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Melhoramento Da Cana De açucar

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Por:   •  26/11/2013  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  584 Visualizações

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Introdução

A cana-de-açúcar, Saccharum officinarum L., é uma antiga fonte de energia para os seres humanos e, mais recentemente, um substituto para combustível fóssil para veículos automotores. O potencial de produção e o papel fundamental da cana-de-açúcar e de seus subprodutos - açúcar, etanol, aguardente, rapadura e energia elétrica, entre outros, tanto na agricultura quanto na indústria, fazem dessa cultura uma das mais importantes atividades da agroindústria nacional. O Brasil é hoje o maior produtor mundial de cana, com 563 milhões de toneladas na safra 2008/2009, em uma área de 8,1 milhões de hectares, o que representa apenas 2,3% da área agrícola do País (CONAB, MAPA). Os bons números e o aprimoramento tecnológico permitem que o País seja também o maior exportador mundial de açúcar, respondendo sozinho por 45% de todo o produto comercializado no mundo. Na fabricação de etanol, que utiliza aproximadamente 1% da área agricultável do País e 57% da área plantada com cana, o que representa apenas 2,3% da área agrícola do País (CONAB, MAPA).

Oriundas da Ilha da Madeira, as primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao Brasil por volta de 1515 e o primeiro engenho para produção de açúcar foi construído em 1532 na capitania de São Vicente. Porém, foi no Nordeste Brasileiro que os engenhos de fabricação de açúcar se multiplicaram e a partir do século XV já éramos o maior produtor mundial até por volta do século XVII. Ou seja, a cana-de-açúcar sempre foi um dos principais produtos agrícolas do Brasil. (FAO 2007)

As variedades comerciais de cana-de-açúcar cultivadas atualmente se originaram de cruzamentos realizados no início do século XX entre Saccharum offinarum (rica em açúcares, porém mais susceptível a doenças) com a Saccharum spontaneum (pobre em açúcares, porém muito rústica e resistente a problemas no campo). Os híbridos obtidos desses cruzamentos tinham maior capacidade de armazenamento de sacarose, elevados resistência a doenças, vigor, rusticidade e tolerância aos fatores climáticos adversos.

Apesar das espécies S. offinarum e S. spontaneum terem sido as que mais contribuíram para a obtenção das atuais variedades comerciais, as espécies, S. sinense, S. barberi e S. robustum também foram importantes para composição genética das atuais variedades.

Origem

De acordo com o CIB (2009), as espécies que originaram as cultivares atuais de cana-de-açúcar são oriundas do Sudoeste Asiático. A origem da S. officinarum, está intimamente associada à atividade humana, pois ela tem sido cultivada desde a pré-história. Acredita-se que o centro de origem da S. officinarum seja a Melanésia (Oceania), onde ela foi domesticada e depois disseminada pelo homem por todo o Sudoeste Asiático. A região tornou-se centro de diversidade, tendo, como núcleo, Papua Nova Guiné e Java (Indonésia), regiões em que a maior parte das espécies foi coletada a partir de 1800.

Importância econômica

Embora a primeira atividade econômica existente no Brasil pré-colonial tenha sido a extração de pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam., família Leguminosae/Fabaceae), que ocorreu de 1500 a 1530, o cultivo da cana-de-açúcar pode ser considerado a primeira atividade econômica de grande relevância no país. A cana-de-açúcar (Saccharum spp., família Poaceae) é uma planta originária da Ásia, sendo importante matéria-prima para a produção de açúcar e de etanol. Os primeiros registros de obtenção do açúcar (sacarose obtida da cana-de-açúcar) aparecem na Índia séculos antes de Cristo, sendo denominado inicialmente de "sal indiano".(ZUANAZZI; MAYORGA, 2010).

A cana-de-açúcar foi o produto responsável pela sustentação econômica brasileira nos séculos XVI e XVII e pela colonização do país. A escolha desta planta pelos portugueses está relacionada ao fato de que apresenta crescimento rápido (em 2 anos ocorre o primeiro corte) e à adaptação ao solo brasileiro (massapê) perfeito para este cultivo. O local escolhido, nordeste brasileiro, facilitaria o escoamento da produção para a Europa,

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