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RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO ENSINO MÉDIO

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Por:   •  29/9/2013  •  1.900 Palavras (8 Páginas)  •  826 Visualizações

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ENSINO MÉDIO – RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO

Refleti sobre alguns pontos de dois trabalhos pedagógicos (anexos): “Trabalho docente: desafios e perspectivas na relação professor-aluno no ensino médio (Laina Thaise Jacinto & Márcia de Souza Hobold)” e “A relação professor/aluno no Ensino Médio (Luiz Ernesto Guimarães)”. O primeiro trabalho feito em uma escola particular de Joinvile/SC e o segundo em uma Escola Estadual de Londrina/PR. Ambos trazem a luz docentes com um grau de entendimento de sua profissão e de seu papel social. No primeiro trabalho alunos demonstram reflexão de como dever ser a postura do professor e do entrosamento entre aluno/professor. O segundo trabalho mostra um pouco do que se pensa sobre indisciplina nos tempos atuais, fato que me chamou a atenção: no primeiro trabalho (escola particular) professores e alunos parecem ter um bom relacionamento, no segundo trabalho (escola pública estadual) o fato indisciplina é comentado, ambos os trabalhos feitos em centros urbanos considerados com uma boa estrutura em vários aspectos, mesmo assim mostra que a distribuição de riquezas (saúde, trabalho, transporte... e também organização familiar) é um fato a ser considerado na escola pública, onde os alunos demonstram seus descontentamentos, talvez com atos indisciplinares. Mas coloco aqui meu pensamento, pois já pude observar alunos de escolas públicas e privadas, e vi que ambos carregam a “indiscplina” em suas formas de agir na escola, no entanto de outra forma nas escolas particulares, um comportamento de quem paga e deve ser obedecido (no caso os país dos alunos pagam e os professores são os empregados), por vezes já ouvi de relatos de professores que se indignam da forma como são tratados por diretores e pais de aluno, diante de uma repreensão aplicada; a indisciplina é um fator social levado para dentro da Escola e também é gerada por uma cultura escolar de exclusão, onde os mais “bonitos”, os mais “inteligentes”, os mais “responsáveis”... tem a atenção e a disponibilidade de professores e demais integrantes da administração escolar.

Segundo a Lei 9.394 (Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a atribuição do professor é “zelar pela aprendizagem dos alunos” em todas as etapas de ensino, a LDBN enfatiza para o Segundo Médio “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;” “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;” aqui podemos notar que o professor não é somente um profissional que passa informações (conhecimento) para o aluno, ele é responsável a levar o aluno a compreensão e a prática da cidadania, o aprimoramento do educando como pessoa humana; além de ser zeloso com a aprendizagem do aluno. Todos esperam isto do professor que Ele ensine, que guie os alunos para um caminho que os levem ao trabalho, cidadania e responsabilidade social. Os professores passam a serem vistos como responsáveis quase absolutos pela formação do aluno, a LDBN é perfeita em sua colocação, mas a família e o Estado devem participar de maneira mais efetiva na formação de seus cidadãos. Os Professores são chamados por vezes de “Mestres”, que este titulo seja realmente tornado realidade, sem ostentação, mas com o respeito que a profissão necessita por parte das famílias e do Estado.

O contato entre professor alunos pode tomar várias direções, pode formar um grupo coeso, em que todos troquem experiências e conhecimentos (professor e alunos), onde o professor contextualiza nos conteúdos de sua disciplina as experiências de vida do aluno, certamente que existem disciplinas que isto pode se tornar um ponto mais forte: “arte”, “história”, “filosofia”, “sociologia”... mas de modo geral o essencial é que exista a troca de experiências, um bom diálogo. Mas pode acontecer também que por dado motivo, como uma turma formada por seguimentos diferentes de uma comunidade se depare com o professor, e não o reconheça como um representante ideal de seus pensamentos e de sua cultura, ou um professor despreparado para trabalhar com as diferenças dentro de uma turma.

Paulo Freire defende a postura do professor como alguém que detém autoridade, que pode estabelecer limites, cobrar a execução das tarefas escolares; o professor deve ter uma postura firme, não se deixar abater com posturas indisciplinares, ele deve com sabedoria exercer a autoridade que lhe é confiada. Contudo mesmo sendo a autoridade dentro da sala de aula, o professor dever promover o diálogo, se deter às curiosidades dos alunos, praticar a “dialógica” enfim. Estabelecer um ambiente onde possam ocorrer trocas de conhecimento, e não somente o conhecimento pré-estabelecido (disciplinar) transmitido do professor para o aluno. Freire defende o professor como autoridade dentro de uma sala de aula, uma autoridade, mas não um totalitarista, detentor de todo o conhecimento e de toda a sabedoria, a autoridade dever ter limites, assim como a postura dos alunos perante o professor. Isto me leva a pensar nas indisciplinas gritantes que acontecem em nossos dias, os alunos não respeitam os limites, e os professores deixam que isto passe “despercebido”, pois deles é tirada a autoridade pela sociedade e pelo Estado. E quando não passa por “despercebido” o professor agride o aluno com palavras ou gestos, como a pouco tempo um vídeo divulgado na Internet, onde uma aluna com celular ligado, recebendo ligações durante a aula, o professor pega o celular e o atira contra a parede, quem está certo? Professor? Aluno? Sociedade? Estado? Instituição Escolar? Tenho a minha resposta: o professor agiu errado, mas acompanhando os grupos que dele tiram o poder de praticar atos mais brandos, para promover um respeito maior entre ele e o aluno, como, por exemplo, solicitar que o aluno coloque o celular desligado sobre sua mesa e o pegue ao sair; que o aluno possa dialogar, mas assuntos referentes à aula; se um aluno persiste em perturbar uma aula, que seja dirigido ao diretor, coordenador pedagógico ou outro funcionário habilitado para este tipo de questão, para que seja ouvido e para ouvir coisas referentes a respeito e importância da escola. Que em casos mais graves a família seja informada e chamada a comparecer a Escola juntamente com o Aluno, se a família se torna indiferente ao fato, que seja chamado um órgão estatal vinculado à infância e adolescência, mas isto é uma quase que utopia em nossos dias. O direcionamento para outros profissionais deve ser feito, quando o professor se ver impossibilitado de uma atitude mais eficaz para

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