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O OFÍCIO DAS BAIANAS DE ACARAJÉ

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Por:   •  12/3/2015  •  1.031 Palavras (5 Páginas)  •  272 Visualizações

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE ENGENHARIA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Adriana Silva

Amália do Vale

Caroline Anunciação

Elzilene Cândido

Nádia Nominato

O OFÍCIO DAS BAIANAS DE ACARAJÉ

Governador Valadares

Outubro/2014

O Ofício das Baianas de Acarajé

Nas últimas décadas houve grande consumo e produção do acarajé, por isso é importante atenção para os modos de se fazer e comercializar. Nesse crescente aumento de produção, novas inovações foram introduzidas, como moinho elétrico, fogão a gás e etc. Essa produção em maior escala fez com que a cidade de Salvador criasse um controle de qualidade e higiene e estabeleceu parcerias com SEBRAE e SENAC para cursos de controle de qualidade para as baianas que garante um selo de qualidade para quem se enquadrar nos padrões definidos pela instituição. Com o crescimento, o bem que antes era comercializado por mulheres pela obrigação ou relação com o santo passa a ser exercido pelas filhas de santos e por homens e mulheres sem ligação religiosa com o candomblé. Remete o valor do bem como alimento e como complemento de fonte de renda. Entende-se que para o registro enquanto patrimônio cultural nacional poderá mobilizar a sociedade a reconhecer, recolher, sistematizar, proteger e salvaguardar esses saberes tradicionais sem frear o fluxo natural das reapropriações.

O principal objetivo do registro do ofício das baianas de acarajé como um patrimônio cultural foi o reconhecimento do valor simbólico de tal atividade. Esse valor estaria vinculado ao modo de fazer o acarajé, às roupas usadas pelas ‘baianas’, à etnicidade e, principalmente, às religiões afro-brasileiras No inventário do Iphan, o acarajé é apresentado como um bolinho preparado com feijão-fradinho, cebola e sal, frito em azeite de dendê, e cujo nome, no idioma ioruba, significaria ‘comer fogo’: acará (fogo). O ofício das baianas do acarajé foi tombado pelo IPHAN, desde 2004, como patrimônio imaterial do Brasil.

O acarajé é uma das iguarias mais procuradas por quem visita Salvador.

A receita originalnão tem os acréscimos atuais, tais como camarão seco, vatapá, caruru e salada, já que o acarajé era consumido puro, protegido por parte de uma folha de bananeira, levando, no máximo, quando era pedido, um pouco de molho preparado com pimenta malagueta seca, cebola e camarões, moído na pedra e frigido em azeite de cheiro. Esses recheios ampliaram o tamanho do acarajé vendido nas ruas e tornaram-no uma espécie de sanduíche, chamado de “sanduíche nagô” ou “acarajé-burguer.

O acarajé tem sua origem nos barracões de candomblé. Em Salvador - BA é facilmente encontrado nas ruas, vendido em tabuleiros pelas tradicionais Baianas, com suas roupas brancas, torço (turbante) na cabeça e suas Guias (colares) no pescoço. Essa tradição perdura desde o século XIX.

Primeiramente, o acarajé era vendido ou oferecido nas festas de terreirode Candomblé como cumprimento dos deveres religiosos que necessitavamser renovados com frequência. Posteriormente o acarajé deixa de ser apenasoferenda, passando a ser vendido como uma mercadoria nos terreiros, ondeforam adicionados outros produtos como: abará, vatapá, caruru, salada detomate verde, passarinha, bolinho de estudante, cocadas, peixe frito etc.

Nos terreiros, a comida ocupa lugar fundamental, com sentido de força vital, energia, princípio criativo e doador. Através da comida oferecida aos orixás, se estabelecem relações entre o devoto, a comunidade e o próprio orixá, tendo cada um sua preferência. O acarajé é comida de santo oferecida a Xangô e a Oyá, mais conhecida como Iansã.

As mulheres são nomeadas como baianas por sua identidade profissional. Para o trabalho de vender acarajé, usam vestimentas do candomblé, como se transferissem para as ruas um rito

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