Queima CRIANÇAS EM RISCO

Queimaduras

CRIANÇAS EM RISCO

Segundo dados do Ministério da Saúde, de um a quatro anos, a queimadura ocupa o sexto lugar como causa de morte, 320 mil crianças morrem anualmente por essa causa, perdendo apenas para os acidentes com quedas.

Entre cinco e nove anos de idade, a queimadura é o quarto motivo das internações com sequelas estéticas e motoras graves que, além de desfigurar, atrapalham o desenvolvimento social e intelectual, pois dificultam o convívio com outras crianças e a possibilidade de frequentar a escola.

Para dar início ao atendimento é necessário classifica las de acordo com sua profundidade e características. Este cálculo é chamado de ´´Regra dos nove´´, elaborado por Wallace e Pulaski que consiste em dividir o corpo por áreas e estimar uma porcentagem em cada uma delas.

Cabeça e pescoço 9%, parte posterior e anterior do tronco 18%, cada extremidade superior 9%, genitália externa 1%, cada extremidade inferior 14%.

As referências a áreas afetadas são: pequeno queimado 10% da área corpórea atingida, médio queimado até 20% e acima disso é considera-se grande queimado.

O atendimento ao paciente vítima de queimadura segue os mesmos princípios do atendimento ao politraumatizado. A regra A-B-C-D-E não sofre alteração. Durante a avaliação classificamos a gravidade do paciente considerando os seguintes aspectos:

• profundidade da queimadura;

• Superfície corpórea envolvida;

• Área crítica;

• Idade do paciente;

• Lesão pulmonar;

• Inalação de fumaça;

• Gases tóxicos;

• Química;

• Elétrica;

• monóxido de carbono.

A idade do paciente tem impacto importante na sobrevida. Para os extremos das idades (lactentes e idosos) a probabilidade de má resposta do organismo ao tratamento é maior.

Pacientes com queimaduras graves e lesões de partes anatômicas importantes necessitam de tratamento em unidades especializadas de queimados, aumentando assim as chances de sobrevida e reduzindo sequelas.

Classificação:

• primeiro grau: O grau de destruição das células fica restrito a camada superficial da epiderme. Há eritema e dor local.

• Segundo grau: São divididas em:

- Parcial superficial: ocorre a destruição da epiderme e derme, há presença de edema com extravasamento de líquidos, formando bolhas sobre a pele. Há dor moderada ou intensa e aspecto úmido.

- Parcial profunda: Há destruição da epiderme e maior parte da derme, com presença de tecido necrosado, geralmente não há bolhas. A dor é menos intensa por haver destruição de grande parte das terminações nervosas.

• Terceiro grau: Atinge todas as camadas da pele, incluindo músculos e vasos sanguíneos. A coloração esbranquiçada ou avermelhada, carbonizada ou acastanhada. Há ausência de dor, pois as terminações nervosas foram completamente destruídas.

Assistência ao paciente:

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