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Análise do documentário - Noivas do Cordeiro

Por:   •  9/11/2017  •  Resenha  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  3.964 Visualizações

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História da Maria Senhorinha

Igreja Noiva do Cordeiro

Discriminação contra as mulheres evangélicas

Fim da igreja

Convivio em comunidade

Sem religião e casamento formal

Criação da associação comunitária

Criação da escola de informática

Eleição de vereadora

O documentário sobre a história das mulheres do vilarejo de Noiva do Cordeiro, localizado na zona rural de Minas Gerais, inicia-se contando que apesar daquele povo parecer ser totalmente comum, há muito o que aprender com ele e com sua trajetória. A cultura do outro já é facilmente percebida logo no início do filme.

Dona Maria Senhorinha, pioneira do vilarejo, teve uma história bastante diferente das outras mulheres de sua época. Ela, casada por obrigação e sem filhos, vivia infeliz até que encontrou seu Chico, com quem teve um caso e acabou engravidando. Tomou então a iniciativa de sair de casa e abandonar o casamento, para criar seu filho e viver seu amor verdadeiro. Eles se casaram e construíram uma família juntos, o que gerou diversos boatos pelas cidades vizinhas, que a acusavam de ser “prostituta e adultera”.

Por causa disso, o casarão onde viviam foi ficando cada vez mais isolado e as pessoas os tratavam com indiferença, principalmente dona Senhorinha. O preconceito contra o povoado aumentou ainda mais quando, anos depois, foi criada a igreja que deu nome ao distrito, Noiva do Cordeiro, que possuía rigorosos dogmas e era evangélica, características mal vistas pela sociedade católica da época.

Foi devido as tradições muito rigorosas da igreja, como o compromisso de ir a ela todos os dias, fazer jejum três vezes por semana e outros, que os fiéis começaram a repensar suas vidas e resolveram abandoná-la, principalmente depois que tiveram seu primeiro contato com a “música mundana” e a dança. O único legado que sobrou da igreja foi a união entre os amigos da comunidade e o compartilhamento de seus bens.

A partir disso, a comunidade aboliu a religião, apesar de sua crença em Deus ser muito forte. Acreditam que não precisam de uma instituição para conversarem com seu Ser Superior. O casamento no papel também passou a ser opcional, já que o mais importante era o amor que unia o casal e que muitas vezes durava mais do que o dos “casados oficialmente”.

A comunidade só começou a reagir e tentar superar o preconceito que as outras pessoas tinham com ela, a partir da criação de uma associação comunitária que tentava reivindicar os direitos que o povoado tinha com as autoridades. Noiva do Cordeiro estava entrando em decadência e a única opção que eles tinham era de reagir e assim o fizeram.

Com a chegada da informática, alguns membros do povoado tiveram a ideia de montar uma escola para ensinar alunos de outras regiões a utilizarem os computadores, o que aumentou ainda mais a credibilidade deles. Com isso, as pessoas interagiam mais e o preconceito foi diminuindo, pelo menos até que houvesse a eleição de uma vereadora da Noiva do Cordeiro, o que gerou um jogo sujo por parte dos outros candidatos que voltaram a espalhar boatos sobre as mulheres de lá.

Aos poucos, essas mulheres estão vencendo o preconceito e conquistando seu espaço no mundo. Esse documentário traz uma reflexão acerca da cultura da alteridade, na qual é preciso enxergar e respeitar o modo de viver do outro, mesmo que ele seja totalmente diferente do seu. Se não fosse o preconceito e a falta de respeito, os habitantes de Noiva do Cordeiro não teriam sofrido tanto e abandonado seus sonhos.

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