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О desenho urbano no Renascimento e no barroco

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Por:   •  13/7/2014  •  Artigo  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  1.195 Visualizações

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3.4 O DESENHO URBANO NO RENASCIMENTO E NO BARROCO

O período que se designa por Renascimento estende-se em Itália desde (1500-1600) entre os princípios do século XV até finais do século XVIII e o Barroco, de (1600-1765). O Renascimento surgiu em Florença, e propagou-se ao resto da Itália, onde o gótico medieval não tinha grande aceitação e atinge mais tarde toda a Europa.

Os novos esquemas arquitetônicos e urbanísticos são, numa primeira fase, desenvolvidos através dos cenários da pintura. “Construir” o espaço urbano, como vários pintores, geómetras, matemáticos, vão explorando a recém-descoberta ciência da perspectiva, desenhando as paisagens urbanas que serão realizadas nos séculos seguintes.

Do século XV em diante, o desenho de arquitetura, as teorias estéticas e os princípios de urbanismo irão obedecer a ideia semelhantes sendo o principal o desejo de ordem e disciplina geométrica. Para Alberti, a cidade deve constituir-se com o objetivo de prazer austero da geometria. Todavia a arquitetura absorve primeiro as novas ideias nas realizações, enquanto o urbanismo se desenvolve apenas em termos teóricos, desde a concepção da cidade ideal aos tratados de arquitetura e desenho de cidades.

A urbanística renascentista vai de início manifestar-se em alguns campos específicos: construção de sistemas de fortificações; modificação de zonas da cidade com a criação de espaços públicos ou praças e arruamentos retilíneos; reestruturação de cidades pelo rasgamento de nova rede viária; construção de novos bairros e expansões urbanas, utilizando quadrículas regulares.

A Europa entra em definitivo numa era cultural e estética cujos princípios no campo urbanístico e arquitetônico só seriam definitivamente abandonados no século XX, com o Movimento Moderno.

Wolfflin sintetizou com grande vivacidade a diferença entre Renascimento e o Barroco:

A arte do Renascimento é a arte da calma e da beleza... as suas criações são perfeitas; O Barroco propõe operar de outro modo. Recorre ao poder da emoção para comover e subjugar com a força do seu impacte; tende a dar uma impressão instantânea, enquanto o impacte de uma obra do Renascimento é mais suave e lento, e também mais duradouro.

As fortificações eram mais comum na época era as muralhas, onde as técnicas militares usam estratégias de defesa contra ataques. A importância das fortificações vai estender-se até ao século XIX. Mas nessa época já os sistemas defensivos são transformados, enquanto a evolução das estratégias irá transferir as batalhas do cerco às cidades para o campo aberto e tornando as muralhas obsoletas.

A rua, ou traçado, irá tornar-se um elemento de grande importância com a função de acesso aos edifícios. A burguesia e a nobreza, que necessitam das fachadas dos seus palácios para ostentarem o poder e a magnificência, irão encontrar na rua o suporte do sistema social que se serve da arquitetura como meio de ostentação. O grande traçado barroco que une pontos da cidade é delimitado pelas fachadas dos edifícios e integra arborização, sendo pontuado pelos monumentos.

A praça é entendida como um recinto ou lugar especial, e não apenas um vazio na estrutura urbana. É o lugar público, onde se concentram os principais edifícios e monumentos. As praças podiam ser delimitadas por edifícios públicos, por igrejas ou edifícios religiosos, por filas de habitações ou palácios. Eram lugares de cenário urbano e decoração, suporte e enquadramento de monumentos (obeliscos, estátuas ou fontes), e também lugares de vida social e de manifestações do poder.

A fachada dos edifícios vai autonomizar-se como elemento do espaço urbano, quer pelo cuidado no seu desenho ou organização (como símbolo de prestígio, nobreza e poder) quer como elemento da própria composição urbanística. Os princípios arquitetônicos renascentistas são aplicados às fachadas como obras pictóricas, na busca do equilíbrio, desenhado através da simetria, proporção e ritmo.

Os edifícios de valor e significação social, política ou religiosa vão adquirir grande individualidade e expressão no seu posicionamento urbano.

O MONUMENTO

Peça individual, arquitetônica e escultórica, o monumento é uma invenção renascentista.

A escultura, o obelisco, a fonte, o arco triunfo, serão utilizados como meio de embelezamento urbano, por vezes unindo-se a uma necessidade utilitária – como a fonte ao chafariz –, ou apenas com significações religiosas, sociais, políticas e culturais.

O monumento não se destina a mobiliar, completar o espaço o espaço ou encher o vazio. É gerador do próprio espaço urbano, sem o qual perderia boa parte da sua razão de ser.

O QUARTEIRÃO

A partir do Barroco, o quarteirão vai atingir maior refinamento. Torna-se uma figura planimétrica delimitada por vias e que se subdivide em lotes e edificações, e organização geométrica do espaço urbano.

O quarteirão vai assumir formas dimensões e volumes diferentes, em duas situações: a primeira, como resultado intersticial dos traçados, assumindo formas irregulares; a segunda, correspondente à utilização do quarteirão como elemento morfológico-base, gerador do espaço urbano, por repetição e multiplicação.

No primeiro caso, situaria os quarteirões das cidades ideais dos arquitetos renascentistas e as suas concretizações mais aproximadas, como os quarteirões do Bairro Alto. Nelas, o quarteirão adquire formas irregulares para organizar espaços regulares no tecido urbano, como as praças e as vias.

No segundo caso, situaria realizações

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