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Por:   •  12/3/2014  •  446 Palavras (2 Páginas)  •  280 Visualizações

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O objetivo central deste artigo é analisar a desigualdade social e, consequentemente, a invisibilidade social. Estes temas centrais na cons

tituição da identidade do povo brasileiro serão analisados a partir de uma interlocução entre a Sociologia e a Psicologia desenvolvidas por Jessé Souza e Fernando Braga da Costa, respectivamente. Estes dois autores apontam em suas obras a desigualdade social como um fenômeno constituinte da sociedade brasileira. Jessé Souza também critica

a visão de autores da sociologia clássica quanto o surgimento da desigualdade na história da colonização do Brasil. Para evitar o reducionismo, os autores buscam compreender a invisibilidade social a partir de uma investigação aprofundada do tema da desigualdade e para isso, dialogam com diversas perspectivas ao darem conta de temas eminentemente históricos nesta sociedade.

Palavras-chave: desigualdade social; invisibilidade social; sociedade brasileira.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo constrói uma interlocução entre dois autores, o sociólogo Jessé Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa. Eles discutem em suas obras a invisibilidade de atores sociais envolvidos, e encobertos, pela desigualdade historicamente construída na sociedade brasileira.

Em 2006, Jessé Souza lançou o livro A invisibilidade da desigualdade brasileira que, embora trate de forma mais específica o tema da invisibilidade social, faz parte de um longo projeto deste autor pelo desenvolvimento de uma teoria social crítica para explicar a modernidade periférica e a elaboração deu ma alternativa teórica em relação aos paradigmas do personalismo/patrimonialismo. Segundo Souza (2000), autores da clássica sociologia brasileira como Sérgio Buarque

de Hollanda, Raimundo Faoro e Mestranda do Programa de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal da Bahia avapsi@gmail.com

Roberto DaMatta ao tentarem construir em suas obras uma identidade nacional do povo brasileiro recaem em uma “teoria emocional da ação”

, que embora exalte as qualidades desse povo, não aborda as principais causas da desigualdade no país. Nesta corrente, a sociedade brasileira é analisada a partir de noções como o personalismo, o familismo e o patrimonialismo e a explicação do jeito de ser brasileiro fica reduzida a estesconceitos. Para Souza (2006) os esquemas explicativos utilizados por Hollanda, Faoro e DaMatta tendem a perder sua relação com qualquer re

alidade mais ampla a partir do momento que eles tentam explicar o comportamento do brasileiro simplesmente pelo próprio comportamento do brasileiro e pela colonização portuguesa, abandonando uma interlocução mais totalizadora que abarque as construções singulares das modernidades

periféricas, como é o caso do Brasil.O psicólogo Fernando Braga da Costa por sua vez, aborda no livro Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social, de 2004, o tema da invisibilidade e da humilhação social a partir de casos empíricos registrados em uma pesquisa realizada por ele. Ao cursar uma disciplina de psicologia social durante a graduação, este autor teve a

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