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O Fator Terra Em Economia

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Por:   •  23/8/2013  •  2.480 Palavras (10 Páginas)  •  5.666 Visualizações

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I. INTRODUÇÃO

Em economia, fatores de produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços, conforme definiu a Escola Clássica dos economistas dos séculos XVIII e XIX.

Tradicionalmente, são considerados como fatores de produção a terra (terras cultiváveis, florestas, minas), o homem (trabalho), e o capital (máquinas, equipamentos, instalações). A primeira escola científica da economia, representada pelos fisiocratas, elegeu a Terra como o único recurso responsável pela geração de riquezas. Terra – indica não só as terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais.

Adam Smith , 1790, identificou, constatou e documentou em seu livro - A Riqueza das Nações , a importância do claro entendimento e aplicabilidade dos fatores geradores de riqueza.

Após mais de 200 anos de prevalência dos elementos Terra, Capital e Trabalho, por Adam Smith, identificados como os fatores, quase exclusivos, a garantir a geração de riqueza, a sua infalibilidade ficou impregnada no imaginário do homem econômico.

Até os dias atuais, a falência da maioria dos empreendimentos é debitada à crônica falta de capital. A razão alegada por empresários para não empreender é a falta desses recursos. A culpa do não desenvolvimento dos países é da falta de capital. A razão do desemprego é a falta de investimento em recursos produtivos e, assim por diante.

A recente expansão e conseqüente prevalência mundial do sistema capitalista trouxe a globalização, marcada por inovações tecnológicas e organizacionais, que vem promovendo profundas transformações na sociedade. Essas inovações acarretaram alterações no processo econômico, impondo a necessidade de repensar os fatores geradores de riqueza, definidos como recursos ou insumos fundamentais para a produção econômica de bens e serviços.

A identificação e correta conceituação dos reais e atuais fatores geradores de rendimento e a maneira como eles são distribuídos e combinados, tem relevância para as organizações e para a economia como um todo, uma vez que o preço desses fatores e o custo da produção são de fundamental importância na produtividade e rentabilidade

das organizações e no funcionamento da economia.

II. OS RECURSOS NATURAIS: O CONCEITO DO FATOR TERRA

Do elenco de recursos que os sistemas econômicos mobilizam no desencadeamento do processo de produção, as reservas naturais, ou o fator terra, constituem a base sobre a qual se exercem as pressões e as atividades dos demais recursos.

As reservas naturais, renováveis ou não, encontram-se na base de todo processo de produção. As dádivas da natureza, aproveitadas pelo homem em seus estados naturais ou então transformadas, encontram-se presentes em todas as atividades de produção. A própria localização espacial dos agrupamentos humanos foi historicamente condicionada pela disponibilidade de reservas naturais. Embora outros fatores tenham influenciado a dispersão e as aglomerações do homem nos diferentes espaços continentais, certamente as disponibilidades de fatores naturais e seu aprendizado sobre como vencer e aproveitar as forças da atuaram como fortes condicionantes da constituição e da perpetuação das nações, de sua ascensão e de seu declínio.

Em seu significado econômico, este fator é constituído pelo conjunto de elementos da natureza utilizado no processamento da produção. Não obstante seja denominado como fator terra, ele não inclui apenas a disponibilidade total de terra potencialmente apropriadas para a agricultura e produção animal, mas também o conjunto de elementos naturais que se encontram no solo e no subsolo; os lençóis de água subterrâneos, os mananciais, riachos, ribeirões, rios e queda de água; os lagos, os mares e os oceanos; a vegetação e os recursos da flora; a fauna; o clima e a pluviosidade; os recursos extraplanetários, como o sol e o próprio espaço sideral. O fator terra, em concepção abrangente, engloba, assim, todos os recursos e condições existentes na natureza. É do complexo conjunto de elementos que o constitui que o homem extrai os bens econômicos com os quais procura saciar suas ilimitáveis necessidades individuais e sociais.

A disponibilidade das reservas naturais, todavia, não depende apenas dos níveis e das dimensões de suas ocorrências, mas também de sua interação com os demais fatores de produção, notadamente a capacitação tecnológica. É a partir da interação com os demais fatores que se viabiliza seu efetivo aproveitamento. E este depende também dos diferentes estágios da consciência social sobre sua preservação e reposição . Em direção expansiva, o estagio do conhecimento humano, associado à disponibilidade de instrumentos exploratórios, tem ligações diretas com as dimensões das reservas naturais economicamente aproveitáveis. Os processos de renovação e de reposição de recursos, juntamente com as formas e a extensão da ocupação territorial, também definem o grau em que as reservas naturais ocorrentes são efetivamente empregadas no processamento da produção, quer pelos métodos com que são extraídas matérias-primas de origem mineral, vegetal e animal, quer pelas técnicas de aproveitamento de potenciais energéticos, originários do Sol, da intensidade dos ventos e dos movimentos das águas. A disponibilidade efetivamente pelo avanço do homem sobre novas fronteiras e, por fim, pelo desenvolvimento de processos de reciclagem de materiais extraídos da natureza.

O fator terra: Conceito, abrangência e tipologia

a) Solo: Meio natural para o desenvolvimento de vegetais. Parcela dinâmica da superfície terrestre. Sua superfície inferior é definida pela ação dos agentes biológicos e climáticos. Seu aproveitamento econômico define-se pela profundidade efetiva, drenagem, saturação, fertilidade e relevo.

b) Subsolo: camada da crosta terrestre em que se encontram lençóis de água; jazimentos minerais, metálicos e não-metálicos; lençóis petrolíferos e reservas de gás natural. O aproveitamento econômico dos depósitos do subsolo define-se pelo conhecimento, qualidade das reservas medidas e acessibilidade.

c) Águas: Incluem oceanos, mares e lagos. Recursos Hídricos que correm pela superfície, infiltram-se no subsolo e renovam-se pelos mecanismo do ciclo hidrológico. O aproveitamento é definido por fatores como propriedades físico-químicas, potabilidade, navegabilidade e potencialidade para fins hidrelétricos.

d) Pluviosidade e clima: A pluviosidade é uma das fases do ciclo hidrológico: sua importância, como recurso

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