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Pensamentos Estratégicos Na Atuação Empresarial Hoje

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Por:   •  21/10/2013  •  2.008 Palavras (9 Páginas)  •  289 Visualizações

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Pensamentos estratégicos na atuação empresarial hoje

Uma maneira de ver o mundo

Descontinuidades e incertezas

Nenhuma outra época foi tão marcada por descontinuidades e incertezas do que a atual. Em uma palavra: MUDANÇA! Este é o mote que os administradores, líderes e executivos, em qualquer ramo de atividade, mais ouvem hoje. E, talvez ainda pior: não importa o que você faça, as coisas parecem que vão continuar a mudar, cada vez mais e mais rápido.

Esta situação de permanente mudança tem conseqüências drásticas, e muitas vezes dramáticas, tanto no nível empresarial como, até mesmo, no pessoal. Novas empresas surgem todos os dias, em todos os mercados, e os antigos bastiões da segurança e solidez empresariais estão desaparecendo paulatinamente. Enquanto isso, fusões e aquisições, joint-ventures e desmembramentos, de empresas de todos os portes - mas, principalmente, de grandes organizações - movimentam o mercado. A globalização está tornando todos os mercados do mundo - todos, inclusive o seu - em mercados locais para qualquer fornecedor transnacional de produtos e serviços. A tecnologia - que se radicalizou tanto nos últimos 20 anos, e que está a ponto de se tornar commodity se tornou o diferencial competitivo básico em qualquer ramo de atividade.

Em paralelo a isso tudo, o perfil profissional está se modificando agressivamente, em todos os níveis, em todas as profissões. O próprio conceito de trabalho está sendo repensado. Salários, empregos, estruturas organizacionais, e quase tudo o mais da herança cultural que as empresas carregam desde a Revolução Industrial, está sendo repensado. O que não é de se admirar, pois já se vão séculos, e a própria sociedade mudou muito desde então.

Este é um tempo de graves ameaças. Mas, também, de grandes oportunidades. Ver as oportunidades, eis o caminho do sucesso.

Saltos transformacionais

Toda mudança, por mais radical e drástica que possa parecer, emite sinais antecipados do que está para ocorrer. O momento empresarial de hoje há muito já é anunciado para os observadores atentos. O ciclo que se iniciou recentemente, e que, acredita-se vá durar ainda 20 anos, está sendo chamado de Era da Informação. Agora, a Informação e o seu uso, em diversas formas, estão se tornando a base de toda prestação de serviços e todo desenvolvimento de produtos. A evolução da Informática, o deslocamento da economia para o setor de serviços, a customização do marketing e do atendimento a clientes, e a tendência à atuação em redes de fornecedores, foram sinais claros - e muito alardeados - já na década de 80, das mudanças que estavam por vir. Mas muita gente não viu.

O modelo de ciclo de vida - nascimento, juventude, maturidade, declínio e morte - ajuda a entender esta época de mudanças. Os seres vivos, as pessoas, as empresas, e até a economia global, cumprem esse tipo de ciclo. Para as empresas, principalmente, entender a sua própria trajetória pode ser a chave para uma longa e próspera existência. No nascimento a empresa ainda não tem claramente delineada uma visão de sua atuação no mercado. Quando atinge um ponto de inflexão, marcando o início de uma fase de crescimento acelerado, a jovem organização tipicamente encontra a sua fórmula de sucesso, seja através de alguma particularidade interna de sua operação, seja através de alguma linha de produtos ou serviços. O ápice se dá na fase de maturidade, em que a taxa de retorno sobre o investimento é a maior de todo o ciclo de vida. No entanto, nenhuma organização - como nenhum ser vivo - consegue se manter no auge eternamente. A entropia organizacional leva, mais cedo ou mais tarde, ao declínio e à morte, inexoravelmente.

Embora ainda não se saiba, realmente, como evitar a morte humana, as empresas têm a possibilidade de sobreviverem indefinidamente, efetuando saltos transformacionais. Um salto transformacional é uma descontinuidade intencional do ciclo de vida da empresa, ou do produto / serviço. Para evitar o declínio e a morte, a empresa precisa abandonar, a tempo, sua curva atual de desenvolvimento e encontrar outra de melhor futuro. Para efetuar um salto transformacional, a empresa precisa descobrir no seu meio ambiente outras formas de atuação, outras personas empresariais, que representem um caminho para o futuro. O que não é uma tarefa simples.

Preparando o futuro para ter um presente

Entender o seu meio ambiente é fundamental para a sobrevivência de qualquer ser vivo, e a empresa não é exceção. O meio ambiente é composto pelo mercado - atual e potencial - pela concorrência, pelos parceiros e fornecedores, pelo governo e órgãos reguladores, pelos meios de comunicação, enfim, por todos aqueles que possam influenciar direta ou indiretamente a vida da empresa, e que não estejam dentro ela.

Na prática, hoje em dia, o meio ambiente é todo mundo. Mas para a sobrevivência a longo prazo, para ser capaz de efetuar seu salto transformacional e, principalmente, para competir nos mercados agressivos atuais, não basta a empresa pensar seu contexto atual. É preciso pensar o mercado do futuro. Competir pelo futuro é a única forma de, algum dia, assegurar competitividade no presente.

Pensar o futuro não significa fazer projeções das atividades atuais. Não significa fazer mirabolantes exercícios de previsão e futurologia. Não significa antecipar para hoje decisões sobre as situações possíveis de amanhã. Pensar o futuro, no sentido estratégico que tratamos aqui, significa preparar a empresa desde hoje para atuar no mundo de amanhã. Pensar estrategicamente o futuro é exercitar a visão da empresa em seu meio ambiente, hoje, amanhã e sempre.

A idéia central é a de que a empresa tem que atuar num meio em permanente mudança, cheio de incertezas e transformações contínuas, e de que o ritmo dessas mudanças só tende a aumentar. A empresa, como sistema vivo que luta para sobreviver, precisa se adaptar permanentemente ao seu meio ambiente. Para isso é fundamental que a razão de ser da empresa, sua missão, sua utilidade para o mercado, estejam claras. Uma empresa que não sabe para quê existe é um ser vivo em grave crise existencial, doente, moribundo.

Além de se conhecer, a empresa precisa conhecer seu meio ambiente. Só estando em permanente contato com seu meio ambiente, é que a empresa pode perceber quais as necessidades desse ambiente, quais os anseios não atendidos, quais as oportunidades emergentes. É

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