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Resumo Do Livro: Vidas Secas - Graciliano Ramos

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Por:   •  26/8/2014  •  3.007 Palavras (13 Páginas)  •  1.356 Visualizações

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Resumo do livro: Vidas secas – Graciliano Ramos

Capítulo 1 – Mudança

Fabiano, Sinhá Vitória, o filho mais novo, o filho mais velho e a cachorra Baleia, cinco figuras secas, se arrastam pela seca caatinga.

Um dia antes a família era maior, pois havia um papagaio. Não havia mais alimento para mantê-lo e resolveram usá-lo de alimento. À Baleia restaram os ossos e a cabeça de seu antigo amigo.

Juazeiros, juntos a uma cerca, apareceram pelo caminho e o grupo repousou em suas sombras. Fabiano explorou a propriedade que estava abandonada, provavelmente seus moradores fugiram devido à seca.

A cachorra Baleia sentiu cheiro de preás e saiu à caça. Trouxe o animal nos dentes, para a alegria da família, que assou o roedor. À Baleia sobrariam novamente os ossos, talvez o couro.

Ao anoitecer Fabiano percebe as estrelas sumirem em meio às nuvens. A chuva viria, a vida brotaria do chão e Fabiano seria dono daquele lugar.

Capítulo 2 – Fabiano

A chuva veio, e junto dela o dono da fazenda, que expulsou Fabiano. Mas o homem ofereceu seu trabalho e ficou por lá como vaqueiro.

Estavam à procura de uma novilha perdida, Fabiano e Baleia, quando um dos filhos se aproximou e perguntou algo. Fabiano se incomodava com perguntas, não tinha o direito de saber nem o dever de responder. Falaria com Sinhá Vitória para tratar da educação das crianças, ela não tinha tempo para isso, cuidando da casa, mas os garotos atormentavam demais Fabiano.

Ele lembrou-se do Seu Tomás da bolandeira*, um homem que lia muito, falava difícil, e não resistiu à seca, morreu. De que adiantava o conhecimento? Seu Tomás era educado, não mandava, pedia. Diferente dos homens normais e de seu patrão atual, que berrava por tudo, só para mostrar autoridade.

Sinhá Vitória queria uma cama como a de Seu Tomás, Fabiano achava doidice. (Será que ele pensava como a Sinhá Vitória conheceu a cama do Seu Tomás?)

Fabiano olhava a caatinga e previa que a seca voltaria, o verde sumiria, ele precisaria apertar o cinto, encolhendo o estômago. Isso sempre acontecia com ele, e com o pai dele, e com o avô dele. Ele precisava resistir ser duro. Ser homem. E quando morresse seus filhos deviam seguir o mesmo caminho. Era bom que aprendessem a ser duros como ele, para não morrerem fracos como Seu Tomás da bolandeira.

*Bolandeira: 1. Máquina para descaroçar algodão. 2. Roda que aciona dispositivo de ralar mandioca.

Capítulo 3 – Cadeia

Fabiano foi à feira da cidade comprar mantimentos. Ele era muito desconfiado de que todos lhe passavam a perna, mas não tinha vocabulário suficiente para questionar nada. Assim, rodou a feira procurando pechinchar no preço do querosene e da chita que Sinhá Vitória lhe pediu.

Parou para beber uma pinga e foi chamado por um soldado amarelo para jogar cartas. Sabia que colocar o dinheiro do querosene e da chita em jogo deixaria Sinhá Vitória furiosa, mas não sabia esquivar-se do chamado de um soldado. Perdeu tudo.

Fabiano saiu exaltado do bar, pensando no que dizer em casa, mas mal tinha capacidade de pensar em mentiras. Já era tarde. Tomou a rua até ser empurrado pelo soldado amarelo, que questionava porque ele saíra do bar sem se despedir. Fabiano alegava que estava quieto apenas e não devia ser provocado. O soldado continuou a atacá-lo até que Fabiano o falou mal, dando motivo para chamar outros guardas que o prenderam.

Na prisão Fabiano estava moído. Sentou-se, conferiu os mantimentos que comprara. Seus pensamentos variavam entre tentar entender o que se passou, por que ele estava ali, e lembrar-se de sua casa, de Sinhá Vitória, que deveria estar ansiosa aguardando por ele e pelo querosene. Fabiano ouvia os demais presos, uns em torno de uma fogueira, outros chorando numa outra sala. Estava tudo errado. Fabiano chegou à conclusão que lhe prenderam por ele não saber falar e isso lhe parecia injusto. Se soubesse falar, explicaria tudo e estaria livre. Mas só esse raciocínio já era demais para Fabiano, que se perdia em seus pensamentos.

No fim concluiu que estava lá por causa de sua família. Que se não fosse Sinhá Vitória, Baleia e os meninos, teria contra-atacado a soldado amarelo, poderia fazer uma asneira. E questionava se deveria continuar a carregar sua família, se aquilo tinha utilidade já que seus filhos, um dia, brutos como o pai, sofreriam os mesmos maus tratos que ele sofreu.

Capítulo 4 – Sinhá Vitória

Sinhá Vitória acendia uma fogueira para preparar comida. Vendo o fogo surgir, a cadela Baleia se exalta e pula ao lado de sua dona, que lhe dá um pontapé. “Arreda!”

Sinhá Vitória não estava bem. Incomodava-se com a cama de varas, queria uma cama de couro, como a de Seu Tomás da bolandeira. Fabiano até tentou calcular um jeito de comprar a tal cama, mas se perdeu nos números. Propôs que se economizasse nas roupas e no querosene. Sinhá Vitória achou um absurdo a proposta, pois eles já se vestiam mal e pouco usavam o querosene, se recolhiam cedo todas noites. Ela sugeriu que o problema do dinheiro eram os gastos com pinga e jogo. Ele retrucou que muito era gasto com sapatos caros que ela usava em festas, com os quais ela mal sabia andar, parecendo um papagaio. Sinhá Vitória entristeceu-se com a comparação.

Enquanto preparava a comida Sinhá Vitória pensava na seca, que poderia voltar. Rezou. Fabiano roncava, dormindo. Ela pensava no quanto era ruim seu marido: quando se arrastavam pela caatinga, deixava-a carregar sozinha o baú, o filho mais novo e o papagaio. Chamou seus filhos que brincavam no barro. Consertou uma cerca quebrada.

Voltou a pensar na cama. Venderia galinhas e a marrã*. Nem consultaria Fabiano, ele se entusiasmaria com a ideia e depois desistiria. Sinhá Vitória queria mesmo era a cama como a do Seu Tomás da bolandeira.

*Marrã: Porca nova desmamada.

Capítulo 5 – O menino mais novo

Vendo o pai amansar uma égua, o menino mais novo sentiu o desejo de realizar algo semelhante, que surpreendesse seu irmão e a cachorra Baleia. Fabiano dava-lhe admiração, o menino acompanhava seu trabalho torcendo pelo seu sucesso em meio à poeira levantada como um redemoinho pelo animal, sofrendo com suas quedas. Não entendia como sua mãe, seu irmão e Baleia não davam importância para seus feitos heroicos.

Entre sonhos e pensamentos, surgiu no menino mais novo a ideia

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