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Robert Lucas

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Por:   •  3/8/2014  •  2.049 Palavras (9 Páginas)  •  272 Visualizações

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Universidade Federal de Sergipe

Aluno: Tayuan Marques Andrade Santana

Disciplina: Fundamentos da Economia

Professor:

Turma: 24m12

Tema:

Robert Lucas

e sua contribuição

para a economia.

Um Pouco sobre Robert Lucas

Robert Lucas Jr. nasceu em Yakima, Washington, no ano de 1937. Graduou-se em História em 1959 na Universidade de Chicago, obtendo seu PhD em Economia pela mesma universidade. Foi professor na Universidade Carnegie-Mellon de 1963 a 1974. Desde então leciona na Universidade de Chicago. Foi agraciado com o Prêmio Nobel de Economia em 1995. Robert Lucas Jr. é o filho mais velho de Robert Emerson Lucas e Jane Templeton Lucas. Seus pais se mudaram de Yakima para Seattle para abrir um pequeno restaurante. Foi no sistema público local, mais precisamente na Roosevelt High School, que Lucas concluiu o ensino médio.

Como era bom em matemática e ciências, Lucas poderia estudar engenharia na Universidade de Washington, em Seattle, o que seria a seqüência natural. Ou poderia sair de casa e tentar vôos maiores, para o que tinha o apoio dos pais, desde que recebesse uma bolsa de estudos. O MIT (Massachusetts Institute of Technology) não lhe concedeu a bolsa pretendida, mas a Universidade de Chicago, sim. Diante dessa oportunidade, ele não hesitou em fazer uma viagem de trem de 4 horas de duração para Chicago, onde, anos mais tarde, escreveria seu nome no panteão dos maiores economistas de todos os tempos.

Depois de concluir sua graduação em História na Universidade de Chicago, Lucas obteve outra bolsa de estudos, a Woodrow Wilson Doctoral Fellowship, com a qual iniciou o programa de pós-graduação em História na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Durante sua estada em Berkeley, Lucas assistiu algumas de História Econômica, encantando-se pelo assunto e se interessando em conseguir a transferência para o curso de Economia.

Como, porém, não havia esperança de conseguir suporte financeiro para fazer o curso no Departamento de Economia de Berkeley, Lucas decidiu voltar para Chicago, onde aproveitou o restante do semestre letivo para assistir algumas aulas do curso de graduação como preparação para o verdadeiro início no semestre seguinte. Foi então que recebeu duas fortes influências, como ele mesmo reconhece: de Milton Friedman, que foi seu professor de microeconomia (teoria dos preços), e de Paul Samuelson, através de seu famoso livro Foundations of economic analisys.

O que há de interessante em Lucas é que se graduou em história (1959) em Chicago e deslocou-se para Berkeley para doutorar-se. Descobriu no caminho que "as forças econômicas são as forças centrais da história" e decidiu conhecer um pouco de economia. Em lugar de perder-se como mais um historiador marxista ou institucionalista, como seria de esperar, transformou-se num autodidata em matemática, explorou a econometria do mercado de trabalho e produziu modelos de grande complexidade e extrema beleza, mas que sugeriam estranhas conclusões. Levou às últimas conseqüências, com lucidez e perseverança, uma certa "racionalidade".

Em 1963, Richard Cyert, então o novo diretor da Escola de Pós-Graduação em Administração de Empresas do Carnegie Institute of Technology (atual Carnegie-Mellon University) ofereceu a Lucas um cargo na instituição. Lá ele permaneceu por onze anos, fazendo parte de um memorável grupo de economistas (entre os quais John Muth) interessados na dinâmica e na formação das expectativas.

Lucas retornou, em 1974, à Universidade de Chicago, como professor titular do Departamento de Economia. Em 1980 assumiu a condição de John Dewey Distinguished Service Professor at Chicago, que mantém até os dias de hoje. Em Chicago, Lucas se beneficia do extraordinário clima intelectual da instituição que possui o maior número de laureados com o Nobel de Economia, entre os quais Gary Becker, Merton Miller e James Heckman. Como bem observa José Alexandre Scheinkman, o brasileiro que ocupou a chefia do Departamento de Economia da Universidade, "o almoço em Chicago é uma coisa muito importante porque conversamos muito sobre nosso trabalho com os colegas".

Em 1995, Lucas recebeu o Prêmio Nobel de Economia, segundo Carl-Olof Jacobsson, secretário-geral da Real Academia de Ciências da Suécia, porque "seu trabalho sobre as expectativas racionais revolucionou as análises macroeconômicas e influenciou governos de todo o mundo".

"Por ironia do destino", como salienta Stanley Brue, "sua ex-esposa recebeu metade de seu prêmio de aproximadamente US$ 1 milhão, porque sete anos antes ele havia inserido uma cláusula no contrato de divórcio que previa tal possibilidade. A cláusula deveria expirar em 1996".

Sua contribuição para a Macroeconomia (As expectativas racionais)

O primeiro artigo relevante sobre as expectativas racionais foi publicado em 1961, por John Muth. Porém, o mesmo não despertou muito interesse, permanecendo esquecido por quase 10 anos. O reconhecimento da importância do assunto veio com o papel de Robert Lucas e Leonard Rapping, intitulado Salário real, emprego e inflação, publicado em 1969 no Journal of Political Economy (JPE), uma das mais renomadas revistas de economia de todo o mundo. Esse trabalho, como salienta Ricardo Feijó, "projetou o nome de Lucas por ter proposto um modelo de mercado de trabalho que seria mais tarde a base dos modelos da nova escola conhecida como novo-clássica", cujas conclusões apóiam a tese de Friedman sobre a existência de uma taxa natural de desemprego.

A consolidação da teoria das expectativas racionais veio com a publicação de uma série de artigos publicados pelas mais renomadas revistas especializadas, não apenas de Lucas, mas também de Thomas Sargent, Neil Wallace, Robert Barro, Edward Prescott, Bennett McCallum e R. Townsend.

A idéia básica da teoria (ou hipótese) das expectativas racionais é bastante atrativa: os participantes do mercado não ignoram nem desprezam a informação e as previsões sobre o curso futuro da economia e sobre a atividade econômica. Eles antecipam racionalmente os efeitos das políticas governamentais e reagem no presente de acordo com as expectativas que se formaram. Os adeptos desta teoria crêem que os consumidores de bens, serviços e instrumentos financeiros, bem como os produtores destes itens reagirão

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