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SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E SUA REPRESENTAÇÃO NA SOCIEDADE

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Por:   •  3/3/2014  •  2.649 Palavras (11 Páginas)  •  408 Visualizações

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AS CONCEPÇÕES DA SOCILOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Através da pesquisa realizada podemos perceber que uma sociologia descomprometida é impossível buscar uma posição moralmente neutra entre as muitas marcas de sociologia hoje praticadas, marcas que vão dá declaração libertária à francamente comunitária, é um esforço vão. Assim percebe-se que os sociólogos só podem negar ou esquecer os efeitos de seu trabalho sobre a visão do mundo e o impacto dessa visão sobre as ações humanas singulares ou em conjunto, ao custo de fugir a responsabilidade de escolha que todo ser humano enfrenta diariamente. A tarefa da sociologia é assegurar que essas escolhas sejam verdadeiramente livres e que assim continuem, cada vez mais enquanto durar a humanidade. Quando nascemos, já encontramos prontos valores, normas, costumes e práticas sociais. Também encontramos uma forma de produção da vida material que seque determinados parâmetros. Muitas vezes, não temos como interferir nem como fugir das regras já estabelecidas. A vida em sociedade é possível, portanto, porque as pessoas falam a mesma língua, e são julgadas por determinadas leis comuns, usam a mesma moeda, além de ter uma história e alguns hábitos comuns, o que lhes dá um sentimento de pertencer a determinado grupo. O fundamental é entender que o individual não está separado; formam uma relação que se constitui conforme reagimos às situações que enfrentamos no dia a dia. Algumas pessoas podem ser mais passivas, outras mais ativas; algumas podem reagi e lutar, ao passo que outras se acomodam às circunstâncias. Pois, assim entendemos que uma sociedade é o conjunto de seus indivíduos com seus valores, suas atitudes, seus comportamentos e das diversas atividades por ele desenvolvidas. Como se pode observar, o sucesso e o fracasso da humanidade ou de uma sociedade têm origem no individuo e na família. A construção dos indivíduos e, por extensão, das famílias dá-se no interior das próprias famílias, na escola, na sociedade. A pessoa, sendo a mais importante na qualidade do assunto, é peça fundamental no todo, pois ela vai mal, tudo à sua volta tende a ir mal, porque as estruturas sociais se apoiam na pessoa. O individuo deve ajustar-se ao coletivo, não o contrario. As transformações coletivas, no geral, dependem de lideranças lúcidas para conduzir o projeto da maioria, contemplado os seus interesses ou, como seria de tudo desejável, que essas transformações partissem de cada individuo, de baixo para cima. Podemos dizer que sociedade, então, é um corpo organizado por indivíduos que seguem leis, moral e cultura em todos os níveis de vida social comum; um sistema econômico de produção, distribuição e consumo, sob um dado regime políticos e jurídicos válidos para todos, independentemente de suas diferenças biológicas (cor, tamanho, etc.) emocionais (carência, afetividade), psíquicas comportamentos, reações), intelectuais (sabedoria, conhecimento, criatividade) e espirituais (crenças, fé, sentido, de vida). Portanto podemos concluir que, como ciência, a sociologia tem duplo valor: pode aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si mesmo e da sua sociedade e pode contribuir para a solução de problemas que ela enfrenta. Foi por meio desta pesquisa que podemos descobrir que os movimentos sociais, classes, estratos, camadas, conflito social são usadas no dia-a-dia das pessoas e profusamente veiculadas pelos meios de comunicação.

ASPECTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, HISTÓRICOS E CULTURAIS DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

O filme Entre os Muros da Escola (2008) foi dirigido pelo diretor francês Laurent Cantet. O longa é fruto de uma adaptação do livro autobiográfico do professor François Bégaudeau; o escritor, apesar de não ser ator por formação, interpreta a si mesmo na película. A adaptação do roteiro foi realizada por Robin Campillo em parceria com o diretor da obra, que optou por utilizar atores amadores. O filme, basicamente, se passa em uma escola localizada nos arredores de Paris, onde é possível ter um panorama da sociedade parisiense: ou a que está por vir. A sala de aula é constituída por imigrantes das mais diversas partes do globo; a grande maioria deles vindos de países tidos como subdesenvolvidos ou do terceiro mundo. São garotos que residem na França e lá nasceram ou vieram com suas famílias de países colonizados, estando eles em constante atrito não só com a cultura vigente do local, mas, também com as diversas características próprias dos lugares de onde cada um provém. François, professor de francês, vive em meio a uma espécie de fogo cruzado: com a marca colonial impressas nos seus corpos – a pele negra, o sotaque, as vestimentas etc. – as crianças desenvolvem uma guerra constante onde pouco importa o inimigo: como resultante tem ao final do filme um forte atrito envolvendo professor e alunos culminando na expulsão de um dos estudantes.

François é empregado de uma escola pública francesa, e o lugar da instituição a todo o momento perpassa suas ações, que antes de qualquer interesse está ali para imputar a disciplina e a ordem às crianças. A escola no filme está para justamente exercer este papel de institucionalizar a pluralidade. As tentativas de diálogo do professor estão sempre perambulando entre dois extremos que hora nenhuma pode ser resolvida: não é à toa que o filme termina com uma briga entre os alunos e a expulsão de Solemeye. Mas, quais são exatamente estes extremos provocadores dos atritos que teríamos na escola, tão enfrentado pelo professor François? Ora, uma cultura ocidental vinda de uma instituição tão enraizada na sociedade quanto à escola deve ser passada a todos aqueles que estão sob uma mesma condição: são exilados. O exílio segue como marca de todos ali que não estão mais em suas casas, vestindo e falando como fariam em seus países de origem. François se encontra justamente neste fogo cruzado entre a imposição de uma cultura realizada por uma instituição com todo seu conservadorismo característico e crianças exiladas.

No filme francês “Entre os Muros da Escola” podemos ver de maneira clara a ideologia tradicional. No tocante a função da instituição escolar, esta é tão somente uma reprodutora do conhecimento adquirido, onde estes são transmitidos descontextualizados da realidade e cultura dos educandos, não há uma reflexão a respeito deste conhecimento; isto fica explicito no momento em que o professor Marin esta ensinando o “imperfeito do subjuntivo”,

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