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Resumo Dom Casmurro

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Por:   •  25/10/2013  •  3.276 Palavras (14 Páginas)  •  972 Visualizações

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Resumo

Primeiramente, explica-se o nome do livro e o porquê da alcunha a Bento Santiago de “Dom Casmurro”:

a) “Casmurro” faz referência a seus reclusos e calados;

b) “Dom” é o termo irônico que lhe fornece ares de fidalgo.

O narrador-personagem, depois de tentar, sem sucesso, reconstituir a sua história através de uma cópia de sua casa na infância, decide atar duas pontas da sua vida, através de um livro autobiográfico que o ajudasse a restaurar o passado.

Dom Casmurro ou Bentinho, como era chamado o personagem na sua infância, morava em uma casa com sua mãe a viúva D. Glória, tio Cosme, prima Justina e, também, José Dias, agregado da família, que já era considerado como membro desta.

Era novembro de 1857, Bentinho escutou José Dias conversando com sua mãe, aconselhando D. Glória a colocar Bentinho no seminário o mais rápido possível, a fim de cumprir uma promessa feita no passado, pois já havia a desconfiança de que Bentinho estivesse apaixonando-se por uma vizinha, amiga de infância, Capitu.

Após escutar a conversa Bentinho, percebe que realmente gosta de Capitu. Ao declarar-se a vizinha, Bento percebe que seu sentimento é correspondido e passa a fazer planos para não precisar ir para o seminário. Mas Bentinho não tem êxito com seus planos e não consegue escapar do destino imposto pela religiosidade da mãe. Segue, então ao seminário, e lá conhece Escobar que veio a ser, mais tarde, o seu melhor amigo.

Bentinho se empenhou em convencer a mãe a custear os estudos de outra pessoa, fazendo dele padre em seu lugar. Dessa forma, o protagonista abandonou o seminário e foi para a faculdade de Direito. Formou-se advogado e retornou ao local da sua infância para casar com Capitu. O amigo Escobar também saiu do seminário e se casou com a melhor amiga de Capitu, Sancha.

Os dois casais vão fortalecendo as amizades. Sancha e Escobar têm uma filha que recebe o nome de Capitolina em homenagem a amiga Capitu. Depois de um longo tempo de espera, Bentinho e Capitu, também têm um filho, quem recebe o nome de Ezequiel, como também se chamava Escobar.

O tempo foi passando e a vida transcorrendo muito bem entre os casais. Mas, um dia, Escobar morre afogado. No enterro do amigo, Bentinho percebeu em Capitu, uma tristeza enorme que lhe pareceu indevida. A esposa não só lhe parecia triste demais, mais do que o normal, como também lhe aparentava, dissimular tal tristeza.

No dia seguinte ao da morte do amigo, Bentinho, ao olhar para uma fotografia do falecido, notou certa semelhança entre ele e seu filho. Desde então surgem fatos, situações e lembranças que o conduzem ao adultério da esposa. Teria, Capitu, enganado Dom Casmurro? Será que a esposa o havia traído com o seu melhor amigo?

O sentimento de traição passou a predominar e era horrível. Dom Casmurro chegou a procurar o suicídio, mas Ezequiel fez com que percebesse que, além do sentimento atormentador da traição e da condição de bastardo do filho, havia também o sentimento amoroso entre pai e filho.

“Quando nem mãe nem filho estavam comigo o meu desespero era grande, e eu jurava matá-los a ambos, ora de golpe, ora devagar, para dividir pelo tempo da morte todos os minutos da vida embaçada e agoniada. Quando, porém, tornava a casa e via no alto da escada a criaturinha que me queria e esperava, ficava desarmado e diferia o castigo de um dia para outro.” (Capítulo cxxxii)

Ezequiel foi colocado em um internato, mas à medida que o tempo foi passando sua semelhança com o falecido foi aumentando e nos finais de semana era impossível para Bentinho sentir-se em paz.

Bentinho não conseguiu expor claramente suas idéias para Capitu, não houve uma conversa muito clara entre o casal e Capitu por sua vez disse que a semelhança do menino com Escobar era casualidade do destino, mas mesmo assim decidiram partir para uma separação amigável, mantendo as aparências.

Bento resolveu então levar a família à Europa, e, de lá, voltou sozinho. Embora tenha viajado outras vezes para a Europa, nunca mais voltou a ver Capitu.

O tempo foi passando e morreram Tio Cosme, D. Glória e José Dias. Certo dia, Ezequiel voltou da Europa anunciando a morte também de Capitu. Dom Casmurro vê no filho a imagem perfeita de Escobar. Passados alguns meses Ezequiel viaja para o Oriente Médio e, depois de um tempo, morre de febre tifóide.

O narrador-personagem apresenta uma série de provas, e também contraprovas como o fato de Capitu ser tão parecida com a mãe de Sancha sem haver parentesco algum entre elas. Nenhuma das provas do adultério de Capitu encontradas por D. Casmurro foram comprovadas.

Mortos todos, familiares e velhos conhecidos, D. Casmurro, em sua vida fechada, ainda podia se consolar com algumas amigas, mas jamais se esqueceu do grande amor que o havia traído com seu maior amigo. Será que o havia traído?

A narrativa de seu livro se mostra eficaz ao tentar atar duas pontas de sua vida: a adolescência com a velhice e após o término, para esquecer o relembrado, o revivido, nada melhor que escrever outro livro: Uma História dos subúrbios do Rio de Janeiro.

Narrador e foco narrativo

A história é narrada na 1ª pessoa do singular, por um narrador-personagem, que se coloca como o escritor.

Para tentarmos nos aproximar de seu enigma, a história de Dom Casmurro apresenta como primeira chave, a própria figura deste que ao mesmo tempo a vive e a relata.

Trata-se de um velho solitário apelidado de Dom Casmurro. O autor da alcunha, foi um rapaz que, em uma viagem de trem, se aborreceu com a monotonia de Bento, cansado com o relato tão monótono da sua história de vida.

Outro ponto a se ressaltar no romance é o fato de seu narrador não ser confiável. Ele mente, distorce, confunde o leitor, com quem conversa ao longo da narração, anunciando a metalinguagem da literatura do século XX.

Machado de Assis adota um narrador unilateral, fazendo dele o eixo da forma literária. Inscrevia-se, então, entre os romancistas inovadores, além de convergir com os espíritos adiantados da Europa, que sabiam que toda representação comporta um elemento de vontade ou interesse, o dado oculto a examinar, o indício da crise da civilização burguesa.

Em Dom Casmurro, a dramatização do ato de narrar é um dos componentes essenciais do enredo e da vida do protagonista. Tal dramatização consiste no seguinte: em vez de simplesmente escrever uma história, Machado de Assis inventou uma personagem (um pseudo-autor) de quem nos é dado ver o ato de escrever o seu próprio romance.

Dom

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