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Uma Análise Crítica Sobre O Documentário "Notícias De Uma Guerra Particular"

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Por:   •  8/5/2014  •  3.895 Palavras (16 Páginas)  •  1.723 Visualizações

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Uma análise crítica sobre o documentário “Notícias de Uma Guerra Particular”

Resumo

O presente artigo tem por finalidade a busca do estudo sobre a relação entre Estado e Sociedade. Para tal, o presente documento terá como base o documentário “Notícias de uma guerra particular”. No vídeo, evidencia-se a realidade da comunidade do morro Dona Marta, localizado no Estado do Rio de Janeiro. No documentário de João Moreira Salles e Kátia Lund, em 1999, se constata a pobreza daquela fração da sociedade, violência, pessoas com ideais e objetivos distorcidos para o mundo da drogadição e da violência. De outro lado, o Estado, representado pelas forças de segurança pública, Polícia Militar e Polícia Civil, na busca da ordem pública. Neste sentido, é que se faz necessário o presente estudo, analisando a situação contextualizada, buscando um entendimento mais apurado. As polícias não tem a missão de educar, de prestar atendimento hospitalar, e de garantir demais direitos fundamentais de todos os cidadãos. Sua missão, pela Constituição de 1988, é a manutenção e preservação da ordem pública. Sendo assim, os problemas daquela localidade não serão sanados somente com a atuação policial, se torna necessário à intervenção do Estado, com soluções eficazes, não somente a repressão.

Palavras Chave: Drogas, Violência, Polícia Militar, Polícia Civil, Tráfico.

Abstract

This article aims to search the study on the relationship between state and society. To this end, this paper will be based on the documentary "News from a Private War". In the video, highlights the reality of the community's Dona Marta slum, located in the State of Rio de Janeiro. In the documentary by João Moreira Salles and Katia Lund, in 1999, we see the poverty that fraction of society, violence, people with ideals and goals for the distorted world of drug addiction and violence. On the other hand, the State, represented by the public security forces, military police and civilian police in the pursuit of public policy. In this sense, it is necessary that the present study, analyzing the situation in context, seeking a more refined understanding. The police do not have a mission to educate, to provide hospital care, and to ensure other fundamental rights of all citizens. Their mission, under the 1988 Constitution, is the maintenance and preservation of public order. Thus, the problems that locality will not be solved only with the police action, it is necessary to state intervention with effective solutions, not only repression.

Keywords: Drugs, Violence, Military Police, Civil Police, Traffic.

Introdução

O documentário “Noticias de uma guerra particular”, evidencia a realidade de uma parte do Estado do Rio de Janeiro, entretanto, o mesmo não é o único a possuir tal conflito social, acredito que o país compartilhe disto, claro que em proporções diferentes. Todos sabem que existe o morro, seus traficantes, suas crianças já tão pequenas e bandidas, suas mulheres sofridas e um futuro quase igual à maioria, no entanto a obra vai além, adentra no âmago da questão. Entretanto, não é solucionando, não acusando lados, mas retratando as visões.

Pessoas iguais a todos nós, entretanto, por algum motivo, não tem acesso nem aos direitos fundamentais elencados na CF/88. Sendo assim, estes procuram seu modo de viver, buscando ajuda entre si, para sanar estas necessidades que deveria ser uma preocupação do Estado, mas que este negligencia. Então, sua atitude é apenas a contenção e o controle destas pessoas, para que não “atrapalhem” o restante da sociedade.

Em contrapartida, vemos as forças de segurança pública agindo na tentativa de sanar a quebra da ordem no local. Entretanto, ao analisar a situação, se constata que o problema vai muito mais além, e que não será a polícia que irá solucionar. Também se evidencia parte desta força policial tirando proveito de toda esta situação de negligencia.

Contudo, para que se possa compreender tal fenômeno social, se torna imprescindível que seja observada os diferentes pontos de vista apresentados no nesta unidade federativa, com uma visão imparcial, analisando os problemas trazidos pelas três partes.

Para começar o estudo, serão apresentadas estas visões constantes no documentário, que se darão através do policial, do traficante e da comunidade.

O Documentário

O documentário sinaliza o movimento financeiro do tráfico de drogas, apoiado no tráfico de armas, a socialização de pré-adolescentes e adolescentes através do trabalho desempenhado no tráfico, o paradoxo de uma juventude despossuída de saúde, educação, saneamento, habitação, cultura e, sobretudo, despossuída de um projeto de futuro. Em contraponto, uma juventude pobre cooptada pelo consumo de “objetos de marca” (bermudas, tênis, camisetas) – a promessa “mercadológica”, capitalista, do acesso à felicidade, ao bem estar, através do acesso à posição de “cidadão consumidor”.

O próprio título do documentário adota a expressão de um dos interlocutores/personagens do documentário – o integrante do BOPE – “esta é uma guerra particular”, referindo-se ao confronto diuturno das forças de segurança com o tráfico nos morros, “num país que não está em guerra”.

O Estado

Para um melhor entendimento da situação, política e social, apresentada pelo documentário, é necessária que se tenha presente uma breve definição de Estado, que se pode definir como uma instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamente, onde é constituída de um povo, território e um governo, que por sua vez é regida por uma constituição.

A presença do Estado se faz primordial para regular o convívio entre os homens, atribuindo-lhes deveres e obrigações, direitos, enfim, impondo regras para que seja respeitado o espaço de cada indivíduo.

Na frase do Capitão Pimentel: “... o único segmento do estado que vai ao morro é a polícia, só a polícia não resolve”. Constata-se uma grande falha do Estado, que podemos até chamar de negligencia. Será que somente a polícia resolve o problema da violência, do tráfico? Somente com repressão sanamos estes conflitos sociais? A repressão vai trazer educação, cultura, lazer, qualidade de vida, saúde, e demais itens essências na vida de um ser humano? A solução para isto é muita mais complexa do que apenas mandar a polícia aos “morros” para controlar a

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