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Sistema De Custeio

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Por:   •  16/12/2014  •  2.634 Palavras (11 Páginas)  •  318 Visualizações

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I - INTRODUÇÃO

O sistema de custeio é um tema que geralmente se encontra na literatura da especialidade, quando se pretende abordar a temática dos custos. Este tema insere-se, por isso, no campo de análise da Contabilidade de Gestão.

Nos dias de hoje, com a globalização dos mercados e a complexidade das organizações, a Contabilidade de Gestão tem um papel fundamental nas empresas, pois para além de ser um instrumento muito importante na tomada de decisões, é também responsável pela promoção do controlo das organizações.

É importante delimitar o âmbito da Contabilidade de Gestão face à Contabilidade de Custos e até mesmo à Contabilidade Geral

O responsável pelos custos deverá conhecer com rigor os objetivos do seu trabalho e ter consciência onde inicia e onde acaba as suas tarefas.

Segundo Kaplan (1998), umas das referências da literatura sobre este tema, os métodos de custeio têm de estar baseados no conhecimento de engenharia e a contabilidade de custos do futuro terá de ser cada vez mais da responsabilidade de engenheiros ou gestores de produção e operações.

Relativamente à Contabilidade de Custos, esta deve estar devidamente orientada para a prossecução dos objectivos da mesma, adequando-se às características e necessidades de quem trabalha nesta área. Geralmente, quem calcula custos nas empresas são, na maior parte dos casos, profissionais ao nível de engenharia e da produção, visto serem os que dominam melhor o processo produtivo, conhecendo assim as suas características e especificidades. Estes conceitos serão desenvolvidos no capítulo

Os Sistemas de Custeio e a Competitividade da Empresa Por essa razão, a contabilidade de custos assume um papel de engenharia de custos, sendo esta o core da contabilidade de custos, tendo crescido no seio das empresas, e conferindo maior importância ao papel dos engenheiros e dos responsáveis pelas operações de produção na tomada de decisão.

Estes temas serão abordados e desenvolvidos no presente trabalho que se divide em dois capítulos e vários subcapítulos. No primeiro capítulo, pretendeu-se fazer uma resenha histórica da contabilidade e as diferentes definições de contabilidade, e apresentações de alguns métodos de custeio.

REVISÃO DA LITERATURA

Capítulo II - Fundamentos da Contabilidade de Gestão

1.1. A História da Contabilidade e a Contabilidade de Custos

Ao longo dos séculos, a contabilidade2 tem procurado acompanhar a evolução das sociedades no que diz respeito à satisfação de informações de carácter financeiro, determinadas pela complexidade dos negócios empresariais.

Os registos mais antigos datam de 3500 a.c., na Babilónia, referentes ao pagamento de salários que eram registados em tábuas de barro. Também existem provas de registos e sistemas contabilísticos no Antigo Egipto e nas cidades estados gregas.

A evolução das actividades mercantis no século XV levou a uma expansão comercial sem precedentes na civilização europeia. Em 1494, Frei Luca Paccioli, em Itália, deu a conhecer os fundamentos das partidas dobradas, através do seu livro “Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Proportionalita”, no capítulo “Tractatus XI particularis de computis et scripturis”3.

Ainda no século XV, os registos utilizados pela família Médicis4 estavam bastante à frente da teoria até então desenvolvida, pois esta não dava resposta aos problemas da fabricação de produtos. Pode-se dizer que o sistema utilizado estava muito próximo de um sistema de custeio. A informação disponível era suficiente para que Médicis tivesse um bom conhecimento do custo aproximado dos produtos fabricados. Nessa altura, a repartição dos gastos gerais de fabrico não era importante, uma vez que representava uma percentagem muito pequena no custo

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2 “Sistema de recolha, classificação, interpretação e exposição de dados económicos” F.V. Gonçalves da Silva, Contabilidade Geral, 1.º Vol., 5.ª ed., p.57.

3Unidade curricular “História do Pensamento Contabilístico”.

4 Lourenço de Médicis, Governador de Florença (1469-1492), Mecenas do Renascimento e grande protector das letras, das artes e das ciências. 5São métodos de apuramento de custos, tais como: sistema de custeio total, variável, racional, ABC, etc.

1.2 O aparecimento dos Sistemas de Custeio

No século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, surgem as primeiras indústrias, que substituem o método manual de produção pelo método fabril e com isso, as crescentes necessidades de informações deram origem à necessidade de determinar o custo de um grande número de produtos produzidos. A contabilidade de custos, nessa altura, era muito primitiva e a gestão dava prioridade aos registos e relatórios sobre operações passadas. A tomada de decisões era baseada em factos passados e na intuição do gestor.

Nessa altura, destacaram-se alguns escritores, nomeadamente Charles Babbage, Professor de Matemática na Universidade de Cambridge, autor do livro “On the Economy of Machinery and Manufacturers”, onde focou o problema de tempo de trabalho e de cálculo de custos e M. Godard, autor do livro “Traité Général et Sommaire de la Comptabilité Commerciale”, onde discutiu a depreciação e manutenção dos edifícios e instalações, reconheceu o problema da fixação de Preços, apadrinhou o preço médio e incluiu os juros do capital nas despesas.

Mais tarde, Louis Mézierès publicou o livro “Industrial and Manufacturing Accounts”, que teve um grande contributo para o moderno sistema de custeio baseado na tarefa, obra ou encomenda, continuando no entanto, sem considerar os gastos gerais de fabrico no cálculo dos custos.

Apesar da Revolução Industrial ter iniciado em Inglaterra, foi a França que rapidamente se revelou nos estudos da contabilidade de custos.

Nos finais do século XIX e durante o século XX, os Estados Unidos da América tomaram uma posição primordial quer na indústria quer na contabilidade. Foi com Alexander Hamilton Church, Presidente do “Institute of Cost and Works Accountants” que os sistemas de custeio ganharam os contornos como são conhecidos nos dias de hoje. Publicou seis artigos sobre a repartição dos gastos

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