Monte Verde

Observatório de Inovação do Turismo

Aplicações do modelo de ciclo de vida da destinação ao caso de Monte Verde, sul de Minas Gerais - Brasil

O turismo, como atividade econômica e fenômeno sociocultural contemporâneo, apresenta-se como um dos mais importantes setores da economia global. Governos, pesquisadores, iniciativa privada e Terceiro Setor, cada vez mais, têm buscado compreender melhor esse fenômeno como ferramenta de desenvolvimento e a sua respectiva implantação como forma alternativa de impulso e potencialização de economias locais.

Butler na teoria do “Ciclo de Vida da Destinação Turística” afirma que a evolução de um destino, desde a sua descoberta até a sua consolidação como produto turístico, passa por uma sucessão de fases distintas, entre elas: a exploração, o envolvimento, o desenvolvimento, a consolidação e o declínio. Essas atividades geram repercussões de impacto nos campos social, econômico, cultural e ecológico dos núcleos receptivos.

Todo destino turístico observa estágios característicos em sua trajetória de desenvolvimento, esses não ocorrem de forma absolutamente linear e apresentam pequenas alterações ou microciclos em cada estágio que podem ser causados por diversos fatores internos e externos à destinação.

Cada pólo do turismo receptivo possui um ciclo de desenvolvimento do destino de forma particular e diferenciada, tornando esta tarefa muito mais complexa.

Sua delimitação e caracterização, como o estabelecimento de fases com características distintas no contexto de um ciclo evolutivo para um determinado destino, podem representar um importante exercício de planejamento e monitoramento da sustentabilidade da atividade em um núcleo receptor.

O distrito de Camanducaia, sul de Minas Gerais, encontra-se Monte Verde que é atualmente conhecido como a Suíça brasileira. Sua história de desenvolvimento turístico apresenta-se como uma experiência totalmente diferenciada. Vilarejo, antes uma fazenda sem nenhuma característica urbana ou de um destino turístico, colonizado pela família Grinberg e por amigos, de nacionalidade húngara e alemã, que transformaram em um destino extremamente procurado nos últimos anos.

O turismo, antes de ser um setor da economia de diversos países, é um fenômeno social, apropria-se, direta ou indiretamente, de toda a estrutura social que determinado espaço possui.

Atualmente, vive-se no mundo da globalização, no qual a tecnologia encurta as distâncias e o desejo de consumo impulsiona o incremento de fluxos migratórios temporários em escala jamais vista. O turista está cada vez mais exigente, e busca conhecer o destino antes mesmo de ir.

Pensando nos tempos atuais e com ênfase nos destinos turísticos, é possível afirmar que esses possuem momentos de alta e baixa temporada. Segundo Law, o poder que cada cidade tem em atrair visitantes varia conforme os recursos turísticos que são oferecidos, tornando um produto perecível, com a necessidade de estar sempre se atualizando.

O destino turístico deve apresentar para os visitantes condições adequadas como recursos turísticos sobra a qual o destino fundamenta a sua atividade turística, infraestrutura adequada e serviços básicos. Essas condições podem ser avaliadas através de cinco perguntas: Como o turista vai chegar ao destino? Onde vai alojar-se? Onde e o que vai comer? Que atividades e compras ele poderá realizar no destino? E, por fim, como se informará e acessará todos os serviços dos quais necessita?. Isso leva a percepção de que o produto turístico é um aglomerado de serviços que vai ser consumido pelo turista separadamente, e assim é necessário que todos os serviços estejam em perfeita harmonia.

O modelo desenvolvido por Butler recomenda