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O TRABALHO PRODUTIVO DA MULHER

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Por:   •  22/10/2014  •  548 Palavras (3 Páginas)  •  427 Visualizações

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OS ASPECTOS RELEVANTES QUE DEMONSTRAVAM INSTABILIDADE ECONOMICA E POLITICA E, CONSEQUENTIMENTE, SOCIAL NO SECULO PASSADO EXIGIRAM O REDICIONAMENTO E O APROVEITAMENTO DO TRABALHO ¨produtivo da mulher¨.

Após a Revolução Industrial, a mulher deixou o espaço privado (casa, marido, filhos) e passou a ocupar o espaço público, assumindo uma profissão. Nesta ocasião a mulher deixou de ser esposa e mãe somente, para ser também, operária, enfermeira, professora, e com o passar do tempo, arquiteta, juíza, motorista de ônibus e outras. Desde o século XIX, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres lutam por conquistar maior espaço e igualdade do cenário público. Isso começou de fato com as I e II Guerras Mundiais, quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. Ao final da guerra, muitos homens morreram e os que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres deixaram a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos.

No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmeras mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”.

Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem.

Assim, o mercado de trabalho da mulher estruturou-se, desde suas origens, como uma extensão do trabalho doméstico. Foram então privilegiadas áreas como saúde, educação e assistência social. Essa última caracterizada por atividade filantrópica e não-remunerada durante muito tempo. “As atividades produtivas relacionadas com serviços e com assistência médica e educacional são redutos femininos e estão associados ao papel reprodutivo que a mulher desempenha na família e na sociedade. Ser professora ou enfermeira é uma forma de praticar tudo o que foi ensinado às mulheres: cuidar, dar amor, ter paciência e carinho”. No início do século XX, influenciado pelo filósofo francês Rousseau, pelo pensamento médico vitoriano e por concepções religiosas, as elites intelectuais e políticas procuraram redefinir o lugar das mulheres na sociedade, justamente no momento em que a crescente urbanização das cidades e a industrialização abriam para elas novas perspectivas de trabalho e atuação. Formava-se a moderna esfera pública, na qual a vida fechada e isolada do mundo rural e dos pequenos núcleos

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