Saude Coletiva

uma alternativa a improvisação, um compromisso

com a ação, pois planejar é pensar antecipadamente,

identificando problemas e oportunidades para

orientar a ação; é uma “prática social que, ao tempo

que é técnica, é política, econômica e ideológica”

(PAIM, 2006, p. 770). Existem formas diferentes

de se planejar, destacando-se o planejamento normativo,

o estratégico e o político (LANZONI et al.,

2009) e o situacional (ARTMANN E RIVERA,

2003).Considera-se importante, para uma melhor

compreensão, diferenciá-los brevemente.

De acordo com Lanzoni et al.( 2003) o planejamento

normativo, também conhecido como tradicional,

atua na lógica da razão, objetiva manter o funcionamento

dos serviços por intermédio de ações

rápidas e imediatas além de responder à idéia de

fragmentação do serviço.

Lanzoni et al. (2003) apresentam o planejamento

participativo como sendo adotado, normalmente,

junto do planejamento estratégico. De acordo com

essas autoras o PEP prevê a participação de vários

atores sociais, sendo este um modelo de planejamento

histórico, pois é conseqüência de conquistas

de lutas político-democráticas provenientes de regimes

históricos.

Rivera e Artmann (2203) afirmam que o planejamento

estratégico, que surgiu na década de 70, trouxe

consigo à necessidade do diálogo. Para Lanzoni et

al. (2003) é um planejamento de médio a longo prazo,

pois considera ações imediatas, mas também agrega

o pensamento a reflexão mais abrangente.

“..., o planejamento estratégico identifica os fatos

atuais e projeta os passos a serem dados por

uma organização, em acordo a esse diagnóstico,

buscando antecipar-se aos possíveis problemas

que possam surgir, otimizar seus aspectos positivos

e adaptar-se às mudanças necessárias” (LANZONI

et al., 2003, p. 431).

Assim, ao admitir o planejamento estratégico

como um processo, destacam-se os quatro momentos

fundamentais deste, conforme Matus (1996)

apud