TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Thomas Hobbes

Artigo: Thomas Hobbes. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/12/2014  •  2.933 Palavras (12 Páginas)  •  706 Visualizações

Página 1 de 12

Sociologia

Thomas Hobbes

Filósofo, e Cientista Político Inglês

“E assim cheguei ao fim de meu discurso sobre governo civil e eclesiástico, ocasionado pelas desordens dos tempos presentes, sem parcialidade, sem servilismo, e sem outro objetivo senão colocar diante dos olhos dos homens a mútua relação entre proteção e obediência, de que a condição da natureza humana e as leis divinas (...) exigem um cumprimento inviolável.”

Thomas Hobbes

Trabalho apresentado como requisito de aprendizagem a disciplina de Sociologia do curso de Administração de Empresa da Faculdade Bilac.

Orientador: Prof. Diego Motta

“Mas a mais nobre e útil de todas as invenções foi a da linguagem, que consiste em nomes ou apelações e em suas conexão, pelas quais os homens registram seus pensamentos, os recordam depois de passarem, e também os usam entre si para a utilidade e conversa recíprocas, sem o que não haveria entre os homens nem Estado, nem sociedade, nem contrato, nem paz,tal como não existem entre os leões, os ursos e os lobos”.

( THOMAS HOBBES )

São José dos Campos – SP

2011

Índice

Introdução......................................................................................................................................................... 3

O filosofo Thomas Hobbes............................................................................................................................4

Obras de Thomas Hobbes............................................................................................................................ 5

Pensamento de Tomas Hobbes....................................................................................................................7

O estado da natureza segundo Thomas Hobbes...................................................................................8

Hobbes e o Absolutismo...............................................................................................................................9

Datas importantes de Thomas Hobbes....................................................................................................10

Considerações Finais....................................................................................................................................11

Bibliografia.......................................................................................................................................................12

INTRODUÇÃO

Este trabalho é dedicado ao estudo da Filosofia de Thomas Hobbes, uma filosofia afeita, sobretudo à política.

Defensor do absolutismo, Thomas Hobbes criou uma teoria que fundamenta a necessidade de um Estado Soberano como forma de manter a paz civil.

Hobbes iniciou sua teoria a partir dos homens convivendo sem Estado, para depois justificar a necessidade dele. Esse estágio do convívio humano sem autoridade, onde tudo era de todos, recebe o nome de Estado Natural.

O Filósofo Thomas Hobbes

Filósofo e cientista político Inglês, Thomas Hobbes nasceu em Westport hoje parte de Malmesburg (a cerca de 140 km do Oeste de Londres) em 5 de abril de 1588.

Filho de outro Thomas Hobbes, sua infância foi marcada pelo medo da invasão da terra pelos espanhóis, ao tempo da rainha Elisabete I.

Seu pai, clérigo anglicano, vigário de Wetsport, foi um homem turbulento e desapareceu após uma briga na porta de sua própria igreja, abandonando seus três filhos aos cuidados de seu irmão, que tinha um negocio de fabrico de luvas em Malmesburg.

Aos quatro anos foi colocado na escola da Igreja de Westport, depois de uma escola privada e finalmente aos 15 anos, no Magdalen Hall, da Universidade de Oxford, onde se consagrou a maior parte do tempo a ler livros de viagem e estudar cartas e mapas onde se formou em 1608, já ao tempo de Jaime I.

Depois de formado, com vinte anos, foi indicado para ser preceptor do filho de uma família de prestígio. Naquela época os filhos de famílias ricas tinham uma espécie de professor particular, era o chamado preceptor. Esta profissão não rendia muitos ganhos, mas Hobbes pôde usufruir do conforto da casa e da vasta biblioteca, possibilitando o aprofundamento de seus conhecimentos. Além disso, viajou pela França e Itália, onde aperfeiçoou seus idiomas.

Em 1629, Hobbes foi o primeiro a traduzir para o inglês a obra "Guerra do Peloponeso", do importante historiador grego, indicado como inventor da história racionalista, Tucídides. A partir daí, o filósofo começa a mostrar suas tendências políticas.

Hobbes fazia construções lógicas, deduzidas dos conceitos formulados da realidade da natureza humana.

Thomas sempre mostrou grande interesse pelos problemas sociais, sendo fiel defensor do despotismo político.

Depois de tantas lutas políticas, tendo sido alvo de muitas perseguições, dentre outros, por acharem suas obras "O Cidadão" e o "Leviatã" ateístas, aos setenta e dois anos, Hobbes volta aos estudos dos clássicos e suas traduções. Seus últimos anos de vida foram de paz.

Thomas Hobbes faleceu em 1679, com noventa e um anos. E, só dez anos depois de sua morte, as idéias liberais que tanto combatia triunfaram.

Tudo, portanto, que advém de um tempo de Guerra, onde cada homem é Inimigo de outro homem, igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra segurança além do que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-los. Em tal condição, não há lugar para a Indústria; porque seu fruto é incerto; e, conseqüentemente, nenhuma Cultura da Terra; nenhuma Navegação, nem uso algum das mercadorias que podem ser importadas através do Mar; nenhuma Construção confortável; nada de Instrumentos para mover e remover coisas que requerem muita força; nenhum Conhecimento da face da Terra; nenhuma estimativa de Tempo; nada de Artes; nada de Letras; nenhuma Sociedade; e o que é o pior de tudo, medo contínuo e perigo de morte violenta; e a vida do homem, solitária, pobre, sórdida, brutal e curta.lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll.

Obras de Thomas Hobbes

Pelo relato de um antiquário seu contemporâneo, sabe-se que Hobbes, em certas ocasiões entre 1621 e 1625, secretariou Bacon ajudando-o a traduzir alguns de seus Ensaios para o latim.

Decidiu-se então pela vida intelectual. O principal fruto dos estudos clássicos a que agora se dedica foi a tradução da obra de Tucídides, historiador grego analista político e moral da guerra do Peloponeso. A escolha desse autor e a publicação de sua tradução em 1629 provavelmente deveram- se a preocupações com a agitação política na Inglaterra e representaria um alerta seu contra a democracia que teria enfraquecido a antiga Atenas.

Com a morte do seu aluno o segundo duque de Devonshire, voltou a viajar em companhia do filho de Sir Gervase Clifton. Durante sua estada na França, entre 1629 e 1631, ele estudou Euclides e tornou-se especialmente interessado em matemática, mas foi chamado de volta à Inglaterra para se tornar o preceptor de outro William Cavendish, filho do primeiro discípulo.

Durante uma terceira viagem ao continente, com o jovem Cavendish, de 1634 a 1637, ele encontrou-se com Marin Mersenne, um reputado matemático e teólogo e, em 1636, com Galileu e René Descartes, cuja ciência e filosofia o impressionaram.

Em sua autobiografia, Hobbes fala que em uma roda de intelectuais, alguém perguntou "O que é o sentido"? E ninguém soube responder.

Então lhe ocorreu que se as coisas materiais e todas as suas partes estivessem em repouso ou movimento uniforme, não poderia haver distinção de nada e conseqüentemente nenhuma percepção: assim a causa de tudo está na diversidade do movimento. Lançou essa idéia em seu primeiro livro filosófico, "Uma Curta Abordagem a respeito dos Primeiros Princípios". Ele então planejou uma trilogia filosófica: De Corpore, demonstrando que os fenômenos físicos são explicáveis em termos de movimento e que seria publicado em 1655; De Homine, tratando especificamente do movimento envolvido no conhecimento e apetite humano, que seria publicado em 1658, e De Cive, a respeito da organização social, que seria publicado em 1642.

Em 1637 Hobbes retornou à Inglaterra que se achava às vésperas da guerra civil. Decidiu publicar primeiro o trabalho que pensava publicar por último, o De Cive. Este circulou em cópia manuscrita em 1640 com o título "Elementos da Lei Natural e Política", parte I sobre o homem e parte II sobre a cidadania. Continham sua doutrina que depois seria publicada impressa em “De Cive” e "O Leviatã". O manuscrito irritou os monarquistas porque falava em um contrato social e os parlamentaristas porque pregava o absolutismo.

Quando a crise se tornou aguda em 1640, Hobbes, temendo por sua segurança, retirou-se para Paris, onde se reintegrou no círculo de Mersenne, escreveu "Objeções às idéias de Descartes" e em 1642 publicou o De Cive.

Em 1646 o príncipe de Gales (1630-1685), depois Carlos II, refugiou-se em Paris, e Hobbes, estando naquela capital, aceitou o convite para ensinar-lhe matemática. Isto o levou ao círculo político, e aos temas políticos. Em 1650 publicou o antigo manuscrito "Elementos da Lei" em duas Partes: "Natureza Humana" e "Do Corpo Político".

Em Paris, Hobbes escreveu sua obra prima, "O Leviatã"; ou "Matéria, Forma e Poder da Comunidade Eclesiástica e Civil", um estudo filosófico sobre o absolutismo político que sucedeu a supremacia da Igreja medieval. A obra foi publicada no ano seguinte, 1651, englobando todo o seu pensamento. No final do livro colocou que os súditos tinham o direito de abandonar o soberano que não mais os podia proteger em favor de um novo soberano que pudesse fazê-lo. Esta posição foi considerada como ofensa ao herdeiro Carlos II, exilado em Paris enquanto a república sucedia a Carlos I na Inglaterra.

Hobbes foi olhado como oportunista e repudiado pelos exilados de Paris, ao mesmo tempo em que o governo francês o tinha sob suspeita devido a seus ataques ao papado. Em fins do mesmo ano de 1651 Hobbes voltou à Inglaterra procurando estar em paz com o novo regime.

Tendo retornado à Inglaterra aos 63 anos Hobbes por mais vinte manteve sua energia e combatividade, envolvendo-se em várias polêmicas no campo científico e religioso. Quatro anos depois, em 1655, publicou seu De Corpore ("A respeito do corpo") no qual ele reduzia a filosofia ao estudo dos corpos em movimento. No ano seguinte, 1656, publicou Questions Concerning Liberty, Necessity, and Chance, onde elaborava uma teoria de determinismo psicológico.

Pensamento

Hobbes é empirista e racionalista; põe em prática o empirismo nas suas observações e conclusões sobre a natureza humana, mas faz uma análise das palavras e do raciocínio que é dedutiva, racionalista, principalmente em ciência política.

Princípio Fundamental: A experiência é a única fonte da verdade. Toda realidade é corpórea e tudo o que acontece se explica pelo movimento. O egoísmo é a força motriz do homem. O objetivo da moral é disciplinar o egoísmo, mas isso só se torna possível no Estado.

Conhecimento e Ser: Todo conhecimento começa pela sensação. O movimento produzido pelos corpos é transmitido pelos nervos até nosso cérebro e transformado em qualidades sensíveis. As coisas que existem realmente fora de nós sãos os movimentos que causam a aparência de som, cor e outras. O cérebro conserva esses movimentos como rastros enfraquecidos. A reprodução processa-se pela imaginação e pela memória. A imaginação considera as imagens (fantasmas) como se apresentam, a memória, tais como foram desgastadas pelo tempo. Essas imagens associam-se e formam o discurso mental. A razão define-se como um uso mai aperfeiçoado da imaginação.

Os princípios fundamentais e universais estabelecidos pela ciência são apenas “nomes” que exprimem o que há de semelhante nas representações particulares.

A imaginação explica as ações humanas completas (movimento e palavra) ou incompletas (paixão com amor ou ódio).

Hobbes compara os diversos movimentos das paixões como uma corrida. Esforçar-se é desejo. Afrouxar é sensualidade. Considerar a posição de vantagem sobre outros é glória. Considerar a desvantagem em relação aos que vão adiante é humildade. Perder terreno olhando para trás é vanglória. Ficar retido é ódio.

A força motriz da natureza humana é o egoísmo. Por isso, o objetivo da moral é disciplinar racionalmente o egoísmo. Isso, porém, só é possível no Estado.

O Estado da Natureza Segundo Hobbes

O homem entra na ordem moral, entrando na vida civil pelo pacto social. O estado de natureza é o estado de guerra de todos contra todos, constituindo-se cada homem um inimigo para o outro homem. Pelo pacto social, os cidadãos propõem-se a renunciar o direito a tudo em favor do soberano incumbido de promover a paz. O estado é o Leviatã, a quem compete prescrever a moral e o direito.

No estado de natureza, não há justiça nem lei natural, pois impera a guerra. Com o pacto social, ditado pela razão, começa o domínio da Justiça com a divisão equitativa das riquezas, visando à paz.

Comparando o Estado ao monstro bíblico do livro de Jô, Hobbes é um defensor do absolutismo mais radical. O soberano é a fonte das leis, a nenhuma estando submetido. Os súditos têm o dever de obediência ao soberano, exceto quando ele se torna impotente para assegurar a paz duradoura e a prosperidade.

O soberano pode ser indiferentemente um homem ou uma assembléia eleita pelos cidadãos. Se for um homem, pode ser rei hereditário ou eleito, seja para toda a vida, seja por um período determinado. De forma alguma o governo poderá ser de forma mista, por exemplo, monarquia constitucional. Com efeito, vários soberanos provocam a competição e comprometem a paz.

O soberano tem o poder de legislação suprema e o direito da guerra e da paz. Usa o gládio da justiça para punir os violadores do pacto social. Pois, ressalta Hobbes, os pactos sem o gládio não passam de palavras.

A Situação dos homens deixados a si próprios é de Anarquia geradora de insegurança, angustia e medo. Os interesses egoístas predominam e o homem se torna lobo para outro homem.

As disputas geram guerras de todos contra todos e as conseqüências desse estado das coisas é o prejuízo para a indústria, agricultura, navegação, para a ciência e conforto dos homens.

Hobbes e o Absolutismo

Thomas Hobbes, inglês de família pobre, conviveu com a nobreza de quem recebeu apoio e condições para estudar, e defender ferramentamete o direito absoluto dos reis, ameaçado pelas novas tendências liberais.

Thomas teve contato com Descartes, Francis Bacon e Galileu, e também se preocupa entre outras coisas com o problema do conhecimento, tema básico das reflexões do Século XVII, também escreveu sobre política De Cive e Leviatã.

No Século XVII em que Hobbes viveu ocorreu o Absolutismo, atingindo o apogeu enfrentando inúmeros movimentos de oposição, baseados em idéias liberais.

A política foi agitada por movimentos revolucionários, na França terminada a guerra dos trinta anos (1618-1648), rebenta a Fonda na Inglaterra, Cromwell, comandando a Revolução Purifana destrona e executa o rei Carlos I.

O poder soberano pode ser adquirido de duas formas: pela livre vontade dos cidadãos, que é chamado de Estado Político/Estado por Instituição; ou pela imposição aos cidadãos, que são obrigados a acatar sob pena morte, é o Estado por Aquisição.

A Monarquia é a melhor forma para de se governar um Estado Soberano. Hobbes defende a autoridade absoluta do rei com única forma de se exercer um poder soberano, já que este é uno e indivisível.

Datas importantes de Thomas Hobbes

 1588 – A 5 de abril, nasce Thomas Hobbes, na aldeia de Westport, Malmesbury, Inglaterra.

 1608 – Termina seu bacharelado em Oxford e é indicado para preceptor do filho de Lorde Cavendish.

 1610 – Faz sua primeira viagem ao continente.

 1629 – Hobbes publica uma tradução da Guerra do Peloponeso, de Tucídides.

 1640 – Produz seu primeiro tratado, Elementos de Lei Natural e Política. Em face dos acontecimentos políticos ingleses, retira-se para a França, onde permanecem onze anos.

 1642 – Publica Sobre o Cidadão. Inicia-se na Inglaterra a Guerra Civil, quando Carlos O é decapitado, e inicia-se o período da Commonwealth, sob a liderança de Cromwell.

 1645 – Hobbes é nomeado preceptor do príncipe de Gales, que virá a ser o Rei Carlos II da Inglaterra.

 1651 – Publica na Inglaterra o Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de uma Comunidade Eclesiástica e Civil.

 1652 – É banido da corte inglesa no exílio e volta definitivamente à Inglaterra.

 1654 – Publica Sobre o Corpo.

 1658 – Publica Sobre o Homem.

 1668 – Hobbes traduz, em versos ingleses, partes da Ilíada e da Odisséia.

 1679 – Morte de Hobbes em Hardwick.”

Considerações Finais

A história do desenvolvimento filosófico da virada do século XVII para o XVIII deu origem ao pensamento iluminista, também pode ser entendida como parte do processo histórico de uma determinada sociedade.

As idéias de Hobbes sobre a natureza humana e o Estado, nas suas diferenças, estão profundamente ligadas ao fluxo dos acontecimentos das revoluções burguesas na Inglaterra.

A Vida de Hobbes está profundamente ligada à defesa do Absolutismo.

Diante dos pontos relatados e analisados podemos compreender que existe uma infinidade de vantagens comparada às desvantagens da vida em sociedade. Abolir a convivência pacífica com os outros seres seria como renunciar à liberdade e segurança e voltar a um mundo primitivo em que o nascer de um novo dia constitui sempre um novo desafio.

...

Baixar como  txt (18.3 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »