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Serviço social no campo da educação

Seminário: Serviço social no campo da educação. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/11/2014  •  Seminário  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  284 Visualizações

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Este trabalho tem como objetivo geral refletir sobre a contribuição do Serviço Social na área da Educação, principalmente, através de projetos que potencializem o aprendizado político da comunidade e a iniciativa da participação popular na gestão da política pública. Trabalha-se com a hipótese que a mediação do Assistente Social nesse processo é uma instância que torna possível a concretização da relação contraditória entre um processo de afloração de consciências ou a manutenção da alienação. A atuação profissional, baseada na educação comunitária, cria estratégias que permitem desencadear novas formas de práticas de resistência, ensejando uma mudança no plano da correlação de forças e fortalecendo a participação destes sujeitos sociais na educação pública.

CONCLUSÕES: analisar os resultados e criar possibilidades

O presente trabalho procurou refletir sobre a contribuição do Serviço Social na área da Educação, principalmente, através de projetos que potencializem o aprendizado político da comunidade e a iniciativa da participação através de instrumentos democráticos como os órgãos colegiados. Para a comunidade, participar da gestão da escola pública significa o integrar-se e opinar a respeito dos problemas e soluções do ensino; pode significar, potencialmente, toda uma apreensão política e organizacional; representa a possibilidade de uma mudança na visão de gerir a escola, não esperando respostas prontas para serem acatadas, mas participando da construção de um futuro para a instituição; significa, enfim, passar a pensar a escola como um órgão público de fato, que deve ser dirigido pelo coletivo, envolvido com seus princípios e serviços, e não somente controlado e fiscalizado. É nessa diversidade que os indivíduos vão dominando o significado social de suas especificidades, numa perspectiva de totalidade, o que, conseqüentemente, estabelece uma prática coletiva capaz de desenvolver a autonomia e a criatividade na organização da escola para alcançar uma democratização da sociedade através da prática da socialização do poder. Isso quer dizer: iniciar um exercício político em nível micro para que este possa se expandir para os diversos setores sociais e políticos, até alcançar um nível macro de poder. Foi possível constatar que esse aprendizado se dá através de um caminho que se faz ao caminhar e não algo que surge espontaneamente ou que seja estruturado por indivíduos bem- intencionados em promover a democratização na educação pública. Estamos compreendendo, aqui, que o espaço público é uma instância que pode ser fundado e pode depender de um elemento que estimule esse processo. A mobilização pode ser estruturada e um movimento externo pode facilitar as ações participativas. Mas, garantir a estrutura não quer dizer que o processo político se consolide.

Nesta experiência já descrita, o crescimento pessoal e político dos indivíduos integrados nessas ações, estão intimamente ligados à vivência de cada um nessa experiência de participação. A construção do sujeito coletivo e político, mesmo recebendo um estímulo ou contando com uma estrutura favorável, fica dependente de um desenvolvimento subjetivo anterior, onde primeiro o indivíduo se reconhece no todo e percebe que faz parte dele. O segundo momento é o discernir sobre como as ações individuais refletem no âmbito comum, até a compreensão de que as ações conjuntas voltadas para os assuntos públicos podem resultar no bem estar coletivo. Nesse sentido, o desenvolvimento de um processo de aprendizado político para a comunidade concretiza-se através da reflexão permanente a respeito dos obstáculos e das potencialidades que a realidade da gestão participativa apresenta. Ficou claro que o Serviço Social tem um papel fundamental nesse processo de mobilização e implementação de estruturas participativas na educação. Não se trata de um agente externo ao grupo, que, esclarecido, pode levar a verdade à comunidade, mas de um ator que se identifica com os interesses populares e faz a mediação povo-governo (GOHN, 1988). A mediação é uma instância que torna possível a concretização da relação contraditória entre um processo de afloração de consciências ou a manutenção da alienação. A atuação profissional dentro das contradições entre diferentes interesses e, principalmente, entre os representantes do poder público e as classes populares, pode criar estratégias que permitam desencadear novas formas de práticas de resistência, ensejando uma mudança no plano da correlação de forças. Esse tipo de trabalho deve, então, ser levado a efeito pelos profissionais do Serviço Social como uma ordem facilitadora de passagem, onde há a possibilidade de trabalhar pela concretização da socialização do poder, com conhecimento que deve ser democratizado e com a informação, afim de que esta seja consolidada. Os indivíduos devem estabelecer uma visão crítica da realidade

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