado, ortodoxia retomada pelo objeto contemporâneo do Serviço Social),

criou o paralelismo radical ou paradigmático entre a forma tradicional, ali ainda vigente e

hegemônica, e o novo projeto, crítico e revolucionário do status quo. Como

consequência, alguns obstáculos importantes, como o ecletismo do ponto de vista da

construção do conhecimento do próprio projeto, a coexitência de ações que apenas se

somam no conjunto das atividades gerais, mas não interagem entre si, nem se

completam e nem se excluem.