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Sobre O Preconceito

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Por:   •  9/6/2014  •  380 Palavras (2 Páginas)  •  663 Visualizações

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Os preconceitos sempre desempenharam uma função importante também em esferas que, por sua universalidade, encontram-se acima da cotidianidade; mas não procedem essencialmente dessas esferas, nem aumentam sua eficácia; ao contrário, não só a diminuem como obstaculizam o aproveitamento das possibilidades que elas comportam.

A categoria do pensamento e do comportamento cotidianos é o preconceito. A possibilidade, ou mesmo probabilidade, de comporta¬mento conformístíco emprestam à unidade do verdadeiro e do correto nas relações sociais um conteúdo bastante diverso daquele que apresenta na atividade do trabalho.

Temos sempre uma fixação afetiva no preconceito. Por isso, era ilusória a esperança dos luministas de que o pre¬conceito pudesse ser eliminado à luz da esfera da razão. Dois diferentes afetos podem nos ligar a uma opinião, visão ou con¬vicção: a fé e a confiança.

A fé nasce da particularidade individual, cujas necessidades satisfaz. Todo homem é, ao mesmo tempo, ente particular-individual e ente humano-¬genérico, ou seja, uma "singularidade" e, simultaneamente, uma parte orgânica da humanidade, da história humana.

A confiança enraíza-se no indivíduo. O indivíduo está numa relação menos consciente com sua essência humano-genérica e com sua particularidade indi¬vidual.

O modo de "provar" se um preconceito social tem função de preconceito também no indivíduo ou carece dela consiste sempre na confrontação com os fatos.

Partimos do fato de que a vida cotidiana produz, em sua dimensão social, os preconceitos, bem como de que a base antropológica dessa produção é a particularidade individual ao passo que o "tecido conjuntivo" emocional é a fé.

A maioria dos preconceitos, embora nem todos, são pro¬dutos das classes dominantes, mesmo quando essas pretendem, na esfera do para-si, contar com uma imagem do mundo re¬lativamente isenta de preconceitos e desenvolver as ações cor¬respondentes.

Não podemos, dizer que todo homem predis¬posto ao preconceito é "imoral". Mas podemos afirmar que, sob todos os aspectos nos quais tem preconceitos, ocorre uma diminuição para o homem de suas possibilidades de uma esco¬lha adequada e boa, historicamente positiva, e, com elas, a pos¬sibilidade de uma explicação da própria personalidade.

O preconceito reduz as alternativas do indiví¬duo. Mas o próprio preconceito é, em maior ou menor medida, objeto da alternativa. Por mais difundido e universal que seja, um preconceito, sempre depende de uma escolha relativamen¬te livre o fato de que alguém se aproprie ou não dele. Cada um é responsável pelos seus preconceitos.

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