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SULFATO DE BÁRIO

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Por:   •  31/5/2014  •  1.583 Palavras (7 Páginas)  •  2.714 Visualizações

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SULFATO DE BÁRIO

(BASO4).

Substância densa, é um agente radiopaco,ou seja, é capaz de barrar os raios X. Apesar da grande toxicidade do íon bário (Ba2+), aquele composto - por ser muito insolúvel - pode ser ingerido sem risco de ser absorvido pelo tubo digestivo. Devido a essas propriedades, o sulfato de bário é usado como contraste em exames radiológicos do tubo digestivo. A sua produção pode ser feita a partir da reação de carbonato de bário com ácido sulfúrico. Entretanto, o produto obtido pode conter carbonato de bário que não reagiu, composto este solúvel em pH ácido, como o do tubo digestivo e pode causar a morte de pacientes submetidos a exames radiológicos, logo deve passar por um processo posterior de purificação.

O sulfato de bário é um composto inorgânico de formula química BaSO4. É um sólido cristalino que é conhecido por sua insolubilidade em água.

Praticamente todo o consumo comercial de bário é obtido do mineral barita que é, às vezes, muito impuro. A barita é processada por redução carbotérmica (aquecida com coque) para dar o sulfito de bário

BaSO4 + 4 C → BaS + 4 CO

No contrário do sulfato de bário, o sulfeto é solúvel na água e facilmente transformado em óxido, carbonato e haleto. Para produzir um sulfate de bário de alta pureza, o sulfeto ou o cloreto são tratados com ácido sulfúrico ou com um sulfato.

BaS + H2SO4 → BaSO4 + H2S

O sulfato de bário produzido desta maneira é muitas vezes chamado “blanc fixe” o que quer dizer em francês “branco permanente”. Blanc fixe é a forme do bário encontrada nos produtos de consume como nas tintas. No laboratório o sulfato de bário é produzido combinando uma solução de sais de bário com sais de sulfato. O que é um teste qualitativo da presencia de bário numa solução.

-Aproximadamente 80% da produção mundial de sulfate de bário purificado são utilizadas como componente de fluido de perfuração de poços de petróleo.

-Uma parte do sulfato de bário sintético é utilizada como componente de pigmento para pintura. Na tinta a óleo, o sulfato de bário é sempre transparente e é utilizado como aditivo para modificar a consistência.

-Uma das maiores fornecedores de tinta a óleo para artista vende como “um branco permanente” uma mistura de oxide de titânio (TiO2) e de sulfato de bário.

- A combinação de sulfato de bário com sulfeto de zinco forma o pigmento chamado litopone.

- O sulfato de bário é utilizado como agente de contrasto para imagem medica de RX e para outros procedimentos de diagnostico. É administrado oralmente ou por clister como partícula fina em suspensão aquosa. Apesar de o bário ser um metal pesado, sua baixa solubilidade protege o paciente de seus efeitos nocivos.

Em fundição, os moldes são às vezes revestidos de sulfato de bário para permitir uma retirada das peças mais fácil dos moldes.

-Em pirotécnica, os compostos de bário emitem uma luz verde quando queimados. As vezes é usado o sulfate mais é mais freqüente o uso de nitrato ou de clorato

Convém lembrar o acidente do Celobar no Brasil em 2003. Um pequeno laboratório, no lugar de comprar o sulfato de bário, sintetizou o próprio a partir de carbonato de bário e de acido sulfúrico. Um lote de agente de contaste foi comercializado contendo 14% de carbonato de bário provocando 20 mortos. O proprietário do laboratório e seu químico foram condenados a 20 anos de prisão.

Investigação de surto de reações adversas ao Sulfato de Bário

Até o dia 13 de junho de 2003 foram notificadas ao Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do estado de Goiás um total de 86 casos suspeitos de reações adversas (RAs) após exposição a Sulfato de Bário, das quais 16 (18,6%) foram a óbito. O Sulfato de Bário (BaSO4) é um sal insolúvel em água e em gordura. É utilizado mundialmente como contraste em exames radiológicos, administrado por via oral ou retal. Os principais exames realizados com este contraste são o enema opaco, a radiografia de esôfago, estômago, intestinos e dos vasos da base do coração. A absorção desta substância, tanto por via oral quanto por via retal, pode levar a reações tóxicas, que surgem nas primeiras horas após o uso. Os sinais e sintomas de intoxicação por bário são:

- náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal;

- agitação, ansiedade;

- astenia, lipotimia, sudorese;

- tremores, fibrilação muscular, hipertonia dos músculos da face e pescoço;

- dispnéia, arritmia cardíaca;

- parestesias de membros superiores e inferiores;

- crises convulsivas e coma.

No dia 2/6/2003, quando a Anvisa e a SES/GO notificaram o problema ao Cenepi, foi formada uma equipe para realizar a investigação epidemiológica, composta por técnicos dessas três instituições e pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. Dentre as atividades desta investigação destaca-se:

- a consolidação das informações disponíveis na CIT-GO e a visita a 11 clínicas ehospitais de Goiânia onde ocorreram óbitos suspeitos de reações adversas ao BaSO4 além de contato telefônico com quatro clínicas e hospitais de outras cidades, com o intuito de obter informações mais detalhadas sobre os pacientes (dados demográficos e clínicos) e sobre o contraste BaSO4 (marca, lote, via e volume administrado por tipo de exame);

- levantamento das pessoas que realizaram exame radiológico com contraste de BaSO4 do período de 29/4/2003 ao último dia em que a clínica ou hospital realizou exames com contraste;

- busca ativa de casos por meio de entrevistas telefônicas com pacientes dessas clínicas ou hospitais, que utilizaram três marcas distintas de BaSO4 (incluindo o Celobar). Nessa busca, utilizou-se a seguinte definição de caso: indivíduo que realizou exame radiológico com uso de contraste de BaSO4 a partir de 29/4/2003 e que apresentou, 24 horas após a exposição, pelo menos dois dos sintomas: náusea, vômito, diarréia e dor abdominal. Os critérios de seleção das clínicas

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