TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A CRIAÇÃO DO SENTIDO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL PELA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

Dissertações: A CRIAÇÃO DO SENTIDO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL PELA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/1/2015  •  7.771 Palavras (32 Páginas)  •  351 Visualizações

Página 1 de 32

A CRIAÇÃO DO SENTIDO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL PELA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

Santos, Luciana Pucci (D.Sc., ECSA – Unigranrio) lucianapuccisantos@yahoo.com.br

Souza, Luciana Martins (Graduanda, ECSA - Uniganrio) lucianams78@hotmail.com

Resumo: Este artigo apresenta um entrelaçamento entre Gestão Estratégica de Pessoas e Responsabilidade Sócio-Ambiental sob a perspectiva da criação de sentido. A pesquisa foi desenvolvida por meio do Método Explicativo Correlacional para depreender o papel da gestão estratégica de pessoas na criação de sentido de responsabilidade sócio-ambiental. Os resultados evidenciam um papel fundamental dos subsistemas de Gestão Estratégica de Pessoas para a criação de sentido de Responsabilidade Sócio-Ambiental. Assim, pode-se concluir que as organizações necessitam das práticas de Gestão Estratégica de Pessoas para que alinhem e transformem suas operações em negócios sócio-ambientalmente responsáveis, já que a gestão de pessoas, em sua atuação estratégica, participa diretamente das delimitações estratégicas bem como desenvolve ações, programas e aplica instrumentos capazes de criar sentido de Responsabilidade Sócio-Ambiental e mobilizar e comprometer os funcionários a estas ações, tornando-os agentes e multiplicadores de desenvolvimento sustentável.

Palavras-chaves: Gestão Estratégica de Pessoas, Responsabilidade Sócio-Ambiental, Criação de Sentido, Cultura organizacional.

1. INTRODUÇÃO

A qualidade sócio-ambiental vem recebendo importante destaque no meio empresarial. Além das pressões regulatórias e sociais e da busca de melhor reputação, pressões ambientais podem ser impostas às empresas por investidores, empregados, fornecedores, consumidores, concorrentes, órgãos governamentais, ONGs e por outros stakeholders que estão, cada dia, mais atentos às relações entre as empresas, o meio ambiente e a sociedade, cobrando daquelas um elevado preço no caso de agressões, mesmo que acidentais ou involuntárias. Com isso as práticas sócio-ambientais corporativas tende a ser uma questão de estratégia competitiva tanto quanto marketing, finanças, relações humanas, eficiência operacional e desenvolvimento de produtos.

Além do mais, a otimização dos resultados, requerida neste milênio, engloba aspectos sustentáveis, pois os problemas enfrentados são sistêmicos, como alertou Capra (2005), estão interligados, são interdependentes e demandam uma mudança radical nas percepções, no pensamento e nos valores das pessoas, embasando-os na visão sistêmica para que só entendam como únicas soluções viáveis às "sustentáveis", ou melhor, às sócio-ambientalmente responsáveis.

Diante disso, a transição do estágio atual para o de sustentabilidade exigirá uma grande articulação entre inovações de caráter social, cultural e tecnológico a partir de um novo contexto valorativo em termos de produtos, relações e processos organizacionais, que precisará de uma descontinuidade sistêmica baseada na reorientação dos processos produtivos, passando-os da visão do eco-redesign para a visão da sustentabilidade. Neste processo, a inovação procurará equilibrar as dimensões técnica e cultural da mudança, na qual as propostas emergentes discutirão tanto a natureza técnica – como fazer -, quanto à natureza cultural – por que fazer – os produtos, promovendo uma reflexão no campo da eficácia que inclui a dimensão da eficiência, mas não discrimina a dimensão da suficiência (MANZINI e VEZZOLI, 2005).

Sendo assim, torna-se premente a necessidade de criação do sentido de responsabilidade sócio-ambiental nas relações intra e inter-organizacional dependente da atuação da gestão de pessoas que, segundo Marras (2000), gradativamente incorporou a responsabilidade de estudar os fenômenos colaterais entre as pessoas e a organização, assumindo a responsabilidade de promover interface com outras áreas do conhecimento, a fim de melhorar o desempenho da empresa e desenvolver culturas organizacionais encorajadoras da inovação e da flexibilidade para a realização das metas e objetivos corporativos, tornando-se parceira estratégica (DESSLER, 2004).

Neste sentido, o objeto desta pesquisa que se originou da necessidade de se harmonizar a complexidade das relações e interações estabelecidas neste século, busca investigar a capacidade da gestão estratégica de pessoas para criar o sentido de responsabilidade sócio-ambiental entre os colaboradores e a organização.

Este objeto será investigado tendo-se por objetivo geral a identificação de uma possível relação direta entre práticas e instrumentos de gestão estratégica de pessoas capazes de promover a responsabilidade sócio-ambiental, por meio da obtenção de comprometimento de todos colaboradores as estratégias implantadas.

Este objetivo geral foi atingido através da consecução dos seguintes objetivos específicos: a) correlação teórica entre gestão estratégica de pessoas e responsabilidade sócio-ambiental a fim de criar sentido de responsabilidade sócio-ambiental individual e organizacional e b) descrição das práticas e instrumentos sugeridos pelos teóricos para implantação de ações sócio-ambientalmente responsáveis.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 As Ações Sócio-Ambientalmente Responsáveis

Andrade (2002, p. 7) aponta que um dos maiores fatores de influência da década de 1990 foi à preservação do meio ambiente, com a grande rapidez de penetração de mercado. Desde então, algumas organizações começaram a apresentar algumas ações de responsabilidade sócio-ambiental e ao mesmo tempo aumentar os lucros de seus negócios.

O desenvolvimento de ações sócio-ambientalmente responsáveis pelo meio empresarial, de acordo com Dias (2006, p. 38), tem se mostrado “mais como um modo de empresas assumirem formas de gestão mais eficientes, como práticas identificadas com a eco-eficiência e a produção mais limpa, do que com uma elevação do nível de consciência do empresariado em torno de uma perspectiva de um desenvolvimento econômico mais sustentável”.

Assim, a transição do estágio atual para o responsabilidade sócio-ambiental exigirá um grande esforço de articulação entre inovações de caráter social, cultural e tecnológico a partir de um novo contexto valorativo em termos de produtos, relações e processos organizacionais (MANZINI e VEZZOLI, 2005).

Diante disso, estes autores, enfatizam que será necessária uma descontinuidade sistêmica baseada na reorientação

...

Baixar como (para membros premium)  txt (55.2 Kb)  
Continuar por mais 31 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com