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Narrativa Juridica

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Por:   •  21/11/2013  •  510 Palavras (3 Páginas)  •  389 Visualizações

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7.3. A relevância da precisão temporal e a cronologia dos fatos na narrativa.

Para que se tenha uma boa narrativa é necessário que se selecione com cuidado as informações que nela estarão contidas e de que forma esses dados devem ser organizados no texto. Essas informações podem ser expostas de forma cronológica ou acronológica. O que tornará o texto mais claro e preciso.

7.3.1. Precisão temporal

É de grande relevância o registro preciso de quando ocorreu determinado fato jurídico e de ordenar a narrativa dos fatos em sequência cronológica.

A referência temporal, em artigos de lei, mostra a importância que existe em registrar, com exatidão, informações pertinentes a essa circunstância. Isso se deve ao fato de que consequências jurídicas podem advir de tal informação.

A importância de identificar o tempo em que ocorreu o fato jurídico, tem como finalidade de se determinar o dispositivo aplicável à espécie.

7.3.2. Sequência cronológica dos fatos

A sequência cronológica implica na ordenação dos fatos segundo a sua ocorrência na linha do tempo. Não referente à quando foi tomado conhecimento do fato, mas na ordenação dos fatos em si.

Dois aspectos que justificam a importância de se seguir a sequencia cronológica são que, primeiramente tal sequência facilita o estabelecimento da sequência lógica, como o esclarecimento de causa e consequência; segundo, a marcação temporal precisa e em uma sequência ordenada facilitam a identificação de algumas questões jurídicas, como a hora em que o fato ocorreu, o que agrava o crime.

7.3.3. Vocabulário da área semântica de tempo

Na narrativa podemos recorrer a recursos linguísticos que estabelecem relações temporais entre os fatos e os situam na linha do tempo. Não precisando marcar apenas com registros da data ou da hora em que ocorreu o fato.

7.4. Imparcialidade

No mundo jurídico é adotado o mesmo sentido registrado no dicionário para a palavra imparcialidade: ser imparcial é examinar os fatos com isenção, sem envolvimento de qualquer espécie.

7.4.1 A polifonia como recurso para manter a imparcialidade no relato: exame do relato de algumas peças

O juiz, ao relatar os fatos, informa as razões da Ação por meio da voz do autor; apresenta as alegações do réu, registra em que folha se encontram as vozes das testemunhas, os documentos apresentados e os procedimentos adotados durante o processo. Portanto, pela obrigatoriedade de ser imparcial, o juiz concede oportunidades iguais as partes para se pronunciar. Assim, abre espaço aqueles envolvidos na questão, a fim de revelarem sua versão e visão do fato e do direito.

7.4.2. Exame do relato de uma peça em que a polifonia é rara ou inexistente: marca a parcialidade no relato.

Na Petição Inicial, a voz predominante é a do autor, representada pelo seu advogado. A narrativa dos fatos é de responsabilidade do autor e somente as vozes de que é favorável a ele estarão presentes na peça. A voz do réu será registrada com o objetivo de demonstrar sua inobservância em relação ao direito de outrem. São raros os verbos

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