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Os sistemas abertos

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Por:   •  25/3/2014  •  Artigo  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  283 Visualizações

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1.2 - Os sistemas abertos

Um sistema aberto é um conjunto particular de relacionamentos entre elementos individuais (pessoas, máquinas, instalações, células, órgãos, etc.), atraídos (ou deslocados), agrupados e mantidos coesos pela imposição de determinadas forças (pressão atmosférica, pressões de mercado, pressões sociais, trabalho humano, etc.), extraídas de determinadas fontes de energia (núcleo do átomo, gravidade, madeira, gasolina, motivos éticos, dinheiro, alimentos, etc.) de origem externa, tendo como objetivo o processamento e a transformação de determinados insumos (grãos de areia, cimento, aço, madeira, etc.) em artigos (essa expressão será adotada para representar qualquer espécie de resultado de um sistema ou processo, como, por exemplo: produtos, serviços, oxigênio, humos, etc.) de interesse do sistema maior onde encontra-se inserido. É imprescindível a compreensão do fato de que os sistemas abertos caracterizam-se pela relação que têm com outros sistemas e pela dependência que mantêm com esses sistemas, no que tange à importação e exportação de energia. Segundo [Katz,1974,p.33]:

Desse conceito podem-se derivar algumas observações importantes:

um sistema aberto não existe a partir de si próprio. Ele precisa ser alimentado com insumos e fontes de energia, oriundos do sistema maior, no qual está inserido;

um sistema aberto não existe em função de si próprio. O interesse num sistema aberto está em que ele cumpra o seu papel, fornecendo os artigos que dele esperam os sistemas que estão a sua volta;

as declarações das alíneas "a" e "b" trazem consigo uma outra característica importante: a relação entre o cumprimento do papel de um sistema aberto e a sua própria continuidade. Na medida em que ele deixar de cumprir o seu papel, pelo não fornecimento das saídas esperadas, também os sistemas que estão à sua volta procurarão deixar de alimentá-lo por considerá-lo um parasita (um relacionamento não simbiótico, no caso dos sistemas biológicos e um relacionamento com mais sansões do que recompensas, no caso das organizações sociais), o que pode levar a uma relação de causa e efeito que culmina com o seu desaparecimento: o sistema deixa de cumprir o seu papel forçando o meio a buscar novas alternativas e na medida em que esse sistema não é mais requerido também não lhe são mais liberadas as fontes de energia nem os insumos. Naturalmente, a energia acaba na medida em que faltarem as suas fontes e, uma vez que essa energia era necessária para manter os elementos desse sistema coesos, ele desaparece (os seus elementos retornam ao estado anterior ao de serem reunidos como um sistema, entrando em equilíbrio com o meio do qual foram extraídos). Conforme [Senge,1990], essa é a principal característica dos sistemas: a sua natureza cíclica, quer dizer, os processos de entrada, transformação e saída de energia de um subsistema completam-se em círculos com os processos de entrada, transformação e saída de energia de outros subsistemas;

se os elementos que vão formar um sistema são atraídos a partir da imposição de determinadas forças, fatalmente eles entrarão em choque entre si [Poulin,1998] e, até que consigam acomodar-se (ou adaptar-se), os atritos oriundos desses choques podem ser fontes de

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