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Sindrome Do Panico Em Crianças

Exames: Sindrome Do Panico Em Crianças. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/5/2014  •  2.262 Palavras (10 Páginas)  •  345 Visualizações

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Síndrome do Pânico em

Crianças e Adolescentes

Síndrome do pânico infantil é um distúrbio

comum e tratável. Crianças e adolescentes com

transtorno de pânico tem inesperados e repetidos

períodos de medo intenso ou desconforto,

juntamente com outros sintomas como batimento

cardíaco acelerado ou falta de ar. Esses períodos

são chamados de “ataques de pânico” e pode durar

minutos ou horas. Ataques de pânico geralmente

aparecem sem aviso.

Os sintomas de um ataque de

pânico incluem:

Medo intenso (um sentimento de

que algo terrível está acontecendo)

batimento cardíaco acelerado

Tonturas

Falta de ar ou um sentimento de

sufocamento

Tremores ou agitação

Sensação de irrealidade Medo de

morrer, perder o controle ou

enlouquecerTranspiração

Palpitação e pulsação do coração

irregular

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Medo e temor Intensos

Vertigem que causam às vezes a

inconsciência

Tensão da caixa, dor no peito,

falta de ar, bloqueando.

Tiritar, tremendo ou agitação

Náusea, grampos abdominais,

agitação do estômago

. Pode haver uma passagem

involuntário da urina.

Mais de 3 milhões de brasileiros

experimentará transtorno do pânico

durante sua vida. A síndrome do pânico

geralmente começa na adolescência, embora

ele pode começar durante a infância.

Se não for reconhecida e tratada, a síndrome

do pânico e suas complicações podem ser

devastadoras. A síndrome do pânico pode

interferir nos relacionamentos, trabalhos

escolares e no desenvolvimento normal de uma

criança ou do adolescente. Crianças e

adolescentes com transtorno do pânico podem

começar a sentir-se ansiosas na maioria das

vezes, mesmo quando eles não estão tendo

ataques de pânico. Alguns começam a evitar

situações onde eles temem que um ataque de

pânico pode ocorrer, ou situações onde a ajuda

pode não estar disponível.

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Por exemplo, uma criança pode ser

relutante em ir à escola ou ficar separado

de seus pais. Em casos graves, a criança

ou adolescente pode ter medo de sair de

casa. Este padrão de evitar certas

situações ou lugares é chamado

“agorafobia”. Algumas crianças e

adolescentes com transtorno de pânico

podem desenvolver depressão grave e

podem estar em risco de comportamento

suicida. Como tentativa de diminuir a

ansiedade, alguns adolescentes com

transtorno do pânico vão usar álcool ou

drogas.

Transtorno do pânico em crianças pode ser

difícil de diagnosticar. Isso pode levar a muitas

visitas aos médicos e vários exames médicos

que são caros e potencialmente dolorosas.

Quando adequadamente avaliados e

diagnosticados, transtorno do pânico

geralmente responde bem ao tratamento.

Crianças e adolescentes com sintomas de

ataques de pânico, primeiro devem ser

avaliadas pelo seu médico de família ou

pediatra. Se nenhuma doença física ou

condição encontra-se como uma causa para os

sintomas, uma avaliação abrangente por uma

criança e o adolescente psiquiatra deve ser

obtida.

Vários tipos de tratamento são eficazes.

Medicamentos específicos podem parar os

ataques de pânico. Psicoterapia também pode

ajudar a criança e a família aprender maneiras

de reduzir o stress ou conflito que poderia

causar um ataque de pânico. Com as técnicas

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ensinadas em “terapia cognitivo-

comportamental”, a criança pode também

aprender novas maneiras de controlar a

ansiedade ou ataques de pânico quando eles

ocorrem.

Muitas crianças e adolescentes com transtorno

do pânico respondem bem à combinação de

medicação e psicoterapia. Com o tratamento,

os ataques de pânico geralmente podem ser

interrompidos. Tratamento precoce pode

prevenir as complicações do transtorno do

pânico como agorafobia, depressão e abuso de

substâncias.

A frequência das crises varia de pessoa para pessoa e a

duração é variável, podendo ir de alguns minutos até

algumas horas. Neste estado a pessoa costuma apresentar

alguns pensamentos catastróficos como o de que está

perdendo o controle, que vai desmaiar, que está

enlouquecendo ou que vai morrer.

Geralmente as crises de pânico se iniciam a partir de um

susto em relação a alguma sensação do corpo. As

sensações disparadoras podem ser variadas, desde uma

alteração nos batimentos cardíacos, uma sensação de

perda de equilíbrio, tontura, falta de ar, alguma palpitação

diferente ou um tremor, por exemplo.

A partir deste susto inicial, surge na mente da pessoa uma

série de "pensamentos ruins", com interpretações

catastróficas sobre o que está ocorrendo, produzindo um

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movimento crescente de ansiedade que leva a pessoa a

um estado de desespero e pânico.

No período entre as crises a pessoa costuma apresentar

sintomas de ansiedade antecipatória.

Ansiedade Antecipatória

Uma das características da Síndrome do Pânico é a

pessoa viver com muita ansiedade, na expectativa

constante de ter uma nova crise. Este processo,

denominado ansiedade antecipatória, leva muitas pessoas

a evitarem certas situações e a restringirem suas vidas a

um mínimo de actividades.

Podem ocorrer reacções fóbicas secundárias, geralmente

relacionadas às situações nas quais a pessoa teve as

primeiras crises (no elevador, dirigindo, passando por um

determinado lugar, etc). A partir daí, a pessoa passa a

associar essas situações às crises. Com o tempo, os

sintomas do Pânico tendem a ocorrer em outras situações

também, mas é muito comum a pessoa continuar a temer

situações específicas, que acentuariam o estado de

ansiedade, desencadeando novas crises.

Há uma classificação diagnostica de Síndrome do Pânico

com e sem agorafobia. A agorafobia é um estado de

ansiedade relacionado a estar em locais ou situações onde

escapar ou obter ajuda poderia ser difícil, caso a pessoa

tivesse um ataque de pânico. Pode incluir várias situações

como estar sozinho, estar no meio de multidão, estar preso

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no trânsito, dentro do metro, estar parado sobre um

viaduto, etc.

Frequentemente a pessoa precisa de alguém para

acompanha-la e se sentir mais segura e acaba elegendo

alguém como companhia preferencial. Este factor é muito

importante para se compreender a dinâmica psicológica da

Síndrome do Pânico.

Há uma relação significativa entre o Pânico e as crises de

ansiedade disparadas pelas situações de separação na

infância. Uma boa parte das pessoas que desenvolvem

Síndrome do Pânico não conseguiu construir uma

referência interna do outro (inicialmente a mãe) que lhe

propiciasse segurança e estabilidade emocional. Esta falta

de confiança pode trazer, em momentos críticos, vivências

profundas de solidão, desespero, desconexão e

desamparo, disparando crises de pânico.

A experiência do Pânico é muito próxima do desespero

atávico de uma criança pequena que se sente sozinha,

uma experiência limite de sofrimento intenso, de sentir-se

exposta ao devir, frágil, desprotegida, sob o risco do

aniquilamento e da morte.

As pessoas com Síndrome do Pânico sofrem com uma falta

de conexão básica, falta de conexão e confiança nos

vínculos e falta de conexão e confiança no corpo, o que

leva a uma vivência insegura, com experiências de

vulnerabilidade e desamparo.

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No tratamento precisamos ajudar a pessoa a desenvolver a

capacidade de auto-regulação e fortalecer a sua

capacidade de regulação pelo vínculo para superar os

estados de desamparo.

Melhora: Um Horizonte Possível

Para uma pessoa ficar boa do Pânico não basta controlar

as crises, é necessário integrar as sensações e

sentimentos que estavam disparando as crises e assim

superar o estado interno de desamparo.

A melhora advém quando a pessoa torna-se capaz de

sentir-se identificada com seu corpo, capaz de influenciar

seus estados internos, sentindo-se conectada com os

outros à sua volta, podendo lidar com os sentimentos

internos, se reconectando com os fatores internos que a

precipitaram no Pânico e podendo lidar com eles de um

modo mais satisfatório.

Superar a experiência da Síndrome do Pânico pode ser

uma grande oportunidade de crescimento pessoal, de uma

retomada vital e contemporânea do processo psicológico

de vida de cada um.

O Pânico faz parte dos denominados transtornos de

ansiedadejuntamente com as fobias (fobia simples

e fobia social), o estresse pós-traumático, o

transtorno obsessivo-compulsivo e o transtorno de

ansiedade generalizada.

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Enquanto nas Fobias Simples a pessoa teme uma

situação ou um objeto específico fora dela, como

fobia de altura, por exemplo; no Pânico a pessoa

teme o que ocorre no seu próprio corpo; é para

essas reações que se volta a atenção, como se

estas fossem perigosas.

Há uma classificação da Síndrome do

Pânico com agorafobia e semagorafobia. A

agorafobia é um estado de ansiedade relacionado a

estar em locais ou situações onde escapar ou obter

ajuda poderia ser difícil, caso a pessoa tivesse um

ataque de pânico. Pode incluir situações como estar

sozinho, estar no meio de multidão, estar preso no

trânsito, dentro do metrô, num shopping, etc.

A ansiedade é uma reação emocional natural que

ocorre quando nos sentimos vulneráveis e na

expectativa de um perigo. Quando a resposta

emocional de ansiedade é muito intensa e repentina

temos uma crise de pânico, que na verdade é

um ataque agudo de ansiedade. Numa crise de

pânico sofremos muito, achando que algo

catastrófico pode nos acontecer a qualquer

momento.

Pesquisas mostram que eventos que ocorreram nos

últimos dois anos da vida da pessoa podem

contribuir para uma pessoa chegar ao estado de

vulnerabilidade que vai desencadear uma crise de

pânico. Os eventos podem ser de vários tipos como

separação, doença, morte de alguém próximo,

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vivências traumáticas, crises existenciais, crises

profissionais, mudanças importantes na vida etc.

Estes fatores aumentam significativamente o nível

de estresse e podem levar a pessoa a um grau de

vulnerabilidade que vai disparar uma crise de pânico

em algum momento.

O que caracteriza a Síndrome do Pânico é que estas

crises passam a se repetir. A partir de uma crise

inicial a pessoa começa a apresentarcrises

repetidas, sentindo-se insegura, esperando

ansiosamente por uma nova crise que pode ocorrer

a qualquer momento.

As crises de pânico se iniciam geralmente a partir

de um susto - consciente ou não - em relação a

algumas reações do corpo. As reações disparadoras

podem ser variadas, desde uma alteração nos

batimentos cardíacos, uma sensação de tontura,

falta de ar, enjôo, palpitação, tremor, etc.

Numa crise de pânico a pessoa reage frente aquilo

que seu cérebro interpreta como um perigo. Não há

um perigo real, apenas uma hiperativação do

circuito do medo que dispara um alarme na

presença de algumas reações corporais. A

presença destes gatilhos corporais pode disparar

ansiedade mesmo quando a pessoa não tem

consciência deles. Pesquisas apontam, por

exemplo, que numa crise de pânico

noturna, reações corporais que ficaram associadas a

perigo surgem com a pessoa ainda dormindo,

e disparam uma reação de ansiedade que acorda a

pessoa, muitas vezes já tendo uma

crise. Enfraquecer esta associação reações do

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corpo-perigo, que dispara uma crise de pânico é

um dos focos do tratamento.

Expectativa Constante de Perigo

O estado de ansiedade leva a automatismos no

processo de atenção e pensamento. A atenção

passa a se deslocar

descontroladamente,monitorando o corpo em

busca de algo que possa representar perigo. O

enfraquecimento da capacidade de controle

voluntário da atençãoestá relacionado à

dificuldade de concentração frequentemente

relatada pelas pessoas ansiosas.

Sob ansiedade a consciência é tomada por um fluxo

de preocupações, pensamentos e ruminações e a

pessoa sente que tem pouco domínio de sua mente.

Surgem interpretações equivocadas das reações

corporais, pensamentos automáticos catastróficos,

onde a pessoa passa a esperar sempre pelo pior.

A ansiedade é a emoção típica da expectativa de

perigo, ela ocorre quando a pessoa se projeta

numa situação futura sentida como ameaçadora: "e

se... eu vou... vai acontecer... vou passar mal...".

A pessoa vive a maior parte do tempo tomada por

graus variados de ansiedade e tem dificuldade de se

sentir presente e inteira no momento atual, vivendo

como "prisioneira do futuro". Criar presença e

fortalecer a atenção são focos importantes no

tratamento.

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O TRATAMENTO

Etapa Educativa: compreender o que é o

Pânico, assumindo a atitude

certa para lidar com a ansiedade e

as crises.

Os sintomas do pânico são intoleráveis

enquanto não compreendidos. A crise de

pânico é um estado de intensa ansiedade, na

qual o corpo da pessoa reage como se

estivesse sob uma forte ameaça.

Compreender este processo é fundamental

para a sua superação. Nesta etapa vamos

aprender o que é a ansiedade, o que ocorre

numa crise de pânico, o papel do curto-

circuito emoção-corpo-pensamento

na manutenção do pânico, os processos de

auto-regulação, de regulação pelo vínculo,

etc.

A compreensão do Transtorno Pânico e dos

Princípios do Tratamento favorece uma

atitude construtiva e participativa, assim

como o estabelecimento de uma aliança

terapêutica para se desenvolver um bom

trabalho.

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