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Relações Trabalhistas

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Por:   •  17/3/2014  •  Seminário  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  225 Visualizações

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pessimista. Para eles a presença da razão instrumental explica o avanço de regimes totalitários no século

XX e a própria Segunda Guerra mundial. Neste ponto todos concordam, inclusive Habermas. Entretanto,

não é concebível limitar o poder da razão. Tais teóricos supervalorizaram a preocupação com a crítica à

razão instrumental. Eles restringiram o conceito de razão atribuindo à racionalização societária a própria

racionalização do sistema capitalista, ou seja, confundem a racionalidade do sistema com a racionalidade

da ação. Habermas acredita no poder da razão que ressalta a comunicação. Esta razão comunicativa é

uma retomada ao projeto e programas originais, ou seja, uma teoria social crítica com intenções práticas

dentro de uma pesquisa interdisciplinar que estabeleça uma nova relação entre filosofia e as Ciências do

Homem. A grande diferença entre Habermas e aqueles pensadores era a maneira de entender a razão.

Habermas enfatiza a necessidade de se ter uma postura otimista em relação à disposição

democrática de dialogar e alcançar um consenso como função da racionalidade das ações e não por

mecanismos coercitivos. É por isso que este autor, sem perder de vista o potencial emancipatório que a

razão humana contém, propõe o abandono do paradigma da consciência, ao qual se pautavam Adorno,

Horkheimer e Weber, para lançar um novo paradigma, o da comunicação.

Segundo Pinto (1994:66), [...] o paradigma da consciência é calcado na idéia de um

pensador solitário que busca entender o mundo a sua volta [...], o que mostra uma relação de

subordinação do objeto em relação ao sujeito, insustentável na ótica de Habermas. Para ele, as relações

devem se dar de forma intersubjetiva, onde a comunicação representa a busca de um entendimento sobre

algo no mundo que os sujeitos do ato da comunicação pretendem validar. A racionalidade seria construída

a partir dos fundamentos do processo de comunicação intersubjetiva, na busca de um entendimento.

O paradigma da comunicação coloca à tona a relação que existe entre a razão e as

relações que o homem processa com o mundo em que vive. A razão (comunicativa) neste sentido, é

produto das relações que são compartilhadas intersubjetivamente com os sujeitos participantes do ato de

comunicação.

Como deixa claro Habermas em seu artigo conhecimento e interesse (1983) apud

Aragão (1992, p.13), é

[...] a tendência para a 'comunicabilidade', para o diálogo e para o consenso, que ele

acredita ser imanente à própria humanidade, pois está inscrita na linguagem, (...), é o

traço distintivo da humanidade, o que lhe dá sua característica essencial, e na própria

linguagem está inscrita a inclinação para a 'comunicabilidade', para alcançar um

entendimento, então pode-se dizer que a comunicabilidade é também um traço

distintivo do ser humano.(p.13)

Todo otimismo teórico de Habermas está calcado nesta premissa, no sentido de uma

melhoria e transparência das formas de relações humanas e sociais. É por isso que ele além

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