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Setor Calçadista

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Por:   •  15/10/2014  •  2.697 Palavras (11 Páginas)  •  244 Visualizações

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Setor calçadista: uma logística com itens fracionados e regida pela moda

Notícia | 18 de Março de 2012

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O setor calçadista atua com o que se chama de grade. Além disso, o ciclo de vida do produto é cada vez menor, tornando-o obsoleto rapidamente. Isso significa que, além da necessidade de giro rápido do estoque, há uma quantidade ainda maior de SKU´s devido aos modelos lançados regularmente.

Desta vez, o nosso foco é o segmento de calçados. Como é a logística nesta área, no que ela se diferencia da dos demais setores?

“Em operações de transportes, as diferenças no setor de calçados estão relacionadas à baixa densidade da carga (grande volume e pouco peso) e ao alto nível de fracionamento. Este tipo de operação sugere um compartilhamento com cargas densas e exige um maior cuidado em toda a cadeia para evitar avarias e trocas.”

Em operações de armazenagem – continua André Almeida Prado, diretor geral de logística da Atlas Transporte & Logística (Fone: 11 279.53148) –, a grande variedade de cores e tamanhos dos calçados acaba gerando um grande número de SKU’s. “As coleções também aumentam o número de produtos a serem gerenciados a cada novo lançamento. O maior número de linhas a serem administradas dificulta as operações de separação e expedição de mercadorias, exigindo pessoas, processos e sistemas que sejam capazes de gerenciar operações mais complexas e, desta forma, prover o nível de serviço esperado”, completa Prado.

Daniel Mayo, diretor geral da Linx Logística (Fone: 11 2103.2455), também faz sua análise por este caminho. Segundo ele, o setor calçadista lida com o que se chama de grade, ou seja, além do modelo, há cor e tamanho. Isso faz com que o número de unidades de manutenção de estoque (SKU) ativas seja muito maior do que em qualquer outra área. Além disso, o ciclo de vida do produto é cada vez menor, tornando-o obsoleto rapidamente. Isso significa que, além da necessidade de girar rapidamente no estoque, há uma quantidade ainda maior de SKU´s devido aos novos modelos constantemente lançados.

“As diferenças no setor calçadistas estão na diversidade de SKU´s, nos pontos de distribuição concentrados em áreas de restrição, como shoppings centers e lojas de rua, no alto valor agregado, na necessidade de entrega aos sábados e na baixa densidade volumétrica”, comenta, por sua vez, Odair Bernardi, gerente nacional de vendas da MTR Transportes (Fone: 47 3321.2100).

A lista de diferenças elaborada por Raul R. Maudonnet, diretor de vendas da Transportadora Americana (Fone: 19 2108.9000), também inclui vários tópicos, como o fato de o setor possuir baixa sazonalidade, apresentar um volume de carga crescente com uma ampla diversificação de produtos e ter uma distribuição através de três canais básicos: distribuição tradicional, incluindo o atacado e as lojas de varejo; venda direta, uma evolução do conceito de vendas domiciliares; e franquia, com lojas especializadas e personalizadas. “Existem poucas empresas de logística especializadas nesse segmento, capazes de desenvolver, implantar e operar soluções de maior alcance e complexidade. Além disto, há diferenciais como o gerenciamento de processos de liquidação de ponta de estoque, projetos logísticos (desenvolvimento de embalagens, por exemplo), montagem de kits e embalagens promocionais e logística reversa”, completa Maudonnet.

Giuseppe Lumare Júnior, diretor comercial da Braspress Transportes Urgentes (Fone: 11 2188.9000), também lembra que a diferença da logística no setor calçadista é que ela envolve mais o setor de varejo.

Omar Passos, diretor de negócios da Elog Sudeste (Fone: 11 3305.9999), também salienta que o atendimento logístico ao mercado calçadista é peculiar, pois demanda pedidos fracionados e diversificados. “Em função desta peculiaridade, o desenvolvimento do layout e do fluxo adequados da operação é fundamental para garantir o alto nível de serviço para o segmento”, completa o diretor de negócios, enquanto Carla Ajifu, subgerente comercial da Hipercon Terminais de Cargas (Fone: 13 3228.4100), acrescenta que a diferença está na tecnologia e no gerenciamento da cadeia de suprimentos, para ser competitivo e obter melhores resultados.

Felippi Perez, diretor comercial & projetos da Keepers Logística (Fone: 11 4151.9030), completa dizendo que o setor calçadista tem um imediatismo muito grande, gerado normalmente pelas demandas sazonais, sendo estas previstas e também não previstas. Assim também pensa Edward Montarroios, diretor de vendas da Rapidão Cometa Logística e Transporte (Fone: 11 4002.5050), para quem os Operadores Logísticos se adéquam ao mercado calçadista para atender às exigências de prazo bem curto, que vem junto com o lançamento das coleções.

“O setor calçadista adaptou-se à alta exigência do mercado e do consumidor final implantando uma elevada dinâmica, além do lançamento de coleções e/ou novos produtos a cada 60 dias em média. Neste caso, é necessária uma operação logística extremamente preparada e ágil para atender esta demanda”, completa Eduardo Paes, do Departamento de Vendas – filial em Novo Hamburgo, RS – da Kuehne + Nagel Serviços Logísticos (Fone: 11 3037.3300).

Para Luiz Fernando Simabukulo, gerente de marketing & customer service da diretoria de marketing & vendas da TNT Mercúrio e TNT Araçatuba (Fone: 11 3573.7700), a indústria de calçados busca cada vez mais a utilização de ferramentas e sistemas de gerenciamento de produção integrados à logística. O objetivo é monitorar o pedido desde a entrada na linha de produção até a entrega no cliente. A distribuição, bastante pulverizada, continua sendo um fator crítico, uma vez ser preciso levar o produto a todo o país. “A produção é por demanda, ou seja, não há estoques nas fábricas. Hoje toda a demanda é gerenciada pela indústria calçadista. Como a distribuição no país é continental, associada ao frequente número de lançamentos de novos modelos, ocorre um grande fracionamento da carga”, completa. Marcelo Flório, CEO da LOG Fashion Logística e Transportes (Fone: 11 360.84741), destaca que a chegada em massa de muitas grifes calçadistas internacionais tem gerado para o setor de logística uma necessidade imediata de automação dos processos logísticos, tanto internamente nos Centros de Distribuição, como no acompanhamento em tempo real (online) dos processos logísticos como um todo, até a entrega. “Estamos em

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