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Metodos Quantitativos

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Por:   •  8/10/2013  •  2.007 Palavras (9 Páginas)  •  482 Visualizações

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INFLAÇÃO

A inflação é definida com um aumento generalizado e contínuo no nível geral de preços. A contrapartida desse aumento dos preços é a perda de poder aquisitivo da moeda. É importante diferenciar inflação da aceleração inflacionária, onde a inflação é cada vez mais alta.

FORMAS DE INFLAÇÃO

Inflação moderada: os aumentos de preços são pequenos.

Hiperinflação: os aumentos de preços são grandes. De forma geral, pode-se dizer que a hiperinflação é uma situação em que a inflação é tão alta que a perda do poder aquisitivo da moeda faz com que as pessoas abandonem essa moeda e passem a usar a moeda de um outro país, como o dólar. Além da Inflação Inercial.

TIPOS DE INFLAÇÃO

A Inflação de Demanda deve-se à existência de excesso de demanda em relação à produção disponível. Nesse sentido, essa inflação aparece quando ocorre aumento da demanda não acompanhado pela oferta; portanto, é mais provável que ela apareça quanto maior for o grau de utilização da capacidade produtiva da economia, isto é, quanto mais próximo estiver do pleno emprego.

Esse excesso de demanda pode ser ocasionado por expansão monetária decorrente de déficit público não financiado por emissão de títulos públicos. É importante destacar que o aumento do estoque de moeda gera aumento no nível geral de preços, que só se tornará um processo inflacionário caso o processo de emissão monetária continue, isto é, persista o déficit público. Sendo assim, o combate à inflação de demanda implica eliminar o déficit público, de modo a estancar a emissão monetária.

A Corrente Monetarista defende o combate à inflação de demanda através da Política Monetária, enquanto que a Corrente Fiscalista prioriza as políticas fiscais e de rendas.

A Inflação de Custos pode ser considerada uma inflação de oferta, que decorre do aumento de custos das empresas repassados para preços. Várias podem ser as pressões de custos:

i. Aumento no preço das matérias-primas e de insumos básicos decorrentes da quebra de safra agrícola, por exemplo, ou desvalorização cambial que aumenta o preço da matéria-prima importada;

ii. Aumentos salariais via negociações ou política governamental, sem estarem ancorados em aumentos de produtividade do trabalhador;

iii. Elevações nas taxas de juros, etc.

Concepção Estruturalista de Inflação

O processo de urbanização e crescimento industrial pressionava a demanda por produtos agrícolas, sem que a oferta respondesse de forma adequada. Com isso, geram-se alguns pontos de estrangulamento, que elevam os preços dos produtos primários (choques de oferta), repassados aos preços dos produtos finais. As taxas de inflação tenderiam a perpetuar-se, devido aos diversos mecanismos de propagação: a política protecionista do governo para estimular a indústria que permitia o repasse da elevação dos custos aos salários e aos produtos industriais, e a estrutura oligopólica do mercado, pela qual as empresas repassavam quaisquer aumentos de custos aos preços de seus produtos.

Quando a inflação tende a se manter permanentemente no mesmo patamar, sem aceleração inflacionária, e quando essa inflação estagnada decorre de mecanismo de indexação, diz-se que há uma inflação inercial. Os mecanismos de indexação podem ser mecanismos formais ou informais. Esses mecanismos atrelam os preços do presente à inflação passada. Nos mecanismos informais de indexação, as pessoas aumentam os preços porque os outros também o fizeram.

Se esses mecanismos de indexação estiverem amplamente disseminados pela economia, dificilmente existe queda na inflação, pois a inflação passada se perpetua por meio de aumentos de preços no presente. Nesse caso a inflação acelera-se em função de choques de demanda ou de custos.

Consequências da Inflação

Várias são as consequências advindas de taxas de inflação elevada. O primeiro efeito é provocar distorções na alocação de recursos da economia, uma vez que os preços relativos deixam de ser sinalizadores da escassez e dos custos relativos de produção. Esses preços relativos são a base das tomadas de decisão dos agentes.

Com inflação, especialmente quando ela é elevada e está em aceleração, perde-se a noção de preços relativos, não se sabe se as coisas estão caras ou baratas. O papel dos preços relativos, de indicar produção excessiva ou cara de determinados produtos, deixa de existir, comprometendo a chamada eficiência dos mecanismos de alocação de recursos do mercado.

Nesse sentido, um efeito negativo geralmente ocorre sobre o incentivo a investir, uma vez que os agentes terão dificuldades para prever o retorno dos investimentos, dada a instabilidade dos preços no futuro.

O processo inflacionário também pode gerar efeitos negativos sobre o Balanço de Pagamentos por obscurecer o valor da moeda nacional e da taxa de câmbio. Pode, inclusive, levar a uma busca da moeda estrangeira como reserva de valor e provocar fuga de capitais.

Outro efeito é sobre a distribuição de renda, uma vez que com a inflação a média dos preços está subindo, mas não necessariamente todos os preços estão subindo no mesmo ritmo ou ao mesmo tempo. Assim, se alguns preços, como os salários de determinadas categorias, não sobem no mesmo ritmo que outros, existe uma tendência de perda para aqueles que recebem os preços em atraso e um ganho para aqueles que recebem os preços que estão subindo mais rapidamente.

Esse problema de proteção frente a perdas da inflação está associado ao primeiro efeito levantado, pois parte dos agentes passa a buscar proteger o poder de compra da moeda que possui, por exemplo, passa a fazer apenas aplicações com cláusulas de indexação, ou aplicações de curto prazo com taxas de juros nominais elevadas. Outro aspecto desse problema pode dar-se sobre as finanças públicas. Segundo o chamado Efeito Oliveira-Tanzi, a inflação tende a corroer o valor da arrecadação fiscal do governo, pela defasagem entre o fato gerador e o recolhimento dos impostos.

Associado a esses pontos, tem-se um aumento dos custos em que as pessoas e empresas incorrem

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