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Sociologia Sua pergunta

Seminário: Sociologia Sua pergunta. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/3/2014  •  Seminário  •  1.676 Palavras (7 Páginas)  •  962 Visualizações

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul

Campus Virtual

Avaliação a Distância

Disciplina: Sociologia

Curso: Gestão Financeira

Professor:

Nome do aluno: Daniel de Medeiros Dantas Pires Ferreira

Data: 24/03/2014

Orientações:

 Procure o professor sempre que tiver dúvidas.

 Entregue a atividade no prazo estipulado.

 Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.

 Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).

Leia com atenção o enunciado e de acordo com os estudos realizados, responda as questões:

Questão 1

Observe a imagem

Um pôster da Industrial Workers of the World (1911), mostrando a Pirâmide do Sistema Capitalista

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo

Comentário: Com as mudanças ocorridas no final do século XVIII e no século XIX especialmente a Revolução Industrial e os progressos gerados no campo da produção e da acumulação de riquezas entra em ascenção uma nova classe social conhecida como burguesia. Para trabalhar nas novas fábricas em pleno vapor emerge uma massa de operários empobrecidos que vendiam sua força de trabalho para os donos do capital, denominados de proletariado. Em busca do trabalho eles se aglomeravam em locais insalúbres, com habitações precárias, sem infra-estrutura multiplicando doenças e miséria. Nas fábricas eles se sujeitavam a condições de trabalho subhumano, sem controle da carga horária, sem proteção e com muita exploração.

O autor Karl Marx buscou com sua teoria compreender a essência do modo de produção capitalista e as relações de trabalho e sociais decorrentes. Fundamentado nos conteúdos estudados na disciplina sobre a teoria marxista e na ilustração acima analise e construa conceitos sobre as seguintes questões: (6,0 pontos)

a) O que é classe social a partir de sua origem e contextualização histórica:

R: Segundo Demo (1989), as classes sociais são grupos sociais antagônicos, em que um se apropria do trabalho do outro, por causa do lugar diferente que ocupam na estrutura econômica de um modo de produção, lugar este determinado fundamentalmente pela forma específica com que se relaciona com os meios de produção. A distinção está entre os que possuem e os que não possuem os meios de produção. No capitalismo Marx reconhece apenas duas classes, a burguesia e proletariado.

b) O que é mais valia e como ela é gerada?

R: Chama-se mais-valia o valor que o trabalhador cria além do valor de sua força de trabalho. Ela é gerada através da força de trabalho, que é a única mercadoria que pode produzir valor. Para Marx (1982), uma parte deste valor, apropriada sob forma de trabalho excedente, é trabalho não pago e passa a integrar o capital, transformando-se em riqueza. No capitalismo, esse trabalho excedente assume a forma de mais-valia, expressão do grau de exploração da força de trabalho pelo capital.

c) O que significa o termo " classe para si" e de que maneira ela contribuiu para melhorar as condições de vida e trabalho no processo produtivo capitalista?

R: A “classe em si” era falado por Marx para indicar o seu potencial contestatório. A “classe para si”, quando levada pela consciência do conflito e da exploração, organiza-se politicamente para a defesa consciente de seus interesses, o que supõe uma identidade construída para a luta de classe.

d) Nós brasileiros vivemos norteados pelo modelo de produção capitalista com profundas mudanças na atualidade reflexo da revolução tecnológica, de comunicação e da informação.

Utilizando a referência marxista estudada destaque alguns aspectos que estão presentes na essência do capitalismo apesar de tantas transformações e que afetam as relações de trabalho e qualidade de vida das pessoas na atualidade?

R: Os aspectos fundamentais são: a propriedade privada sobre os meios de produção e a exploração da força de trabalho pela classe capitalista para a produção de mais-valia.

Para Fiorante (1978), ao capitalismo só serve o trabalhador competente, pois existem diversos mecanismos a favor do capitalismo que lhe assegura seu alto lucro e mais-valia. O capitalismo só vive do sobre-trabalho do operário, do excedente que acumula e concentra como riqueza.

O trabalhador pensa que o seu salário é um pagamento justo pela sua jornada de trabalho, mas não entende que ele representa apenas uma pequena parte. A maior parte é apropriada pelo dono do capital e o trabalhador não recebe.

Questão 2

Observe a imagem:

" No século XVIII e XIX o abandono do lar pelas mães que trabalhavam nas fábricas levou a sérias consequências para a vida das crianças. A desestruturação dos laços familiares das camadas trabalhadoras e os vícios decorrentes do ambiente de trabalho promíscuo fez crescer os conflitos sociais. A revolução industrial incorporou o trabalho da mulher no mundo da fábrica, separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado fora do lar. A mulher foi incorporada subalternamente ao trabalho fabril. Em fases de ampliação da produção se incorporava a mão de obra feminina junto à masculina, nas fases de crise substituía-se o trabalho masculino pelo trabalho da mulher, porque o trabalho da mulher era mais barato (...)".

Fonte: http://portugaloitocentisra.blogspot.com/2010/02/situacao-das-mulheres-no-seculo-xix.html.

Realize as atividades abaixo: (4,0 pontos)

a) Fundamentado na imagem e texto apresentado faça uma reflexão considerando o pensamento de Comte sobre a importância da educação especialmente através da família para manter a coesão e o consenso na sociedade.

R: Para Comte, a educação seria o meio para se alcançar a reforma intelectual e moral. De acordo com ele, a família ensinaria o dever da obediência e a educação escolar reforçaria esse preceito.

b) Segundo o pensamento de Emile Durkheim o modo de pensar, sentir e agir de uma sociedade tem existência própria, anterior aos indivíduos que nela vivem e posterior a eles. A socialização e os processos sociais reforçam uma determinada cultura e nos condicionam a ela. Podemos exemplificar esta reflexão com as questões de gênero que são construções históricas socioculturais que condicionam a mulher a uma posição e espaços restritos na sociedade. Neste sentido, reflita e analise a partir das referências teóricas do autor citado e da ilustração acima como se dá o controle social sobre a mulher, seu status e posição nos espaços de convivência e trabalho no contexto da época.

R: As diferenças de gêneros não são biologicamente determinadas, mas culturalmente produzidas. Desde de crianças induzimos meninos e meninas a fazerem coisas de “meninos” e “meninas”. Criamos neles uma concepção do que cada gênero deve fazer. No contexto da época, a civilização apresentava o sexo feminino como inferior. O homem era o “Chefe”, aquele que trabalhava e que conduzia a família, a mulher por sua vez, era apenas uma doméstica, que deveria levar sua vida em função do marido e dos filhos. Com isso ela não consegue um papel social, não ocupando empregos, nem tão pouco, cargos políticos.

c) A sociedade atual apresenta um avanço considerável de conquistas das mulheres respeitadas enquanto "sujeitos, pessoas de direito" com individualidade, autonomia e galgando igual condições nas relações de gênero (homem/mulher).

No entanto, ainda temos estatísticas que contradizem esta afirmação e agridem a dignidade da mulher enquanto um ser de direitos.

Fundamentado nos conteúdos estudados se posicione de maneira crítica sobre as questões abaixo que expressam questões de gênero e que reafirmam o desrespeito aos direitos e dignidade da mulher, podendo utilizar todos ou alguns dos exemplos abaixo como referência.

Elabore um texto dissertativo utilizando entre 10 a 15 linhas.

Textos

O Poder Judiciário brasileiro possui 150.532 processos tramitando nas varas especializadas em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Os dados referem-se a informações prestadas por 23 Tribunais de Justiça do país à Comissão de Acesso à Justiça e Juizados Especiais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com exceção dos tribunais de Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte e Paraíba, que não repassaram seus dados. http://www.jusbrasil.com.br/noticias/972834/brasil-tem-mais-de-150-mil-processos-referentes-a-violencia-contra-mulher.

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47% das famílias de mulheres sem cônjuge viviam com até ¾ de salário mínimo per capita

As estratégias de reprodução das famílias monoparentais, em especial, as femininas (que, em 2006, correspondiam a cerca de 10,7 milhões) são particularmente difíceis visto que 47% viviam com até ¾ de salário mínimo per capita . Esta situação econômica precária se agrava entre aquelas em que todos os filhos tinham idade inferior a 16 anos, das quais 60% viviam com até ¾ de salário mínimo per capita .

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1

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Longe de se alcançar o percentual mínimo estabelecido nas cotas para as candidaturas as mulheres representaram apenas 14% dos 19 mil candidatos a algum cargo eletivo nas eleições de 2006, segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral. Foram eleitas 45 mulheres para a Câmara Federal, número quase idêntico ao obtido em 2002 e o equivalente a pouco menos de 8,8% do total de parlamentares. (IPEA, 2007)

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Embora a mulher esteja a frente dos homens em tempo de escolaridade em todas as posições na ocupação, o rendimento médio dos homens é maior que das mulheres. A maior diferença de rendimento médio é na posição de empregador, onde os homens auferem, em média, R$ 3.161, enquanto as mulheres apenas R$ 2.497, ou seja, R$ 664 a mais para os homens, que corresponde a dizer que as mulheres empregadoras recebem 22% a menos que os homens. A menor diferença entre os rendimentos de homens e mulheres é na posição de empregado sem carteira assinada, resultado das condições precárias dos trabalhadores empregados sem carteira. No conjunto dos trabalhadores domésticos, os homens apresentam uma remuneração mais elevada. O rendimento médio das trabalhadoras domésticas sem carteira é de R$ 298, enquanto o dos homens atinge a média de R$ 404. Ainda sobre a categoria de trabalhador doméstico, destaca-se o grande contingente de meninas de 10 a 15 anos ocupadas nessa posição, que chega a 136 mil, conforme dados da PNAD de 2008. (IBGE - SIS, 2009)

R: Todas as citações refletem um carma do passado, em que a mulher era visto com inferioridade. Certamente os números não mentem, quando nos mostram que as mulheres recebem menos que os homens, muitas vezes, exercendo a mesma atividade. Ainda, a visão de pessoa frágil atribuída as deixa por vezes vulneráveis a agressões domésticas. Podemos citar muitos outros fatores que colocam a mulher em desvantagem perante os homens, não porque elas não são capazes e sim pelo vinculo que a sociedade ainda possui com o passado. Porém, devemos perceber e concordar que fatos vêm mudando a cada dia. Hoje as mulheres estão ocupando espaço cada vez mais relevante na sociedade, ocupando altos cargos políticos e administrativos, o que realça cada vez mais a ideologia tardia de igualdade.

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