Circulo Cromático

1.4.1 O círculo cromático

O círculo cromático é uma ferramenta fundamental no estudo das cores e serve ao artista como uma base para a escolha de sua paleta ao colorir um trabalho. De acordo com Itten , citado por Barros, (2009, p. 92)

Itten considera a elaboração do círculo cromático um ponto de partida para todo trabalho com cor, pois é por sua construção, misturando os pigmentos das cores primárias (amarelo, magenta e azul), que entendemos e classificamos as cores.

O circulo cromático é composto inicialmente pelas cores primárias, magenta, amarelo e ciano (1), em seguida com a adição das secundárias laranja, roxo e verde (2) e por fim são acrescidas as cores terciárias fechando o circulo como mostra a figura abaixo.

Figura 16: gráfico_10/ Fonte: Arquivo pessoal

O artista com base apenas neste esquema de cores pode organizar sua palheta de cores de forma mais segura e consciente seguindo uma ou mais das muitas ordens de cores contidas nele como cores frias, cores quente, cores análogas ou a teoria das cores complementares, largamente usada pelos ilustradores.

1.4.2 Teoria das cores complementares.

Outro método bastante utilizado pelos artistas e talvez o mais utilizado é a teoria das cores complementares que consiste em usar um par de cores diametralmente opostas no círculo cromático. Como o próprio nome diz, estas cores se complementam ao passo que também são extremamente contrastantes entre si, diferentemente das cores análogas, de acordo com Barros (2009, p.98).

A mistura de cores complementares normalmente faz com que ambas se anulem, produzindo um tom acizentado. Cores complementares, quando justapostas, intensificam-se ao máximo.

Ao utilizar esta teoria o artista deve ser cauteloso, pois devido ao fato de serem altamente contrastantes, as cores complementares podem ser consideradas uma faca de dois gumes. De acordo com Farina at. al (2006, p.77) “As cores complementares (uma primária e uma secundária) oferecem oportunidade de contraste de efeitos, que pode ser usado com grande êxito, desde que quem as empregue saiba usá-las” visto que o uso das complementares lado a lado pode produzir resultados muito agressivos (BASTOS; FARINA; PEREZ, 2006, p.77).

Os principais pares de cores complementares são:

Figura 22: gráfico-13/ Fonte: Arquivo pessoal

Estes pares são compostos sempre por uma cor primária e uma cor secundária resultante da mistura das outras duas cores primárias, porém, dificilmente iremos ver este conceito aplicado assim de maneira tão simplificada, ou seja, raramente veremos um trabalho em que o artista utilize um magenta puro e exatamente seu verde complementar, um ciano e seu laranja correspondente e o mesmo com relação ao amarelo e o roxo. O que vemos são cores aproximadas em que se percebe a predominância dos pares de complementares como por exemplo a figura 22 em que vemos claramente um vermelho e um verde na maior parte da composição. Não é exatamente o magenta puro e além disso temos dois tons de verde em contraponto a este vermelho.