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História - Teatro Ocidental

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Por:   •  15/8/2013  •  Resenha  •  1.833 Palavras (8 Páginas)  •  1.156 Visualizações

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História - Teatro Ocidental

Embora sejam mal conhecidas as origens do teatro ocidental, a maior parte das teorias apontam para uma origem ritual.

Os primeiros dados já documentados da literatura dramática datam do século VI a.C. A primeira obra crítica sobre a literatura e o teatro, a Poética (330 a.C.) de Aristóteles, afirmava que a tragédia grega nasceu a partir do ditirambo, hinos corais em honra ao deus Dionísio. Segundo a lenda, Téspis, poeta do século VI a.C., criou a tragédia ao assumir o papel de personagem principal.

A tragédia grega floresceu no século V a.C. com autores como Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Suas obras são grandiosas, escritas em verso e estruturadas em cenas (episódios) com três ou menos personagens e um coro que canta em odes. A maior parte das histórias se baseiam em mitos ou relatos antigos e seu objetivo principal é mostrar o caráter dos personagens, o papel da humanidade no mundo e as conseqüências das ações individuais.

As comédias mais antigas que se conhece são as de Aristófanes. Têm uma estrutura bem cuidada, inspirada nos antigos ritos de fertilidade. Sua comicidade consistia numa mistura de ataques satíricos a personalidades públicas, pilhérias escatológicas e paródias aparentemente sacrílegas dos deuses.

O misantropo é a única obra completa que se conserva de Menandro, o grande autor da nova comédia grega. A trama gira em torno de uma complicação ou situação relacionada com o amor, o dinheiro, problemas familiares e similares.

O teatro caracteristicamente romano só veio a se desenvolver no século III a.C. e seu período mais fecundo se iniciou no século II a.C., dominado pelas comédias de Plauto e Terêncio, que consistiam em adaptações da nova comédia grega. As tragédias de Sêneca viriam a exercer grande influência na época do renascimento.

Em fins do século II a.C. a literatura dramática havia entrado em declínio, sendo substituída por outras formas, mais populares, de entretenimento e espetáculo. A nascente Igreja cristã atacou o teatro romano porque os atores e atrizes tinham fama de libertinos e porque os mímicos com freqüência satirizavam os cristãos. Com a queda do Império romano, o teatro clássico decaiu no Ocidente. A atividade teatral só viria a ressurgir cerca de 500 anos depois. Apenas os artistas populares, conhecidos como jograis sobreviveram, criando um elo de continuidade.

Ironicamente, o teatro sob a forma de drama litúrgico ressurgiria na Europa graças à Igreja católica romana, que dele se serviu para ampliar sua influência. No século X, os diferentes ritos eclesiásticos ofereciam possibilidades de representação dramática e a própria missa era, na realidade, um drama. Com o tempo, o espetáculo foi assumindo um sentido secular.

Por volta do século XIV, as obras eram escritas em forma de coplas (estrofes em geral de quatro versos, destinadas a serem cantadas com música popular), de fácil memorização. Apesar de seu conteúdo religioso, eram em grande parte consideradas como forma de divertimento. Daí surgiram peças folclóricas, farsas e dramas pastoris, que influenciaram o desenvolvimento dos autos no século XV.

A Reforma protestante pôs fim ao teatro religioso em meados do século XVI, surgindo em seu lugar um novo e dinâmico teatro profano. O renascimento esboçou uma tentativa de recriar o drama clássico.

Os primeiros exemplos de teatro renascentista datam, na Itália, do século XV. Eram obras com finalidade didática e concebidas para serem lidas. Menção especial merece a peça La Celestina, do dramaturgo espanhol Fernando de Rojas, onde aparecem os elementos que caracterizarão o teatro espanhol do século de ouro. Em fins do século XVI, as elaboradas exibições cênicas levaram à criação da ópera, que logo se popularizou, exigindo a construção de grandes teatros. O teatro popular, baseado na improvisação, deu origem à commedia dell'arte, que teve seu apogeu entre 1550 e 1650. O drama clássico encontrou terreno fértil na França, com as obras de Corneille e Racine. Molière, por sua vez, é considerado o grande comediógrafo francês. Ver Comédie Française.

O teatro renascentista inglês partiu das formas populares e das exigências do público em geral. Thomas Kyd e Christopher Marlowe propiciaram o nascimento de um teatro dinâmico e épico, que culminaria no trabalho complexo e diversificado do maior gênio do teatro inglês, William Shakespeare.

O século de ouro espanhol designa uma dos períodos mais férteis da dramaturgia universal. Seguindo a influência italianizante, introduzida na Espanha por Juan del Encina e Lope de Vega, caberia a este a responsabilidade e o mérito de haver então integrado em sua valiosa Arte nova de criação de comédias (1609) as linhas mestras que regeriam o teatro de sua época, que foi denominado 'comédia nova' espanhola. Divertir educando o público é princípio que se converteria em livro e em lema para seu discípulo Tirso de Molina. Calderón de la Barca seria, por sua vez, o mestre dos autos sacramentais. Ver Teatro espanhol.

O teatro do século XVIII, em grande parte da Europa, era basicamente um teatro de atores, sendo as obras escritas já com vistas ao estilo de representação. No entanto, produziu-se igualmente uma reação ao neoclassicismo e um gosto crescente pelo sentimental em dramaturgos como o alemão Ephraim Lessing e o francês Pierre de Marivaux. Na Inglaterra, George Lill e Richard Steele escreveram peças sobre as classes média e baixa, com situações realistas, se bem que simplistas. Na Espanha desenvolveu-se um tipo de teatro popular que ressaltava os aspectos castiços dos plebeus, com destaque para os madrilenhos. Leandro Fernández de Moratín reagiria a esses extremos, fazendo em sua obra uma crítica da sociedade.

Ao longo do século XVIII foram tomando corpo certas idéias filosóficas, que acabariam por reunir-se em princípios do século XIX no movimento romântico. Muitas das idéias e práticas do romantismo estavam já configuradas no Sturm und Drang, liderado por Goethe e pelo dramaturgo Friedrich von Schiller. As obras do dramaturgo francês René Charles Guilbert de Pixérécourt abriram caminho ao romantismo francês. Hernani (1830) de Victor Hugo é considerada a primeira peça romântica francesa.

O introdutor do romantismo na Espanha é Alarcón, Duque de Rivas, com sua obra Don Álvaro o la fuerza del sino, mas o expoente máximo é José Zorilla, autor de Don Juan Tenorio.

Em meados do século XIX o interesse pelos detalhes realistas, as motivações psicológicas

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