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CRACK: Problema restrito às grandes metrópoles

Por:   •  30/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.559 Palavras (15 Páginas)  •  172 Visualizações

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SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        

2.        O CRACK        

2.1        CONSEQUÊNCIAS EMOCIONAIS DO DEPENDENTE E DA FAMÍLIA        

2.2        REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO USO DO CRACK        

2.3        A RELAÇÃO ENTRE A URBANIZAÇÃO E O PROBLEMA DO CRACK        

2.4        O ALASTRAMENTO DO PROBLEMA PARA AS PEQUENAS CIDADES        

2.5        O ASSISTENTE SOCIAL ENFRENTANDO O PROBLEMA DO CRACK        

3.        CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................11




  1. INTRODUÇÃO

O crack é um problema grave que está ganhando proporção assustadora na nossa atualidade. Seu uso está se disseminando avassaladoramente na nossa sociedade. O baixo custo da droga e facilidade de acesso proporcionam a sua disseminação por todas as classes sociais, sobretudo pelas mais baixas e por todas as regiões, desde regiões urbanas a regiões rurais. Dados da Confederação Nacional dos Municípios apontam que 98% dos municípios brasileiros pesquisados enfrentam problemas com a presença do crack.

O problema do crack abrange diversas dimensões sociais: saúde, segurança, educação, assistências social, etc. Por isso a necessidade de uma abordagem interdisciplinar no enfrentamento da questão.

Esse trabalho tem como objetivo abordar o crack como um problema social crescente que não está restrito aos grandes centros urbanos, investigar como a sociedade vê o uso do crack, quais as consequências do uso do crack para o dependente, para a família e para a sociedade, apontar algumas ações que o assistente social pode tomar para ajudar no enfrentamento desse problema considerando o uso do crack como uma das expressões da questão social.


  1. O CRACK

         A cocaína, substância psicotrópica extraída da planta Erythroxylum coca, nativa da região dos Andes, nunca fora tão acessível às classes baixas devido ao seu alto custo. Por isso começaram a fazer misturas de cocaínas com outras substâncias chegando ao crack na década de 80. Essa terrível droga começou se disseminar entre as camadas mais pobres dos Estados Unidos por causa do seu baixo custo. No Brasil, ela chegou primeiramente em São Paulo e logo se disseminou. Primeiramente pelos grandes centros urbanos do país, sobretudo nas camadas pobres, e depois por todo território nacional.

        O crack é obtido através da dissolução da pasta base da cocaína em uma mistura de água e bicabornato de sódio ou amônia, que é fervida para separação das substâncias líquidas e sólidas. Posteriormente é resfriada a parte sólida, pedras de crack. Muitas das vezes são acrescentadas outras substâncias de baixo custo como cal, querosene, acetona para diminuir a concentração de cocaína e barateá-lo.

        O crack é usado na maioria das vezes através dos cachimbos feitos de diversos matérias (tubo de pasta de dente, cano PVC, tampas de garrafas pet`s, etc.), o mais utilizado é a latinha de alumínio, onde se queima a pedra com o auxílio de cinzas de cigarro  gerando a fumaça que é aspirada. Também costumam quebrar as pedras e misturar em cigarros de tabaco ou maconha. O nome crack é devido ao barulho de estalo que é emitido quando se queima a pedra no cachimbo.

        Ao inalar a fumaça da queima da pedra de crack, o gás é absorvido e a cocaína rapidamente chega a corrente sanguínea e em seguida ao sistema nervoso central. Segundo Uchôa (1996, p. 60), o crack leva de cinco a dez segundos para ir do pulmão ao cérebro, sua ação tem auge entre dois e três minutos. O êxtase não ultrapassa dez minutos. Enquanto a cocaína injetável leva em torno de três a quatro minutos para fazer efeito, que dura em média de trinta a quarenta e cinco minutos e entre dez e quinze minutos começa a fazer efeito a cocaína em pó cheirada, que pode ter efeito de uma hora de duração.

        Como o efeito do crack acaba repentinamente, a fissura (forte desejo de consumir a droga novamente) é mais forte. O que o leva a consumir a droga por mais vezes, causando dependência mais acentuada e consequentemente degradação física e psíquica.

  1. CONSEQUÊNCIAS EMOCIONAIS DO DEPENDENTE E DA FAMÍLIA

O dependente é portador de uma grave doença. Sendo uma doença psiquiátrica grave, pode se deduzir que os efeitos afetivos/ emocionais não são poucos. Transtornos psiquiátricos, alterações emocionais e comportamentais são característicos.

O uso de crack e sua consequente dependência é um transtorno psiquiátrico. Para ser mais claro, é uma patologia grave que afeta o cérebro do doente, danificando neurônios, sinapses e todo o aparate neuroquímico do sistema nervoso central. Por isso provoca as alterações emocionais, psicológicas e clínicas acidentes vasculares cerebrais, lesões cardíacas, pulmonares, etc.). E o que mais tem chamado a atenção da população e das mídias é que produz fortes alterações comportamentais que resultam em violência, prostituição, exposição a situações de risco, como prática de sexo desprotegido, tráfico de drogas e criminalidade. (Bessa, 2010, p. 25)

        A inteligência, a capacidade de atenção, concentração e memorização são gravemente afetadas. Sintomas como transtorno uni e bipolar, depressão, ansiedade, delírios quase sempre ocorrem. O dependente fica agressivo, com dificuldade de se relacionar socialmente, conjugalmente, profissionalmente e academicamente. A compulsão do usuário leva-o a trocar toda forma de prazer pelo consumo da droga.  Tanto que em pouco tempo nota-se acentuado emagrecimento pela ausência de alimentação.

         Sérias consequências nas relações sociais e familiares acontecem, pois o usuário coloca a droga sempre em primeiro lugar na sua vida, se afasta dos parentes e amigos e se isola ou se aproxima de pessoas que comungam com seu vício. É frequente acontecimentos de divórcio, principalmente por que o dependente perde a capacidade de ter relações estáveis e vínculos de afetividade devido à depressão e angústia. O usuário perde a capacidade de ter a guarda dos filhos, pois não tem mais condições alguma de cuidar e educar uma criança. A desestrutura familiar pode ser um fator a influenciar a pessoa a se enveredar pelo caminho do crack e também um fator a acentuar ainda mais o quadro do dependente.

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