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As Organizações Em Rede

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Por:   •  3/6/2014  •  1.887 Palavras (8 Páginas)  •  206 Visualizações

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O mundo não é mais centralizado! É globalizado, mas não é mais centralizado. O mundo das organizações não é mais participativo, agora é interativo. Participação era atividade típica de organizações mecanicistas e industriais. No mundo globalizado, a interação é constituída pela sua engenharia em rede.

Assim como o cérebro não guarda uma informação num só lugar, ela deposita em vários lugares, de modo que se perder um ou dois neurônios, a perda será mínima. Também as organizações devem proceder como regime neuronal de governança.

As organizações que se constituem ainda centralizadas e participativas tendem a aniquilação e extermínio gradativo. A hegemonia das arquiteturas organizacionais com regime de especialização tendem a ser engolidos pelas redes que se estabelecem nos mundos modernos e contemporâneos. O conhecimento funcional não existe mais. As pessoas não devem mais ser treinadas e habilitadas para atividades especialistas. Mas como entender os novos processos e paradigmas de sistemas em rede?

1. COMO FUNCIONA O CÉREBRO – FUNCIONAM AS ORGANIZAÇÕES

Com o avanço das neurociências, e o conhecimento de como o cérebro funciona, como se aprende e como o ser humano resolve os problemas do cotidiano, se descobriu que a mente humana é multidimensional e trabalha em rede. Ela não centraliza os aprendizados, ele se distribui uniformemente de forma variável, de maneira que as conexões estabelecem inúmeras formas de recuperação das informações, para salvaguardar em caso de danos ou prejuízo de neurônios que deixam de funcionar.

Analogicamente a mente humana, as organizações avançaram para se organizarem e interagirem em sistemas de redes, inúmeras redes. Quando se pensa em redes de pessoas e suas respectivas interações, têm-se infindáveis relações que se estabelecem de diferentes maneiras o tempo todo, sem nunca se repetirem.

Os homens pensam multidimensional mente, mas trabalham em estágio mono. Só agora, com o estabelecimento de organizações em rede, é que se permitiram descobrir que podem interagir em seus fluxos sem necessidade de comandar ou controlar. Os organogramas foram inventados para que seus dirigentes não perdessem o comando, tomada de decisão, e regime de consenso. Não existe mais tomada de decisão, nem consenso. Os fluxos das informações devem seguir seu caminho determinado pelas interações estabelecidas entre as pessoas dentro das organizações. O que é preciso deixar bem claro são os objetivos das organizações. Como o cérebro, as organizações armazenam as informações em diferentes sistemas interativos. As empresas que mais evoluíram nos últimos anos foram aquelas cujos detentores dos bens de capital entregaram para a organização o regime de comando em rede. É como se o dono da empresa desse o start ao negócio e deixasse a própria organização crescer, se desenvolver, sem buscar regime de controle e administração. Ou seja, sistemas de redes se estabelecem no próprio âmago dos negócios, controlados por sinergias e forças de mercado, tais como: custos, formação de preços, fornecedores, logísticas de distribuição e vendas, sistemas de marketing e visibilidade. Se não há mais necessidade de participação, devemos conhecer o poder das interações.

2. PARTICIPAÇÃO x INTERAÇÃO

Durante muitos anos, todos fomos treinados e capacitados a sermos participativos. Inúmeras reuniões nos colocavam em salas, finamente climatizadas, com assentos confortáveis, quadros e lousas para questionar os fluxos e os destinos das receitas das organizações. No momento da história mecanicista, todas essas participações eram legitimadas pelo regime de verticalização de propriedades de conceitos. As pessoas eram treinadas a receberem informações e a só distribuírem para caixinhas definidas, operacionalizadas e comandadas, para o chefe, chefe do chefe e assim por diante. O fluxo era emperrado, lento, por conta da necessidade de controle daquele que precisava saber o que todos estavam fazendo. Comportamentos para reprodução verticalizada, de modo a fornecer informações ao dono do negócio, aquele que possui os bens de capital. Quando as economias abriram seus capitais para uma sociedade em rede, todos passaram a ser donos do negócio, e as velocidades se alteraram. Mais capital, mais relações em rede, multimodais, multifuncionais, multineuronais.

A palavra de ordem neste século que entra é INTERATIVIDADE. Nesta topologia, a centralização, padronização, controle e administração, são palavras não agraciadas. Não existe uma pessoa, ou uma caixinha detentora do conhecimento e das diretrizes. Os comandos estão distribuídos na rede de interações. Não importa mais quem manda, importa é que todos obedeçam a nova ordem estabelecida. E a ordem é interação. Por que no velho sistema o paradoxo trancava as portas pelo lado de dentro. Para abrir as portas modernas dos sistemas de sucesso à palavra de ordem são comandos distribuídos. Todos os colaboradores das organizações modernas sabem por que estão atuando em cada situação, tem conhecimentos de todos os fluxos. Não são mais especialistas, são, por excelência, generalistas. Como o cérebro, se um deles cair, (morrer, for demitido, estiver de férias, viajar pela empresa), a organização busca a solução em outros colaboradores que possuem as informações que este colaborador detinha. No cérebro, se neurônios deixam de funcionar, o sistema busca noutros neurônios as informações que precisa para solucionar determinados problemas. A interatividade executada pelos colaboradores nas organizações é que estabelecem suas necessidades de fluxos, de armazenamento, de produção de conhecimento, e não o contrário. A rede é um padrão de organização, não uma ferramenta. O sistema é resiliente. A resiliência é uma combinação de distribuição com redundância. A natureza nunca coloca uma parede, coloca membrana. Existem trocas o tempo todo. O meio tem que interagir o tempo todo. A organizações que mais aprendem não fecham suas portas ao mercado, pelo contrário, estabelecem inúmeras redes de interatividade. Veja o caso da Google e do Facebook. Aprendem mais rapidamente o caminho que devem trilhar pela interatividade que assimilam da própria rede que criam novas conexões todos os dias.

3. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS E POSIÇÕES MUTANTES

Na nova produção de negócios, as topologias empresariais estabelecem que cada colaborador deve experimentar posições diferentes, constantemente. O caso mais extremo para exemplificar: é o dono da organização ocupando outros cargos na organização para aprender como cada tarefa está sendo executada. Mas o mais interessante

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