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ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - HISTÓRIA, OBJETIVO E ATUAÇÕES.

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Por:   •  31/1/2015  •  10.305 Palavras (42 Páginas)  •  447 Visualizações

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l – INTRODUÇÃO

Figura como protagonista do estudo realizado a Organização das Nações Unidas – ONU – sendo que nesta ótica o presente trabalho tem como escopo e pretensão provocar uma profunda reflexão acerca do desenvolvimento do aludido tema ao longo da história até a atual condição civilizatória, assim como trazer a tona, através de uma analise critica, as causas influenciadoras para sua criação.

Outrossim é cediço que a premissa da ONU é promover a paz entre os povos e a segurança internacional, assim como fomentar o equilíbrio sócio, econômico, cultural e humanitário, bem como as liberdades individuais e os direitos humanos. Todavia diante de sua finalidade e para elucidar o nosso objetivo cumpre-nos avaliar quais foram suas contribuições, benefícios e os pontos negativos que possam de alguma forma estar violando seus princípios originários.

Ademais através de uma minuciosa ponderação analisaremos os resultados produzidos ao longo de sua existência, o que por si só nos dará elementos suficientes para formarmos uma opinião concreta acerca de seu real valor para humanidade em seu atual estágio de globalização.

ll - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ORIGEM

O mundo no final da década de trinta até meados da década de quarenta do século lX atravessa pela busca e demonstração de poder o que culmina com um enorme conflito entre as nações, denominada de 2ª guerra mundial. Fato histórico explanado com propriedade por Leo Huberman, vejamos:

Em setembro de 1939 a Alemanha invadiu a Polônia, ato contínuo, Grã- Bretanha e França reagiram declarando guerra aos invasores. As hostilidades continuaram nos meses seguintes, até que a união das potências fascistas para conquistar a Europa e a Ásia foi anunciada formalmente [em setembro de 1940], quando o Japão assinou o Pacto de Berlim... [no qual] os três países fascistas – Alemanha, Japão e Itália- concordavam em auxiliar-se mutuamente com meios políticos, econômicos e militares. Pouco, provocados pela invasão a seus territórios, os Estados Unidos – que foram atacados pelo Japão e a União Soviética – invadida pelos exércitos alemães – entraram no conflito, em uma conjunção de forças momentâneas contra um inimigo comum – o nazi fascismo. (HUBERMAN, 2011, p. 244)

As nações se enfrentam em uma luta de gigantes com um poder destruidor impondo suas ideologias com a finalidade de fazer prosperar um ou outro sistema – capitalismo, fascismo – e principalmente pelo simples fato de estar intrinsicamente ligado ao homem a busca pelo poder, pelo domínio como se pode observar nas palavras de Benito Mussolini e Adolf Hitler transcritas por Huberman, disse o primeiro:

Não acredito na possibilidade ou utilidade da paz perpétua... Só a guerra leva a energia humana à sua tensão máxima, e põe o selo da nobreza sobre os povos que tem coragem de enfrenta-la... Assim, uma doutrina baseada no prejudicial postulado da paz é hostil ao fascismo. (HUBERMAN, 2011, p. 241).

Na mesma perspectiva Hitler expõe seu pensamento, conforme relata Hubermen, (2011, p. 241) “Na guerra eterna a humanidade se torna grande – na paz eterna, a humanidade se arruinaria”.

Nesse cenário a soma dos efetivos americanos e soviéticos, dos recursos e batalhões vindos da América, da África e da Ásia levou a rendição da Alemanha em 7 de maio de 1945. A vitória no extremo oriente só chegou três meses depois, em 6 de agosto de 1945 quando foi lançada a bomba mais poderosa então inventada pelo homem, sobre a cidade de Hiroshima. Posteriormente foi lançada a segunda bomba atômica sobre Nagasaki. Como Huberman descreveu em sua obra, vejamos:

O Japão já estava vencido antes de ser jogada a bomba, e sabia disso. Entretanto, os japoneses tinham esperança de que os inimigos, isto é, os Estados Unidos, a Grã Bretanha e a União Soviética, se desentendessem uns com os outros e, com isso, mudassem a sua sorte. A esperança foi por terra dois dias depois, quando a União Soviética declarou guerra ao Japão e o Exercito Vermelho caiu com um enxame sobre a Manchúria, a Coréia e a ilha Sacalina. Naquele mesmo dia em 8 de agosto de 1945, foi lançada uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki. (HUBERMAN, 2011, p. 245).

Como corolário deste momento horrendo foi uma enorme quantidade de vidas humanas perdidas em um cenário de destruição com grandes perdas materiais principalmente para as nações derrotadas. O que se obteve foram cidades, indústrias e as zonas rurais totalmente devastadas, como nos assinala Adeilson Marques, vejamos:

Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.

A brutalidade generalizada da guerra provocou milhões de vítimas, estimadas em 55 milhões de mortos, 35 milhões de feridos, 20 milhões de órfãos e 190 milhões de refugiados. Aproximadamente 6 milhões de judeus foram brutalmente assassinados pelos nazis, em campos de concentração “preparados” para o genocídio.

Cumpre ainda dizer que apesar do quadro que se encontrava a humanidade ser caótico com ruinas por toda a parte, governos que recomeçaram a se estabelecer quase sem infraestrutura com milhares de mutilados e feridos a serem amparados, com a fome e a miséria imperando, os Estados Unidos e a União Soviética despontam como grandes potências e entram em uma disputa que posteriormente foi denominada de Guerra Fria, onde estava em questão o capitalismo americano e o comunismo soviético. Nesse sentido esta o escólio de Aderbal de Oliveira Neto, vejamos:

Os Estados Unidos saem ainda mais fortalecidos, posto que passaram a ser o único fornecedor para a Europa em fase de reconstrução. A hegemonia americana estava consolidada no ocidente. Durante a Idade do Ouro, a dominação dos Estados Unidos no ocidente era completa. Em nível mundial, este país disputava hegemonia com a União Soviética, caracterizando o que se convencionou chamar de Guerra Fria.

A Segunda Grande Guerra provocou uma profunda mazela na sociedade, sendo que seus efeitos permaneceram até pouco tempo atrás. O medo de um novo conflito pairava sobre a humanidade, entretanto com uma intensidade jamais vista em nossa historia, pois devido ao uso de armamentos nucleares a vida na terra poderia ser exterminada. Fato que vai de encontro com os relatos de Huberman, qual seja:

As pessoas temiam que um novo confronto como aquele

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