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Ary Souza Fotógrafo Paraense

Pesquisas Acadêmicas: Ary Souza Fotógrafo Paraense. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/9/2013  •  685 Palavras (3 Páginas)  •  489 Visualizações

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Ary Souza nasceu em Abaetetuba (PA), em 1956. Começou a fotografar aos 13 anos. Atua como repórter-fotográfico do jornal O Liberal desde 1986.

Desprovido da vaidade comum aos coleguinhas, ele tem o talento necessário para destacar-se entre os iguais e o desprendimento natural do caboclo que não esconde as raízes embaixo do tapete da fama. Dono de uma técnica singular, que se revela com eloquência no fotojornalismo, Ary, no entanto é motivado muito mais pela paixão. É ousado. Não é raro, nas suas missões diárias de repórter, tornar-se vítima de seu caráter bandeirante, despojado, destemido.

Ary Souza é um dos fotógrafos mais experientes do jornal, onde começou sua carreira. “Minha mãe tinha uma loja de fotografia perto da antiga sede, na Rua Gaspar Viana, e eu já admirava o trabalho dos fotógrafos do jornal”, diz, ao citar Eurico Alencar, Alexandre Lima e Pedro Pinto, com quem trabalhou por dois anos, como freelance, antes de ser contratado. “Aprendi muito com o Pedro, mas quando eu dizia que queria trabalhar no LIBERAL ele respondia que era muito complicado entrar na equipe. Quando finalmente eu consegui ele chegou comigo, me deu parabéns e disse que não tinha me indicado, que eu tinha conseguido a vaga por mérito. Aquilo ficou marcado pra mim.”

Repórter fotográfico de O LIBERAL há 23 anos, para Ary Sousa o desafio de conseguir a melhor foto continua o mesmo do início da carreira. A diferença é que, com o tempo, ele aprendeu as 'manhas' da profissão. “O repórter fotográfico tem que ter muita malandragem”, ensina. Foi essa malandragem adquirida ao longo dos anos de profissão que garantiram a Ary algumas das fotos mais difíceis da carreira. No início da década de 90, quando foi confirmado em Belém um dos primeiros casos de cólera do país, jornais do Brasil inteiro enviaram fotógrafos para tentar garantir a foto. Mas a entrada da imprensa no Hospital João de Barros Barreto, onde o paciente estava internado, foi vetada.

“A primeira coisa que fiz foi me aproximar dos faxineiros do hospital. Batia papo, pagava lanche e ia colhendo informações sobre as características do paciente e a localização dele dentro do hospital”, conta o fotógrafo que bolou uma estratégia para entrar no hospital. “Fui até minha casa, me vesti de branco e voltei como se fosse um enfermeiro. Como já sabia mais ou menos onde ele estava e como era não tive muita dificuldade para encontrá-lo”. A foto rendeu um furo nacional ao jornal, prestígio ao fotógrafo e no dia seguinte estava estampado em quase todos os jornais do país.

Principais trabalhos:

• Exposição “Penumbra”: imagens da vida cotidiana

As imagens de Ary são conhecidas por sua vitalidade. Seus personagens carregam na fisionomia uma atitude simples, franca, honesta. São figuras solares que ora estão trabalhando, ora brincando, e quase sempre sorrindo. Ele consegue construir este mundo autenticamente feliz em seu trabalho em preto e branco, ao longo de décadas. Um mundo claro, visível e agitado.

• Olhares sobre Carajás (1996)

Em 1996, documentou, ao longo de 43 dias, os acontecimentos posteriores

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