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Tendinite De Ombro

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Por:   •  14/12/2014  •  2.755 Palavras (12 Páginas)  •  352 Visualizações

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TENDINITE DE OMBRO

RESUMO:

A incidência das LEAR/DORT’s vem aumentando gradativamente no decorrer dos anos. A partir da segunda metade do século XX, juntamente com a Revolução Industrial, ocorreu a explosão dos casos clínicos resultantes de um esforço exigido pelo Sistema Osteomuscular. Atualmente, sabemos que esta condição é resultado da exigência cada vez maior, por parte das indústrias, de uma alta produtividade e qualidade do produto. O que requer do trabalhador uma aceleração do seu ritmo de trabalho e que acaba acarretando um aumento de quantidade e velocidade de movimentos sem que haja um devido controle principalmente devido a falta de equipamentos adequados, postura inadequada e ausência de pausas durante a jornada de trabalho.

INTRODUÇÃO:

Por se tratarem de lesões em que os sintomas vão se instalando lentamente, dificilmente tem-se a percepção da doença nos estágios iniciais. Além disso, é difícil distinguir quando uma lesão deixa de ser considerada persistente e passa a ser crônica. Existem diferentes maneiras para a evolução e a instalação de uma mesma lesão, o que impede que um correto diagnóstico seja instalado precocemente.

DISCUSSÃO:

Os distúrbios osteomusculares representam as “síndromes clínicas” decorrentes da utilização excessiva do sistema músculo esquelético que estando associados a posturas forçadas durante o ritmo de trabalho provocam queixas de incapacidade . Os DORT’s tem por característica uma dor aguda que pode se tornar crônica e que se manifesta principalmente nos membros superiores (braços, ombros, antebraço, punhos, mãos e dedos), podendo também acometer a coluna e os membros inferiores (quadris, joelhos, tornozelos e pés). Na realidade, os DORT’s representam um conjunto heterogêneo de afecções dp sistema músculo esquelético que estão relacionadas ao ambiente de trabalho.

SINAIS E SINTOMAS:

Os DORT’s são constituídos por um conjunto de sinais e sintomas em que uma determinada região do corpo em consequência a vários fatores (trabalho excessivo, horas extra, ambiente mal planejado, fatores psicossociais) que somados provocam tensão e desconforto na região atingida. Geralmente iniciam-se com uma leve dor, evoluindo para dores localizadas, formigamento, fisgadas, choques, edemas, rubor, calor localizado, rangido, dormência e até perda muscular.

Essas lesões ocupacionais acometem pessoas jovens, no auge de sua produtividade e experiência profissional, com sua maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos, principalmente no sexo feminino, que executam tarefas que exigem movimentação contínua dos braços e das mãos, ou que estejam em posturas forçadas e inadequadas por um período de tempo prolongado.

No início, os sintomas são aliviados apenas com repouso. Caso a atividade ou a fonte causadora persista, os sintomas tornam-se mais intensos, perturbam o sono e chegam até a atrapalhar atividades simples como carregar objetos, pentear e arrumar os sapatos, dentre outras. Tais sintomas se instalam tão lentamente que dificilmente o indivíduo tem percepção nos seus estágios iniciais.

FATORES DE RISCO:

Por se tratar de uma doença multifatorial, o desenvolvimento das lesões está relacionado com a existência de certos fatores de risco no ambiente de trabalho que interagem entre si. Deve-se levar em consideração a região anatômica exposta aos fatores de risco, o tempo de exposição a estes fatores e a intensidade dos mesmos, além da organização temporal da atividade, ou seja, a duração do ciclo de trabalho, a distribuição das pausas ou a estrutura de horários.

Podemos considerar como fatores de risco a pessoa que tem por obrigação manter um ritmo de trabalho acelerado devido incentivos salariais por maiores produtividades, aquela que exerce um trabalho repetitivo sem períodos de pausas para descansos, trabalhos realizados com posturas inadequadas, a carga osteomuscular exigida pelo membro afetado, a carga estática mantida pelo mesmo, a monotonia fisiológica e/ou psicológica na realização da tarefa, o trabalho rigidamente hierarquizado exercido sob pressões explícita ou implícita das chefias, o número insuficiente de funcionários, jornadas prolongadas de trabalho com frequente realização de horas extras, e a realização de trabalho em ambientes frios, ruidosos e mal ventilados.

EXAME FÍSICO:

O exame físico deve ser minucioso, utilizando-se de pesquisas de sensibilidade, goniometria e pesquisa de força muscular, a fim de que se chegue a um diagnóstico preciso. Deve-se levar em consideração todos os sintomas relatados pelo paciente, assim como a própria postura e fisionomia do mesmo durante a consulta. Logo podemos afirmar que os quadros clínicos podem ser de etiologia compressiva, inflamatória ou desconhecida.

Diante do poliformismo nos DORT’s é válido ressaltar que durante a avaliação clínica pode-se encontrar um ou mais quadros clínicos relativos a síndrome, bem como quadros álgicos vagos e sem território definido. As vezes o paciente consegue relacionar seu início com algum tipo de movimento que exigiu bastante esforço ou a um fato.

Quando é bem definida, a dor pode ser reproduzida por certas manobras no exame físico, o que significa um comprometimento de um músculo, tendão ou nervo específico. Sendo as alterações de natureza diversa (inflamatória ou degenerativa), podendo atingir tecidos diferentes (tendões, músculos, ligamentos, nervos.) e sítios específicos dos membros superiores (dedos, punhos, cotovelos, ombros) e pescoço é de se esperar que o processo álgico tenha características distintas.

TENDINITE DO MANGUITO ROTADOR

A tendinite do Manguito Rotador é a causa mais comum de dor crônica no ombro em adultos.

A amplitude de um movimento depende da integridade das articulações envolvidas e estas são sustentadas internamente por ligamentos, sinoviais e cápsula articular e externamente por tendões, músculos, fáscias e nervos. Essas estruturas são responsáveis por grande parte das cargas oriundas da movimentação e atividade física diária.

Os movimentos articulares normais em ombro são descritos abaixo:

- Abdução - 180 º

- Adução - 45º

- Flexão – 90º

- extensão – 45º

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