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As Construções de Gênero na Sociedade

Por:   •  15/4/2018  •  Artigo  •  1.306 Palavras (6 Páginas)  •  99 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

EVELYN GOMES DE ARAUJO MACHADO

CONSTRUÇÕES DE GÊNERO NA SOCIEDADE: breve análise

Artigo para avaliação

SEROPÉDICA - RJ

NOVEMBRO/2017

EVELYN GOMES DE ARAUJO MACHADO

CONSTRUÇÕES DE GÊNERO NA SOCIEDADE: breve análise

Artigo para avaliação

Artigo apresentado à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro como exigência para aprovação junto à disciplina Direito e Democracia no curso de Direito.

Professor: Fernando Ramalho Ney Montenegro Bentes

SEROPÉDICA – RJ

2017

1. INTRODUÇÃO

        O presente artigo objetiva realizar reflexão sucinta das condutas e atributos designados aos gêneros feminino e masculino pela prática social, construção cultural e demais fontes. Para a exposição que se segue, serão empregadas ideias de outros autores, como forma de amparo e contraposição ideológica. Importa ressaltar que não se pretende exaurir o tema, meramente apreender de maneira mais clara as ideias infra-apresentadas.

        

2.  CONTEXTUALIZAÇÃO

        Inserido neste tema está um debate infindável acerca da origem dos papéis cotidianamente definidos como próprios do gênero masculino e feminino. Cada cultura possui seu referencial tipicamente fixado pelo transcorrer de eras do que cabe ao homem e à mulher respectivamente.

        Ainda que seja admitida modernização e modificação de tais representações, certos aspectos perduram no tempo. Seria dizer, por exemplo, que embora a mulher conquiste espaço ativo no mercado de trabalho, sendo reconhecida como profissional em sua área, existe uma expectativa e pressão social que a vincula ao exercício das funções domésticas.

        São estabelecidas condutas diferentes que se consideram apropriadas a um gênero, porém inadequadas para outro. Esta duplicidade cinde o princípio da igualdade, que vem sendo difundido em diversas nações desde o século XVIII, com a revolução francesa.

        Atualmente, no século XXI, existem políticas especificamente voltadas a consolidar direitos fundamentais de participação da mulher em âmbitos anteriormente restritos aos homens. Tais conquistas demonstram imensurável progresso, caminhando lentamente para um cenário harmônico para ambos os sexos.

        O que se observa, por enquanto, é um debate em sede filosófica, antropológica, política e – principalmente – sociológica, que especula as origens de tais normatizações para o que condiz com a figura feminina; ou seja, de onde surge a afirmativa de existência de elementos inatos à mulher por seu gênero.

3.  GÊNERO NA SOCIEDADE

        A popular expressão “isso é coisa de menina” circula pelo meio social desde tempos imemoriais e, consequentemente, pressupõe que existem coisas que não são “de menina”. A questão ganha complexidade nos dias atuais, em que a identidade de gênero é relativizada, havendo pessoas que não se situam no espectro binário feminino-masculino.

        É imposto um “padrão comum implícito” (JUDITH BUTLER, 2014), mediante o qual são apresentadas premissas que fixam a vocação feminina e masculina na esfera social. Ocorre então uma exigência de comportamento, que se dá de forma até mesmo inconsciente, uma vez que estas crenças estão entrelaçadas com a fundação da estrutura de organismos e relações sociais.

        Culturalmente, em toda a história da civilização, tem-se papéis estipulados especificamente a um gênero que são vedados ao outro. Significa que, por exemplo, para tribos indígenas, os homens desempenham a caça, a liderança política e se asseguram a proteção daquele grupo. Ao passo que às mulheres resta a colheita e preparo de alimentos, cuidados aos idosos e crianças e confecções artesanais.

        Estas divisões de trabalho estão presentes também na sociedade moderna, sofrendo mitigação mais ampla no ocidente que no oriente. São perpetuados conceitos de feminilidade e masculinidade, que reforçam normas comportamentais intrínsecas do convívio social.

        Pelas teorizações de Durkheim, é possível identificar que o tecido social que o indivíduo está inserido lhe impõe uma coesão de atuação bem como de ideais. Daí nasce o conceito de “desviante”, segundo o qual são estigmatizados e rejeitados os membros que não se enquadram nas características estipuladas.

         À vista disso, configuram-se caracterizações de gênero no contexto social: a carreira profissional; o vestuário; as padronizações estéticas de beleza; atividades de lazer e demais particularidades. Exemplificando as conjunturas assinaladas, podemos apontar a determinação que a mulher deve ser professora, ou desempenhar alguma função que externe sua natureza maternal.

        Quanto ao vestuário, é associado à mulher trajes como saias, vestidos, cores claras ou vibrantes. O padrão estético que comporta beleza é, tipicamente, figurado como cabelos longos, corpo esbelto, uso de artigos cosméticos etc. No lazer, espera-se que a mulher demonstre interesse por atividades artísticas e polidas.

        Logo, são implantados comportamentos e interesses visando fazer a manutenção desta concepção de fragilidade, sensibilidade e delicadeza própria da figura feminina conforme a construção histórica e social que importam a conformidade da mulher àquela esfera determinada.

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