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Teoria Quantitativa Da Moeda

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Por:   •  28/4/2014  •  5.013 Palavras (21 Páginas)  •  518 Visualizações

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ECONOMIA MONETÁRIA

Teoria Quantitativa da Moeda

1. Conceito

Na teoria clássica, a quantidade de moeda, determina o nível de demanda agregada, que por sua vez, determina o nível de preços

2. Desenvolvimento da teoria quantitativa

A teoria quantitativa da moeda publicada em versão muito sofisticada em 1750 pelo filósofo escocês David Hume recebeu novas apresentações em 1917 por A. C. Pigou em Cambrigde, Inglaterra e pelo economista americano Irving Fischer em 1911.

A teoria quantitativa caiu em descrédito durante a Grande depressão pois não parecia capaz de explicar a situação que se passava pois dependia de uma velocidade constante e a velocidade estava caindo rapidamente.

Conforme Mayer, Keynes em seu livro Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda, de 1936 ofereceu uma alternativa à teoria quantitativa.

2.1. As equações da teoria quantitativa

A abordagem monetarista é baseada na teoria quantitativa da moeda, teoria que afirma que a quantidade de moeda nominal determina o nível de renda nominal.

2.1.1. Equação de trocas

O ponto de partida da teoria quantitativa da moeda é a equação de trocas. Uma identidade que relaciona o volume de transações, avaliadas a preços correntes, com o estoque de moeda multiplicado pela taxa de circulação.

O número médio de vezes que cada unidade monetária, disponível na economia, é utilizada em transações durante o período, é denominada velocidade da moeda.

MVT = T

onde:

M = Quantidade de moeda

VT = Velocidade - transação da moeda

PT = Índice de preços dos itens transacionados

T = Volume de transações

A variável que representa o volume de transações "T" inclui tanto as vendas e compras de bens produzidos no período como também os bens produzidos em momentos anteriores e de ativos financeiros.

Uma outra versão da equação de trocas se restringe às transações em termos de renda

MV = Py

onde:

M = Quantidade de moeda

V = Velocidade – renda, número de vezes em que, na média, a moeda é utilizada em transações que envolvem a produção corrente

P = Índice de preços para produção corrente

y = Nível de produção corrente

V= Py / M

Segundo Fischer, os valores de equilíbrio dos elementos da equação de trocas, com exceção do nível de preços, eram determinadas por forças externas à equação de trocas, portanto a equação de trocas servia para determinar o nível de preços.

Com o volume de produto fixado pelo lado da oferta, a equação de trocas expressa uma relação de proporcionalidade entre estoque de moeda, definido exogenamente, e o nível de preços.

M` V = P` Y ou P = (` V/ Y) M

As barras sobre V e Y indicam que esses termos são definidos exogenamente.

2.1.2. A equação de Cambridge

A matemática da teoria quantitativa demonstrada nas equações anteriores não responde o que acontece em termos econômicos. Para satisfazer essa questão deve-se levar em consideração outra variante da teoria quantitativa, a abordagem de Cambridge ou abordagem dos saldos de caixa. A abordagem de Cambridge postulou uma relação proporcional entre a quantidade exógena da moeda e o nível agregado de preço.

Sua equação é anotada como:

M = kYP,

onde

k = proporção de uma renda nominal de um período (ex.: um ano) que as pessoas mantém como moeda

3. Teoria Quantitativa da Moeda e reflexos na economia

Para entendermos os reflexos na economia devido a Teoria Quantitativa da Moeda devemos primeiramente verificar como a moeda é controlada e como é medida a quantidade de moeda na economia.

3.1. Controle da quantidade de Moeda

A quantidade de moeda disponível na economia é chamada de oferta monetária. Em economias que usam moeda-mercadoria, a oferta de moeda é a oferta daquela mercadoria. Em economias que usam moeda fiduciária, como é o caso da maior parte dos países, é o governo que controla a oferta de moeda: restrições legais dão ao governo o monopólio sobre a emissão de moeda. Do mesmo modo que o nível da receita tributária e o nível das despesas públicas são instrumentos de política econômica, a oferta de moeda também é um instrumento de política monetária.

O Banco Central é o órgão do governo responsável pelo controle da oferta de moeda.

O principal meio de controle da oferta de moeda são as operações de mercado aberto – aquisição e venda de títulos públicos.

Para aumentar a quantidade de moeda em circulação o Banco Central compra títulos do governo em poder do público, para reduzir a quantidade de moeda o BACEN faz a operação inversa coloca títulos do governo no mercado.

3.2. Medir a quantidade de Moeda

Uma vez que moeda é o estoque de ativos usados em transações, a quantidade de moeda é, a quantidade de tais ativos. Numa economia sofisticada não há um único ativo utilizado como moeda. Essa ambigüidade permite que se considere diversas medidas para a quantidade de moeda.

O ativo mais fácil de identificar como moeda é o dinheiro, papel-moeda que junto com as moedas metálicas, constitui a moeda em poder do público

Um segundo tipo de ativo utilizado nas transações são os depósitos à vista nos bancos comerciais. Em ambos os casos os ativos estão disponíveis para facilitar as transações. Os depósitos a vista são somados ao estoque de papel-moeda em poder do público para avaliar a quantidade de moeda.

Outros ativos ainda podem ser adicionados para formar a base total de moeda disponível tais como: os fundos mantidos em caderneta de poupança podem ser rapidamente transferidos

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