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O Futurismo e Cubismo

Por:   •  3/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.997 Palavras (12 Páginas)  •  362 Visualizações

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Resumo

Do francês avant-garde, a palavra vanguarda significa “o que marcha na frente”. As vanguardas europeias foram um composto de tendências artístico-literárias cujo principal objetivo era levar para a arte o sentimento de liberdade buscando externar a subjetividade e prezando, por vezes, certo irracionalismo.      

Estes movimentos buscaram causar uma ruptura com a tradição cultural do século XIX, influenciando não apenas as artes plásticas, mas também outras manifestações artísticas. Este trabalho é um estudo de dois dos grandes movimentos artísticos, o cubismo e o futurismo. O Cubismo (1907 – 1914) foi o movimento chave para a revolução no campo artístico, ele buscou novas técnicas que fragmentavam a realidade e permitiam uma desconstrução da visão clássica sobre o tempo e o espaço, tendo como seus precursores Pablo Picasso e George Braque, terminando com o inicio da guerra. O Futurismo(1909 – 1914) foi o movimento que prezava pela representação do futuro através das pinturas, essas tentavam retratar a dinamicidade e a velocidade de todas as coisas, tendo esses fatores como adjetivos do futuro. Seu precursor foi Filippo Tommaso Marinetti.

1 INTRODUÇÃO

As vanguardas europeias foram um composto de tendências artístico-literárias, cujo principal objetivo era levar para a arte o sentimento de liberdade buscando externar a subjetividade e prezando, por vezes, certo irracionalismo. Do francês avant-garde, a palavra vanguarda significa “o que marcha na frente”.

Os movimentos de vanguarda surgiram nas duas primeiras décadas do século XX buscando causar uma ruptura com a tradição cultural do século XIX, influenciando não apenas as artes plásticas, mas também outras manifestações artísticas. As correntes de vanguarda, embora apresentassem propostas específicas, pregavam um mesmo ideal: era preciso derrubar a tradição por meio de práticas inovadoras, capazes de everter o senso comum e abraçar as tendências de um futuro. Estas correntes revolucionárias acabaram por criar oscilações na estrutura da arte, sendo muitas vezes, tratadas com certo escárnio, o que é perceptível em seus nomes: Cubismo que buscou novas técnicas que fragmentavam a realidade e permitiam uma desconstrução da visão clássica sobre o tempo e o espaço; Futurismo onde se prezava pela representação da dinamicidade e da velocidade, tendo esses fatores como adjetivos do futuro; Dadaísmo que tem como sua principal característica a aversão a qualquer conceito racionalizado sobre a arte; Expressionismo que valorizava a subjetividade opondo-se à estética impressionista, pois os expressionistas preconizavam a arte como elemento legítimo para a expressão dos sentimentos do artista; O Surrealismo onde se defende a expressão apoiada nas experiências nascidas no imaginário e na atmosfera onírica fundamentado no conceito de sonho e inconsciente nas ideias de Freud.

O foco deste trabalho é um estudo de dois dos grandes movimentos artísticos, o cubismo e o futurismo. Serão apresentados, nesta ordem, o cubismo e o futurismo e depois serão expostos alguns dos principais artistas de ambos os movimentos. Este ordenamento se deu motivado pela ordem cronológica do surgimento dos movimentos.


2 DESENVOLVIMENTO

A Revolução Industrial, ocorrida nos séculos XVIII e XIX e o espetacular avanço Tecnológico ocorrido em toda sociedade a partir do século XX resultaram numa estarrecedora, irracional e nunca antes vista disputa desenfreada pelo poder.

Resultado deste cenário de instabilidade de escala global eclode em 1914 a Primeira Guerra Mundial. Este conflito foi o estopim para o surgimento de um sentimento estritamente nacionalista, consequentemente foram surgindo muitas manifestações ideológicas por toda parte da Europa. Entre outras, várias linhas extremistas de pensamento, como o nazismo, o fascismo e o comunismo, transformaram vigorosamente o cenário global durante o século que iniciava. Estas manifestações foram denominadas vanguardas europeias e surgiram com o intuito de provocar um rompimento “drástico” na arte moderna e na tradição cultural do século anterior. 

Cubismo, movimento estético iniciado em 1907 na França, porém, já em 1905 artistas e escritores se reuniam em Bateau Lavoir, Montmartre, para organizar e esclarecer as teorias a cerca do movimento. Neste encontro estavam Apollinaire e Salmon, dois poetas e críticos,  Jean metzinger, Albert Gleizes, Fernand Léger e Juan Gris. O Cubismo foi a principal referência da corrente formalista abstrata tendo como principais nomes Pablo Picasso e George Braque, ambos como lideres do movimento, sendo a própria obra de Picasso Les demoiselles d’Avingnon (1907) a chave para datar o inicio do movimento.

A origem do termo é incerta, existem diversas conjecturas sobre seu significado, porém para Head “é um termo ambíguo, de origem escarniana e aplicação restrita.” (HEAD, 2001, Pág 67). Uma das teorias sugere que foi assim nomeado pela primeira vez por Apollinaire, onde em letra de imprensa se refere assim aos pintores que botaram em questão os pressupostos básicos da arte ocidental retratando os seus temas em forma de cubo.

 Foi um dos movimentos mais revolucionários da arte moderna, sua proposta estética, basicamente, trata da representatividade das estruturas da natureza geometrizando-as e planificando-as.

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 Seus moldes foram pensados em meio à “repudia”, se podemos assim nos referir, da já saturada arte formal ocidental. As referências das culturas africanas e Ibéricas foram que caracterizaram o movimento fortemente. “Os pintores cubistas também refaziam os temas que pintavam em uma só dimensão, abrindo toda a estrutura tridimensional em uma estrutura plana. As pinturas nunca haviam se modificado tanto desde o renascimento.” (CHIPP, 1996). As técnicas utilizadas para a reprodução das obras se davam em desmontar os objetos e depois montá-los de novo, sem a preocupação com a verossimilhança.

A maior concentração de artistas cubistas se encontrou exatamente no continente de seu nascimento, a Europa, lá esteve a maior quantidade de artistas adeptos do movimento que se sobrelevaram nesta forma de manifestação artística, dentre estes artistas, os mais insignes, além dos seus lideres, que por sinal pouco falavam do movimento, Pablo Picasso e Georges Braque são: Albert Gleizes,  Fernand Léger, Francis Picabia, Robert Delaunay, Roger de La Fresnaye, e Juan Gris, além dos dois poetas críticos mais ligados ao movimento Guillaume Apollinaire  e André Salmon.   

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