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O céu de Suely

Por:   •  22/5/2015  •  Ensaio  •  383 Palavras (2 Páginas)  •  309 Visualizações

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O céu de Suely.

O céu de Suely é desses filmes riquíssimos, como não poderia ser diferente dentro desse país plural e talentoso. Dirigido por Karim Munos, logo nos deparamos com uma pelicula insustentavelmente leve, sutil e realista.

Logo no belo primeiro plano é fácil extrair a alma apaixonada e ilimitada que nos rodeará. Herminia é uma jovem menina que está voltando, depois de uma fracassa aventura por São Paulo, a sua Itaguau, uma pequena cidadezinha no interior do Nordeste. Recebida com alegria por sua familia, e com comida que "há tempos a vó não fazia melhor", ela ainda espera por Matheus, pai do seu filho - que possui o mesmo nome - volte de São Paulo.

Porém, logo nos primeiros dias ela descobre que seu grande amor não voltará e, mesmo vivendo um breve romance pelo apaixonado Lucas, retratado na belíssima e desprendida cena em que os dois andam de moto pela estrada, Herminia logo se vê presa na realidade da pequena cidade e, se valendo de uma boa, porém moralmente difícil decisão, ve sua change de recomeçar.

Utilizando planos abertos e profundos, o filme parece sempre nos mostrar a infinidade do céu e seus significados. Não poderia ser diferente, já que isso está em perfeita harmonia com a natureza de Hermila, seu desprendimento e paixão pela liberdade e possibilidades que a vida pode lhe oferecer. É também fantastico que, mesmo na casa pequena e aconchegante da avó, podemos identificar essa mesma atmosfera, seja através das cores da parede que lembra o céu ou seja pelo uso de planos filmados de dentro para fora da casa, que tem a porta sempre aberta.

Egoísta ao pensar em suas própias aspirações e não conseguir dar a atenção necessária ao filho precoce, a menina Hermila é  o retrato da realidade machista e pobre do nordeste do país. Sendo assim, ao mesmo tempo em que somos apresentados a planos com a infinidade e leveza do céu essa se contrapõe a insustentável pequenes da menina diante desse e diante de suas condições.

Amada pela família e amando a vida, nos despedimos dessa personagem em um último plano em que não poderia ser diferente: o céu onipresente, seja nas cores do ônibus, seja no mototaxi, seja sobre os ombros da personagem ou seja no improvável infinito que esse pode representar a ela.

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