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O Serviço Social E Sua História

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Por:   •  26/5/2013  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  629 Visualizações

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O serviço social e sua história

O serviço social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da “questão social”, isto é, no conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho. Inserido nas mais diversas áreas (saúde, habitação, lazer, assistência, justiça, previdência, educação, etc) com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais. Assim, o Assistente Social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho sócio-educativo ou socializadora e de prestação de serviços.

O Serviço Social se organiza como profissão em um determinado momento histórico, como uma estratégia do capital para fazer frente às demandas postas pela questão social, que se dá de forma bastante contraditória.

O que se pode perceber é que o serviço social enfrenta, desde sua origem, a contradição de sua postura enquanto profissão. Em que o capitalismo gera uma fratura, a exploração da maioria pela minoria, a luta de classes se transforma na luta pela superação da sociedade burguesa.

Assim o serviço social vai se constituindo como uma estratégia de controle social, especializando-se na ação de contenção dos “problemas que decorriam da industrialização capitalista e do seu fluxo expansionista”, conferindo-lhe uma identidade própria que vai se fortalecendo na medida em que se fortalece o vínculo de dependência da prática social em relação à classe dominante.

Menos por razões éticas e sociais e mais em defesa do regime, ao longo do tempo, a burguesia se viu compelida a rever suas estratégias de assistência aos pobres. O pauperismo, como pólo oposto da expansão capitalista, crescera tanto na Europa durante o século XIX que seu atendimento já não poderia mais se restringir às iniciativas de particulares ou da Igreja; era preciso mobilizar o próprio Estado, incorporando a prática da assistência e sua estratégia operacional – O Serviço Social – à estrutura organizacional da sociedade burguesa constituída, como um importante instrumento de controle social. (MARTINELLI, 1991, p. 86).

A gênese do Serviço Social no Brasil tem sua origem no amplo movimento social que a Igreja Católica desenvolve com o objetivo de recristianizar a sociedade. Com o desenvolvimento da industrialização e das populações das áreas urbanas, surge a necessidade de controlar a massa operária. Para tal, o Estado começa a absorver parte das reivindicações populares, que demandavam condições de reprodução: alimentação, moradia, saúde, ampliando as bases do reconhecimento da cidadania social, através de uma legislação social e salarial.

Tal atitude objetivava, principalmente, o interesse do Estado e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas ao Estado, facilitando sua manipulação e dominação, Iamamoto (1998). Nesse período a pratica do serviço social era pautada no assistencialismo através de caridade e esmolas. Hoje, depois de muitas adequações à profissão, pode-se dizer que o serviço social possui políticas de assistência social.

Vale ressaltar que a PNAS é a Política Nacional de Assistência Social que junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades sócio-territoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender à sociedade e à universalização dos direitos sociais. O público dessa política são os cidadãos e grupos que se encontram em situações de risco. Ela significa garantir a todos, que dela necessitam, e sem contribuição prévia a provisão dessa proteção. A Política de Assistência Social vai permitir a padronização, melhoria e ampliação dos serviços de assistência no país, respeitando as diferenças locais.

Nesse sentido, O SUAS (Sistema Único de Assistência Social), como já se evidencia, é um sistema que veio a organizar em todo território nacional das ações socioassistenciais e a hierarquização dos serviços por níveis de complexidade e porte dos municípios. Tem como eixos estruturantes: a matricialidade sociofamiliar; descentralização político-administrativa e territorialização; novas bases para a relação entre Estado e sociedade civil; financiamento; controle social, o desafio da participação popular; a política de recursos humanos; a informação o monitoramento e a avaliação.

Ao pensarmos sobre a atuação dos Assistentes Sociais, há

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