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NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA

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Por:   •  1/9/2014  •  1.328 Palavras (6 Páginas)  •  1.042 Visualizações

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NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA

INTRODUÇÃO: O PREPARO DE MEDICAMENTOS

A preparação de medicamentos é uma atividade exercida pelo homen desde a Antiguidade, quando acreditava-se que as doenças eram provocadas por entidades espirituais. No Império Babilônico (1700 a.C.), encantamentos, músicas e perfumes eram usadas para afugentar tais espíritos, e documentos desta época (o famoso “papiro de Ebers”) consideram os perfumes, bem como as misturas de componentes orgânicos vegetais que originaram os xaropes e elixires como sendo as primeiras formas farmacêuticas já descritas.

Na Grécia antiga, Hipócrates, o pai da medicina racional, refere-se às formas farmacêuticas mais simples. Galeno, durante o Império Romano, escreve vários livros sobre a arte de manipular. No entanto, os medicamentos ainda tinham uma conotação mágica, sendo tidos como obra de feiticeiros.

Paracelsus (século XIV) renega os ensinamentos de Galeno e difunde o uso de medicamentos de origem química, iniciando a pesquisa de princípios ativos e consequentemente, de formas farmacêuticas mais adequadas. Somente no início do século XX, na Era Industrial, são descobertos um grande número de princípios ativos, desenvolvem-se novas formas de apresentação e a indústria farmacêutica ganha maior impulso.

DEFINIÇÕES IMPORTANTES

1. FÓRMULA FARMACÊUTICA

É o conjunto de substância que constituem o medicamento.

Ex: xarope de alcatrão:

Tintura de alcatrão.................................................. 5 ml

Carbonato de magnésio........................................... 3 g

Açúcar branco......................................................... 85 g

Água destilada qsp................................................... 100 ml

2. FORMA FARMACÊUTICA

É a apresentação do medicamento, da maneira como será utilizado.

3. PRINCÍPIO ATIVO

Constituinte da fórmula farmacêutica responsável pelo efeito farmacológico desejado.

4. EXCIPIENTE OU VEÍCULO

Substâncias inertes (que não apresentam efeito farmacológico) adicionadas à fórmula, com a finalidade de diluir o princípio ativo, distribuindo-o uniformemente.

5. MEDICAMENTO

Nome que se deve reservar às substâncias preparadas convenientemente, com o objetivo de restabelecer o funcionamento normal do organismo.

Medicamento alopático: é aquele que provoca um efeito contrário ao sintoma que está sendo tratado.

Medicamento homeopático: é aquele que guarda a capacidade de reproduzir o sintoma que está sendo tratado. Sua característica é o uso de doses extremamente diluídas.

6. FARMACOPÉIA

É o código oficial de fórmulas para uso da profissão farmacêutica no comércio e indústria do país.

CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Quanto à forma de preparação:

a. Medicamentos oficinais: preparados de acordo com as fórmulas inscritas nas farmacopéias.

b. Medicamentos magistrais: são de autoria de médicos, dentistas, veterinários, obedecendo as exigências clínicas do paciente.

c. Especialidade farmacêutica: são preparações encontradas prontas para uso nas farmácias e drogarias, apresentadas em embalagens uniformes, com o nome comercial registrado. Ex: NOVALGINA, PARENZYME, etc.

Quanto ao estado físico:

a. Medicamentos Líquidos:

• soluções injetáveis: preparações líquidas estéreis, livres de qualquer substância capaz de provocar reações pirogênicas. Utilizadas para administração parenteral. Ex: solução de glicose 50 %, sulfato de atropina injetável, etc.

• soluções para uso oral: são líquidos destinados à administração oral. Diferem das soluções injetáveis por dispensar a exigência de esterilidade. São muito utilizadas, principalmente pela facilidade de administração e boa absorção dos fármacos no TGI. Ex: Novalgina gotas, etc.

• Emulsões: é a mistura interna de líquidos imiscíveis (óleo/água). Essa forma farmacêutica possibilita administrar em uma única mistura substâncias hidro e lipossolúveis. Ex: Emulsão de Scott, Emulsão de benzoato de benzila, etc.

• Suspensões: é a mistura de um sólido em um líquido, onde esse não seja solúvel. São utilizadas para uso oral, aplicações tópicas, e em administrações parenterais (SC ou IM). Ex: suspensão de insulina, micostatin, etc.

• Xaropes: soluções quase saturadas de sacarose em água (onde é veiculado o princípio ativo). São geralmente utilizados como calmantes da tosse, sendo administrados por via oral. Ex: Xarope tiratosse, MM expectorante, etc.

• Infusos: são formas farmacêuticas obtidas por infusão, que consiste em extrair os princípios ativos da droga com água fervente por alguns minutos. Corresponde aos chás. Ex: infusão de erva doce, camomila, etc.

• Decoctos: diferem dos infusos por serem preparados por cozimento, ou seja, por aquecimento da droga com água até a ebulição. Ex: decocto de cravo, da índia, jaborandi, etc.

• Tinturas: são preparações habitualmente concentradas, obtidas pelo tratamento do tecido vegetal ou animal com um solvente, a fim de retirar seus componentes ativos. O líquido extrator, na maioria dos casos é o álcool diluído 40 %. Ex: Tintura de ópio, boldo, etc.

• Elixires: soluções hidroalcoólicas de substâncias medicinais adocicadas e aromatizadas. Ex: Elixir paregórico, Elixir de maracujá, etc.

• Linimentos: são preparações líquidas para aplicações sobre a pele por meio de fricções.

• Loções: preparações farmacêuticas líquidas aquosas, aplicadas na pele sem fricções. Apresentam vantagens sobre as pomadas por serem

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